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iG & O DIA, JUNTOS
"iG investe no Rio e faz acordo com ?O Dia?", copyright Valor Econômico, 26/04/01
"O provedor de internet iG e o jornal carioca ?O Dia? anunciaram ontem uma parceria para a veiculação do jornal na rede. A partir de agora o site do periódico, que ficava hospedado no Universo Online (UOL), passará a ser acessado por meio do provedor gratuito.
Nizan Guanaes, presidente do iG, considera o acordo essencial no objetivo da empresa de consolidar sua imagem no Rio de Janeiro. ?No início, o iG se focou em São Paulo. Tínhamos uma verba publicitária limitada. Nossa prioridade hoje é o Rio?, afirma Guanaes, que passará os meses de agosto e setembro hospedado na cidade para definir a nova estratégia de sua empresa no mercado local.
Além da troca de conteúdo, as duas empresas pretendem também definir uma estratégia comercial integrada para atuação na cidade, que pode reunir, além dos sites, o jornal e as rádios do grupo O Dia. A diretora de novos negócios da companhia, Ariane de Carvalho Barros, acredita que a receita de publicidade do grupo possa crescer cerca de 30% com a parceria.
Do lado do iG, os executivos também estão otimistas. E não é só com o acordo no Rio. Para o diretor superintendente do portal, Roberto Simões, a audiência do provedor deve aumentar cerca de 40% graças ao acordo fechado com a operadora Telemar, há cerca de um mês.
Na opinião do executivo, embora o contrato tenha sido mal entendido pelo mercado (os minoritários da Telemar criticaram o acordo), ele muda o perfil do negócio de internet no Brasil, favorecendo tanto o iG quanto a Telemar.
Simões não quer comentar o impacto do acordo – que prevê o repasse de receitas da Telemar para o iG a partir de 2002 – sobre o balanço do portal.
Segundo Guanaes, a empresa está passando por auditorias mensais e, em breve, estará anunciando o equilíbrio financeiro, o ?break even?. Quando exatamente? ?Só quero falar sobre isso quando estiver com as informações da auditoria. Não adianta ter ‘break even’ um mês só?, desconversa o presidente do portal."
"IG faz parceria com ‘O Dia’ para se firmar no Rio", copyright O Estado de S. Paulo, 26/04/01
"O portal IG quer ampliar a participação no mercado carioca e, para isso, fechou parceria com o jornal O Dia. O contrato entre as duas empresas abrange a realização de eventos conjuntos e vendas casadas de anúncios.
Os investimentos estarão concentrados na campanha de divulgação da parceria, que terá início na mídia até o final de maio e custará US$ 500 mil, segundo informou o presidente do IG, Nizan Guanaes. ?Vamos usar os ativos dos dois grupos para gerar mais receita?, disse o vice-presidente de O Dia, Fernando Magalhães Portella.
Guanaes explicou que o IG pretende ampliar as parcerias para se firmar como uma empresa multimídia. Segundo ele, após a consolidação do portal no mercado paulista, a prioridade é o Rio de Janeiro. A empresa lançou no ano passado o IG Rio, voltado para o público carioca.
A união com O Dia deverá permitir coberturas mais completas de eventos locais. O conteúdo do jornal, incluindo notícias em tempo real, estava sendo veiculado pelo Uol há quatro anos, e agora será exclusivo do portal IG."
AUDIÊNCIA & MERCADO
"Globo.com contra-ataca e sonha em ser vice", copyright CidadeBiz (www.cidadebiz.com.br), 30/04/01
"A Globo.com inicia o que seus executivos chama de ?fase 2? de seu projeto comercial. A estratégia comercial do portal das Organizações Globo visa a convergência de mídias e um melhor aproveitamento do brand de cada uma das media companies do grupo – o que ainda não se nota com clareza na Internet.
A principal medida foi a subordinação da equipe comercial da Globo.com, instalada em São Paulo, à Superintendência de Comercialização da TV (Sucom), comandada por Octavio Florisbal. O executivo Claudio Ferreira, ex-Double Click, é quem montou o novo time comercial do portal, com 20 pessoas.
Várias reuniões têm ocorrido nos últimos meses para definir a estratégia comercial do grupo na Internet. A entrada da Sucom no negócio online visa, nas palavras de um executivo do grupo, ?moralizar um mercado que andava agindo sem muitas regras?. Ou seja, a Globo quer pôr ordem no galinheiro da internet brasileira, evitando os descontos escandalosos nos preços de tabela e seguindo algumas regras previstas no respeitado Manual de Práticas Comerciais da TV. Já foi criada até uma primeira versão do Manual de Práticas Comerciais na Internet.
