THE WASHINGTON POST
Na coluna de 23/12, Michael Getler anuncia a decisão de deixar as críticas de lado ? ao menos neste dia. "Talvez por ser tempo de festas e o fim de um ano que desejávamos ter acabado em 10 de setembro", ele acredita que não é "uma boa semana para ser crítico". Por isso, o ombudsman do Washington Post prefere falar do jornal como um bom lugar para trabalhar.
Redações geralmente são vistas como espaços de competição, onde profissionais egocêntricos costumam entrar em conflito, o que já foi chamado de "tensão criativa". Para Getler, tal descrição serve para o Post, mas ressalta que há muito mais a dizer sobre este lugar. Na sua opinião, uma boa dose de amizade pessoal, franqueza e humor parecem resistir à tensão de produzir um grande jornal, lido e examinado em todo o mundo, "que começa como página em branco toda manhã".
O ombudsman nota que algumas coisas ajudam a capturar a "personalidade interna" do Post, como a coragem dos correspondentes no Afeganistão ou a notícia inusitada do transplante de órgãos entre colegas de redação. Em 20/11, a repórter Martha McNeil Hamilton doou um rim a Warren Brown; ambos trabalham na seção de negócios e têm mais de 25 anos de casa. O caso foi coberto pelo jornal, em artigos assinados pelos próprios e um relato da operação pela médica e jornalista do veículo.
Getler também lembra dos colegas que faleceram neste ano, entre eles Katherine Graham, dona e executiva do jornal. Sua mensagem final aos leitores: "Continuem mandando queixas, mas tenham um feliz ano novo".