CORRIDA TECNOLÓGICA
Quando o inesperado cruzou com o inimaginável nos ataques terroristas do dia 11, os sítios noticiosos não foram páreo para as imagens, ao vivo e gravadas, da catástrofe transmitida pela TV.
Não se tratava de uma reportagem reciclada a cada 24 horas, mas de uma "guerra" em desenvolvimento instantâneo, em velocidade que o cérebro não acompanhava ? quanto menos o teclado do computador. Informa Wayne Robins [Editor & Publisher, 11/9/01] que assinantes de alertas do sítio do New York Times receberam quatro boletins urgentes entre 10h:02 e 10h38. Os dois primeiros foram enviados às 10h02; a primeira colisão no WTC ocorreu às 8h45. Às 10h12, novo alerta do sítio informa que um avião atingira o Pentágono, e às 10h38 o boletim urgente informa que o WTC desmoronara.
Christine Mohan, porta-voz de operações online do Times, disse que o sítio suspendeu a etapa de registro do internauta, estando, agora, disponível a qualquer usuário. "Está um pouco mais lento do que o normal devido ao crescimento de tráfego, mas estamos corrigindo isso nos servidores", disse.
O Washingtonpost.com ainda conseguiu se destacar, apresentando trechos do desastre no WTC fornecidos pela parceira MSNBC. Além disso, o sítio do Post ofereceu um link que levava o internauta a uma webcam focalizada no Pentágono. O USAToday.com tentou se valer da localização da redação do jornal, em Arlington, subúrbio de Washington. As imagens e as notícias no sítio eram bem apuradas e precisas, mas ao visualizar a tragédia na tela do computador era difícil segurar a urgência de voltar correndo para a realidade visceral e incompreensível captada pela TV.