A nova orientação comercial, que vale para todas as media companies do grupo, é priorizar a venda de patrocínios de canais e hotsites em vez do CPM. Mas de qualquer forma há uma padronização de preços de banners para todas as empresas o grupo, estipulada em R$ 50,00 o CPM. A Oglivy Integractive, que prestou uma assessoria à Globo.com na criação desta nova estrutura comercial, havia sugerido o preço de R$ 70,00 o CPM.
Na idéia dos executivos da Globo, não se justifica que um portal que tenha tal variedade de conteúdo – produzido pela TV, rádios, jornais e revistas – não consiga o retorno em audiência na web desejado. Para reverter isso, a home page deverá ser mudada em junho. Mas o sonho de ser vice-líder ainda tem outros obstáculos – como o fato de se tornar provedor. O projeto de financiamento popular de computadores (com acesso à web via Globo.com) pela Caixa Federal ainda está patinando. Na lógica da Globo.com, todo usuário seu passa pela home page de outro provedor antes de chegar ao portal da Globo."
AGÊNCIA ESTADO EM INGLÊS
"Agência Estado lança site com notícias em inglês", copyright O Estado de S. Paulo, 25/04/01
"A Agência Estado está lançando o site AE Brazil (www.aebrazil.com), com informações em inglês, voltado para traders e analistas do exterior interessados em notícias de economia, negócios e política em tempo real. O acesso ao site será liberado por 30 dias, e depois estará disponível apenas para assinantes. Na página News, além do noticiário macroeconômico da Agência Estado, o AE Brazil terá informações sobre as empresas brasileiras de capital aberto e o mercado de commodities.
O lançamento do AE Brazil é um passo importante do planejamento da Agência Estado para participar do mercado internacional de notícias utilizando sua principal vantagem comparativa em relação aos concorrentes, que é uma extensa rede de jornalistas e analistas em todas as regiões do País. ?Com esse serviço, voltado para quem quer investir no Brasil e precisa de informação em tempo real, vamos mostrar no exterior que também podemos distribuir informação da mais alta qualidade em inglês?, destaca o gerente do produto, Rubens Pedretti.
A partir da consolidação do AE Brazil, a Agência Estado planeja oferecer em inglês seus principais produtos informativos, hoje veiculados apenas em português. A estratégia da agência de suprir a demanda externa por informações sobre o Brasil inclui contratos com empresas no exterior para a venda do conteúdo do site para Intranets. Nesse caso, o valor da assinatura pode variar conforme o número de pontos.
O AE Brazil é o resultado de quase cinco anos de experiência da Agência Estado na divulgação de informações em inglês por meio do Brazil Financial Wire (BFW), lançado em 1996. O serviço disponibilizará de 80 a 100 notícias por dia, o que o situa como um dos mais completos noticiários em inglês sobre a economia brasileira. ?Nossa expectativa é de atender à demanda crescente de investidores estrangeiros por notícias sobre o Brasil, que cada vez mais chama atenção do mercado internacional?, afirma o editor do AE Brazil, Sérgio Caldas.
Do ponto de vista tecnológico, o principal destaque do AE Brazil é a utilização de recursos gráficos, que permitem a incorporação de fotos, diagramas e gráficos aos textos, além de um mecanismo de busca que permite acessar todo o material, que ficará arquivado no banco de dados do produto.
Um outro grande avanço do AE Brazil é a página Markets, de cotações do mercado financeiro. Nela, o usuário poderá acompanhar o desempenho diário do Ibovespa (índice da Bolsa de Valores de São Paulo), atualizado a cada 15 minutos, bem como o dos 50 papéis que formam a carteira do índice."
MÍDIA IMPRESSA & INTERNET
"Mídia impressa enfrenta desafio de se ?reiventar?", copyright Valor Econômico, 26/04/01
"Chegou a hora do mercado editorial provar que sua ambição em liderar a geração de conteúdo na internet não é mera teoria. Depois do choque gerado pela quebradeira das empresas pontocom, os grandes conglomerados de jornais e revistas de todo o mundo encaram o desafio de reinventar seus modelos de negócios para transformar leitores e anunciantes em consumidores de seus produtos num universo multimídia. Tudo isto sem perder de vista as metas de crescimento no mundo feito de papel.
Embora a busca do lucro por meio da publicidade e do comércio eletrônico tenha levado centenas de companhias pontocom à bancarrota, o meio editorial, cujo sucesso sempre dependeu dos anunciantes, mantém sua fé neste modelos de negócios. O desafio é gerar um produto que traga assinantes do mundo real a comprar conteúdo também na rede e tornar a nova mídia em um canal relevante de comunicação para o anunciante.
