Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Semana decisiva

GREVE NAS UNIVERSIDADES

Victor Gentilli

Não dá para negar que, dois meses depois, o noticiário sobre a greve dos professores de universidades federais melhorou um pouco. Primeiro foi o silêncio; depois, apenas a versão do MEC. O oficialismo que marcava a cobertura continua a prevalecer, mas aqui ou ali aparecem algumas matérias chamando a atenção para aspectos diferenciados da crise das universidades públicas.

Os indícios de que esta semana será decisiva e deverá ao menor formular o indicativo de fim de greve são bem fortes. Por um lado, finalmente conseguiu-se algum avanço nas negociações, e hoje discute-se sobre a melhor forma de remunerar os professores, com R$ 350 milhões que os congressistas se comprometeram a aprovar para o orçamento de 2002. Além disso, as partes estão esgotadas. Por um lado, o desgaste do MEC é evidente; por outro, se num primeiro momento a suspensão do pagamento dos salários só fez os professores endurecerem, com o passar do mês a pressão por uma solução vai se tornando cada vez mais forte.

Como observei na edição anterior [ver remissão abaixo], a cobertura só foi melhorar depois que o presidente Fernando Henrique chamou a si o entendimento que resultou no fim da greve dos servidores. A participação do Supremo Tribunal Federal e do Congresso como possíveis instâncias mediadoras fez com que alguns jornais ampliassem e melhorassem bastante a cobertura. Destaque para o Estado, cuja sucursal de Brasília tem ficado atenta para a questão.

Nos bastidores, continua o debate sobre as reformas que o MEC adotará nos mecanismos de credenciamento de instituições de ensino e autorização e reconhecimento de cursos. A imprensa continua ignorando solenemente a questão.

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