Thursday, 26 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Reuters à esquerda

TELETIPO

Para James Taranto, do Wall Street Journal Online [6/8/03], a Reuters é "antiamericana". Segundo o jornalista, ela colocaria o termo "terrorista" entre aspas se fosse para qualificar Osama bin Laden. Ele não gostou de matéria da agência sobre as eleições norte-coreanas, uma farsa em que o governo teve 100% dos votos. Irônico, ele reproduz trecho da notícia: "A Coréia do Norte anunciou na segunda-feira que a votação na qual os eleitores deram aprovação de 100% ao líder Kim Jong Il…". Se a Reuters usasse aspas para mostrar a realidade, em vez de obscurecê-la, escreve ele, este trecho deveria estar assim: "A Coréia do Norte anunciou na segunda-feira que a ?votação? na qual os ?eleitores? deram ?aprovação? de 100% ao ?líder? Kim Jong Il…". Taranto observa ainda que, se a Reuters acha a Coréia do Norte tão democrática, por que suas notícias sobre o país são escritas em Seul, na Coréia do Sul?

O ativista negro Al Sharpton, pré-candidato à presidência americana, reclama que a imprensa dos EUA faz pouco caso de sua campanha. Ele atribui isto ao fato de os brancos predominarem nas redações e reclama que o ex-governador do estado de Vermont, Howard Dean, é considerado pelos comentaristas da mídia o mais provável candidato democrata nas eleições de 2004, porque eles se identificam mais com um homem branco de meia-idade. Sharpton ressalta ainda que a pré-candidatura de Carol Moseley Brown, ex-senadora pelo estado de Illinois e também negra, tampouco tem cobertura séria da imprensa. As informações são da AP [6/8/03].