?Os grandes portais já perceberam como é alto o custo de se construir bom conteúdo e isso reforça a nossa vocação para sermos os grandes fornecedores de informação num universo multimídia?, defende Richard Smith, presidente do conselho e editor-chefe da revista americana Newsweek.
Smith faz parte de um grupo de profissionais de 35 países que está reunido no Rio para o Congresso Mundial de Revistas, organizado pela Federation Internationale de la Presse Périodique (Fipp). Pela primeira vez o evento ocorre na América do Sul e será encerrado na sexta-feira, em Buenos Aires.
A ansiedade em torno da internet tomou as atenções do evento deste ano, que procurou mostrar ao editores de todo o mundo casos criativos e de sucesso no terreno virtual. Smith, por exemplo, reforçou que a publicidade terá, sim, um papel importantíssimo no desenvolvimento de produtos interativos.
?É impossível acreditar que uma revista capaz de atrair milhões de visitantes por mês não interessa aos anunciantes?, opina. É inegável, porém, que tem sido difícil conseguir uma receita na internet que tenha expressão diante dos US$ 40 bilhões que o setor de revistas movimenta mundialmente com publicidade, segundo estimativas de1999 da Fipp. A pressão está levando os grupos de comunicação a reinventar a produção de conteúdo.
A Newsweek aliou-se à NBC para desenvolver projetos multimídia em banda larga. A revista ganhou som e imagem, dentro da mesma proposta editorial. ?É claro que me sinto feliz em ver a marca mais exposta na TV, mas o importante neste negócio é gerar tráfego capaz de atrair novas possibilidades de receita?, diz Smith.
A criação de produtos complementares levou a editora britânica IPC Magazines a promover um total reposicionamento empresarial. No ano passado, passou a adotar o nome IPC Media. Além da marca, passou a trabalhar de forma totalmente com suas publicações. Sly Bailey, diretora-executiva da IPC, cita como exemplo a revista ?Unmissible TV?, um popular guia de programação de TV na Inglaterra. Unindo todo o banco de dados de todos os guias que publica, desenvolveu uma poderosa ferramenta de consulta à programação disponível na mídia eletrônica do país. Por meio de um acordo com a empresa de TV a cabo INTL, a revista tornou-se também fonte de informação na grade da operadora. ?Não é só uma questão de tecnologia, mas, mas uma nova forma de se trabalhar a marca?, defende Bailey.
Para ela, o principal desafio do mercado editorial será o de reeducar os investidores. ?É preciso ter uma perspectiva de longo prazo?. As falidas pontocom que o digam."
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"Editoras discutem como cobrar por conteúdo", copyright Folha de S. Paulo, 30/04/01
"Além de convencer o anunciante de que as revistas na internet trazem retorno publicitário eficiente, o mercado editorial se prepara para convencer o leitor a pagar pela comodidade da leitura on-line. Afinal, é viável ou não cobrar pela informação na internet? O sueco Carl Bonnier, presidente do Bonnier Group, uma empresa familiar de mídia com dois séculos de existência, é ferrenho defensor do sistema remunerado de entrega de notícias.
Na Escandinávia, onde os níveis de conectividade são os mais altos do mundo – Estocolmo é a cidade mais conectada do planeta, com penetração da internet em 70,2% das residências – os grupos de comunicação locais sentiram mais rapidamente a pressão da nova mídia.
?A nossa experiência nos diz que nenhum modelo de negócios sobrevive apenas com publicidade, mesmo que o site seja um sucesso?, insiste Bonnier.
Um das soluções da empresa foi criar novos pacotes de informação. A editora cobra, por exemplo, 25% a menos do custo de algumas publicações para quem quer o produto apenas na versão visual.
Para José Carlos Salles Neto, presidente da Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner), organizadora no Brasil do Congresso Mundial de Revistas, o processo de cobrança pelo conteúdo deve ocorrer de forma mais gradual, até pelo ritmo de crescimento da penetração da internet.
Ele ressalta, porém, que a web têm ajudado na degustação dos produtos editoriais. ?Por incrível que pareça, a internet está ajudando a trazer mais assinantes para as publicações?, defende.
Fato ou não, o mercado brasileiro de revistas teve um desempenho muito positivo no ano passado. A circulação apresentou 15% de crescimento, enquanto a captação de receita publicitária aumentou em 32,4%, contra os 24,6% registrados no total do mercado publicitário.
Salles Neto destaca que o desafio das publicações brasileiras será promover a transição da oferta de conteúdo grátis para a remunerada.
?As revistas terão de melhorar cada vez mais a qualidade editorial para criar um ambiente de interação com o leitor que o convença a pagar pelo conteúdo, seja impresso ou na internet?."
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