Monday, 23 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

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TELEJORNAIS

Após os atentados de 11 de setembro, a audiência da maioria dos telejornais americanos cresceu muito, mesmo a de noticiários econômicos. De 17/9 a 21/10, o programa Lou Dobbs Moneyline, da CNN, teve média de 1,4 milhão de telespectadores, quatro vezes mais do que em 2000. Your world with Neil Cavuto, da Fox News, alcançou 1 milhão de espectadores, de uma média de 202 mil no ano passado. Business Center, da CNBC, que liderava o mercado de notícias econômicas, com a marca de 272 mil espectadores, não teve a mesma sorte: pulou para apenas 273 mil.

Antes mesmo desta aferição de audiência pela Nielsen Media Research, a CNBC anunciou ajustes: lançou novo programa em 8/10, The Capital report, que transmite de Washington notícias sobre o mundo dos negócios na capital americana. O programa fez sucesso: a audiência deste horário cresceu 30% em relação ao período anterior aos ataques.

Animada com a demanda, a Fox News tem agora quatro programas de economia por semana, além do comandado por Cavuto, e a CNN lançou há duas semanas um sítio de internet com notícias financeiras em parceria com a revista Money.

Sally Beatty [The Wall Street Journal, 26/10/01] observa que ainda não se pode prever se os índices de audiência serão convertidos em aumento de faturamento. Para alguns analistas, tais programas têm uma chance maior de atrair anunciantes ariscos do que os que cobrem assuntos gerais. Noticiários comuns se dedicam quase totalmente à cobertura da guerra, aponta Dan Rank, da Omnicom Group, "o que os torna menos atraentes para a maioria dos anunciantes". Jon Mandel, da Grey Global Group, discorda. "Não se pode assistir a um noticiário de negócios sem ver algo sobre antraz."

FATURAMENTO

Não existe bom tempo para a guerra, mas para grande imprensa a atual crise veio em má hora. O baixo faturamento publicitário é apenas um dos problemas; é preciso também aumentar o orçamento, para a cobertura da guerra. Muitos consideram que a cobertura completa pode valorizar a imagem de suas "marcas". De acordo com Seth Schiesel e Felicity Barringer [The New York Times, 22/10/01], quando a CNN se destacou das demais emissoras na Guerra do Golfo permaneceu "no vermelho" por muitos anos.

J. Michael Kelly, chefe de finanças da AOL Time Warner, proprietária da CNN, disse que a companhia gastará o que for necessário para cobrir a história apropriadamente. "É assim que construímos nome neste mercado." As principais emissoras de TV dos EUA pertencem a conglomerados multinacionais de bolsos recheados. A ABC News é da Walt Disney; a CBS News, da Viacom, e a NBC News, da General Electric.

    
    
                     

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