Saturday, 21 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Sítio turbinado

MTV

Segundo os executivos da MTV, o fã do canal de música gosta de assistir à TV, responder a mensagens instantâneas, navegar na web, falar ao telefone e fazer a lição de casa ? tudo ao mesmo tempo. Para corresponder aos anseios desta geração "multitarefa", o sítio da MTV, a ser lançado nas próximas semanas, foi remodelado para tornar o processo ainda mais fácil para os usuários (e de quebra mantê-los por mais tempo em suas páginas).

As características de comunidade virtual foram aprimoradas, como a possibilidade de criar perfis online, que permite identificar usuários com interesses comuns, e a criação de um serviço de mensagens instantâneas. "A verdadeira razão pela qual o Napster era tão popular não era a música gratuita, mas como eles envolveram entretenimento num ambiente de comunidade", diz Nicholas Butterworth, editor da companhia virtual MTVi. "Isso é muito poderoso."

A nova MTV.com, segundo maior sítio de entretenimento após o quase falecido Napster (segundo a Nielsen//NetRatings), é uma tentativa de ligar a programação da MTV e da MTV2 com o sítio. Acessando MTV.com, descobre-se o que os canais estão passando a cada momento.

Para Betty Cho, analista da Nielsen//NetRatings, a MTV foi bem-sucedida ao criar seu nicho na internet: a "marca tem presença", e "há muito o que fazer no sítio", repleto de recursos de vídeo e áudio. "O público que ela atrai está faminto por qualquer coisa que possa achar de suas estrelas favoritas", acrescenta.

A MTV, que recentemente comemorou seu 20? aniversário, tornou-se um dos mais populares canais a cabo, disponível em mais de 76 milhões de casas. A MTV2 já está presente em 13 milhões de residências. As informações são de Jefferson Graham [USA Today, 30/7/01].

 

FOX, CBS E ABC

Desde sua inauguração, a Fox News, da News Corp., vem alcançando altos índices de audiência, mas compete com a habilidade da rival CNN, da AOL Time Warner Inc., em obter vídeos de praticamente qualquer lugar dos EUA. A CNN tem uma rede de estações de TV afiliadas que lhe dão acesso a vídeos locais ? vantagem que se tornou arma na guerra entre os canais de notícias, observa Sally Beatty [The Wall Street Journal, 31/7/01].

Mas, em março deste ano, Fox, CBS (da Viacom Inc.) e ABC (da Walt Disney Co.) formaram uma cooperativa, a Network News Service (NNS), para distribuir material audiovisual entre suas estações locais. Para CBS e ABC, a aliança é uma oportunidade de cortar custos. A Fox é claramente a que mais tem a lucrar: a empresa passou a ter acesso a mais de 300 emissoras da CBS e da ABC, o que permitiu competir de forma menos desigual com a CNN, que ainda lidera a audiência.

A fundação da NNS também pode prejudicar a CNN atraindo as estações afiliadas a seu sistema, chamado Newsource. As estações precisam pagar para ter acesso ao material da Newsource, enquanto na NNS o serviço é livre para qualquer estação que aceite compartilhar seu material. Na avaliação da Fox, em tempos de orçamentos apertados, a oferta gratuita pode ser atraente.

Mas nem todas as estações de TV vêem a NNS com bons olhos. Algumas se preocupam com a possibilidade de a Fox seduzir seus próprios telespectadores. Daniel Bradley, vice-presidente da Media General, e Mark Effron, da Post-Newsweek, que controlam estações afiliadas à ABC e à CBS, estão entre os descontentes com a aliança. "Não nos interessa uma associação com a NNS se isto significar que nossos vídeos seeão exibidos pela Fox em nossos mercados", reclama Effron.

    
    
                     

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