Já está comprovado que a Secretaria de Comunicação do Senado, durante a gestão de ACM, gastava 400 mil reais por mês. Com o quê? Comprando fitas ou atraindo fiteiros?
Se a mídia e os mediadores estivessem efetivamente interessados em esclarecer suspeitas e devassar escândalos deveriam começar neste item. Em seguida avançar sobre a TV Senado.
No melhor estilo bandeirante, ou country, o semanário tirou do arquivo na semana passada a surrada matéria sobre "cidades médias & qualidade de vida". Nesta edição (n? 1694) os emboabas abrilianos voltam a atacar com "Marcha para o interior" (pág. 110-111). Jornalismo cívico, tudo bem.
Conviria que a redação investigasse como o Departamento de Circulação da pujante editora prejudica o desenvolvimento das cidades médias e o sucesso da marcha para o interior. Em cidades do Vale do Paraíba, a 150 quilômetros da capital paulista, uma das macrorregiões mais ricas do país, a revista só chega às terças aos assinantes ? quatro dias depois de impressa. E grande parte dos assinantes da cidade de São Paulo, sobretudo aqueles que moram em bairros menos chiques, só recebem a revista no domingo ? 24 horas depois de entregue nos Jardins.
No mais é como diz Millôr Fernandes (Folha, 1/4/01, caderno Mais!):
"Só não vê quem não lê ? metade dos tropeços da imprensa são balas perdidas".
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