CRIME ORGANIZADO NO ES
Victor Gentilli
Na quarta-feira (24/7), a vice-presidente da OAB capixaba, Gladys Bitran, recebeu ameaça anônima de que os conselheiros da entidade seriam metralhados se continuassem denunciando o crime organizado no Espírito Santo. Gladys se dirigia ao aeroporto onde, com vários colegas, recepcionaria o presidente da entidade, que estava retornando de uma viagem.
Na mesma quarta, alguns jornais destacaram o esquema de segurança do ministro da Justiça, em visita-surpresa ao estado, que mobilizou Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal. A presença do ministro fez com que a diretoria da OAB capixaba, que organizava evento conjunto com a missão especial que investiga o crime organizado no estado, transferisse a cerimônia para local maior.
Na quinta-feira, uma bomba explodiu durante evento que reunia a diretoria regional da OAB e cerca de 130 pessoas, no auditório da entidade. A explosão destruiu um vaso sanitário.
O volume do noticiário na imprensa nacional sobre o crime organizado no Espírito Santo é inversamente proporcional ao agravamento das tensões. No dia seguinte, os jornais deram com algum destaque o noticiário do atentado. Mais nada.
No fim de semana, silêncio total dos jornalões, dos telejornais e das revistas semanais.