ARMAÇÃO FOTOGRÁFICA
Na edição n? 169 (23/4/02) este Observatório estranhou a exploração dramática por parte dos jornalões paulistas de um "motim" de presos no Rio [veja remissão abaixo]. As fotos publicadas em primeira página mostravam através da portinhola de um cárcere parte do rosto do "amotinado" com um e dois tresoitões na frente. Pelo material publicado nas respectivas edições, aquilo parecia matéria de RP ou "forçação de barra", como se dizia antigamente. Tanto as informações sobre o episódio quanto o quase-nenhum destaque na páginas internas evidenciavam um enorme descompasso entre os aspectos exteriores da foto e a realidade que pretendia retratar.
A revista Época prestou mais um serviço ao jornalismo brasileiro (edição de 29/4, pág. 43) confirmando que o badalado "motim" foi armado por um farsante que se fez passar por líder do PCC.
O que reforça a suspeita, aqui já manifestada, de que fotografias mesmo quando não retocadas podem ser objeto de manipulação
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