Thursday, 19 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Tina Andrade

JORNALISMO & VIOLÊNCIA

"A imprensa contra o ?quinto poder?", copyright Comunique-se, 28/6/02

"O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro realizou, recentemente em sua sede, o encontro Jornalismo e Segurança. O evento teve por objetivo responder questões que dizem respeito às condições que as empresas dão para o jornalista cumprir com segurança suas pautas; à opção de não entrar comunidades dominadas pelo tráfico, sem deixar de prestar o serviço de utilidade pública de informar sobre o que acontece em comunidades carentes; enfim, à necessidade urgente de repensar o jornalismo investigativo, principalmente, o policial.

Senti-me, como jornalista, no dever de participar e o texto que segue é um relato, misto de artigo e matéria, permeado de informação e emoção. Esta última, aliás, impediu registros, como o de alguns nomes e sobrenomes. Mas meu objetivo é contribuir com o noticiário sobre o evento que, na minha opinião, foi escasso face à relevância do assunto. Passada uma década, finalmente tive coragem para relatar a violência que também sofri no exercício da profissão. No entanto, apesar de traumática, se tratava apenas de mais uma ocorrência diante de tudo o que ouvi de outros colegas, cujo perigo parece ser o companheiro inseparável: Albelisa, repórter policial respeitadíssima em nosso meio, Mirtes Guimarães, Ari Peixoto, André Luiz Azevedo, Angelina Nunes, entre outros.

Nós, jornalistas, até então éramos tidos como ?atores? reais em cenas que a Sétima Arte, ela própria, retratou com acidez e cinismo, ao levar para a tela o falso glamour dos veículos de comunicação cheios de frieza, sordidez e sensacionalismo, como num ?faz-de-conta? que a coisa é assim?, protagonizado pela Imprensa Marrom, como em O Quarto Poder, de Costa-Gravas, ou no clássico A Montanha dos Sete Abutres, de Billy Wilder, ou ainda nos nacionais Jenipapo e Doces Poderes. Mas isto era só ficção.

Mudaram o filme, o roteiro, o cenário, os atores. Em cartaz: ?O Quinto Poder?. Estrelando, o crime organizado, contracenando como um estado paralelo (que algumas autoridades insistem em negar), num cenário que poderíamos chamar de Cidade Sitiada. Na sinopse, a Grande Imprensa, mãe inconformada, atônita, não sabe se sai em busca dos restos mortais do filho assassinado ou se ajoelha e reza clamando por Justiça. Enquanto isto, órfãos do Jornalismo Investigativo, que também deixou viúva a Editoria Policial, ficam todos encolhidinhos atrás do sofá da sala, porta trancada, vidros blindados, coletes resistentes contra balas, ouvindo a comunidade chamando, chorando, agonizando do lado de fora, sem poder (cor)responder.

Este filme está em cartaz em todas as telas, de todas as casas, de toda mansão, de toda favela. Mas se estamos (jornalistas-atores, sociedade, poder público, bandidagem institucionalizada) em cena, quem está nos assistindo? O final está em aberto! Queremos bater a claquete e dizer: ?ação!?, mas quem vai escrever o desfecho? Quem? Quando? Maneschy, assessor de imprensa da Defensoria Pública, que como eu já esteve ?no front?, lembrou durante o encontro, que mais de 45 mil pessoas por ano morrem em situações violentas, contra 10 mil americanos mortos durante toda a Guerra do Vietnã: ?a polícia parou de subir o morro com vergonha; quanto mais cavava, mais corpos encontrava?. Fala-se de algo em torno de 200 corpos num único cemitério clandestino.

?Com a morte do Tim, muda tudo. Os colegas não estão minimizando o caso por maldade, mas por uma questão cultural?. Disse Rosental Alves, depois de lembrar o caso do desaparecimento do repórter Rodolfo Camerini – que ele próprio testemunhou. Ele fez a matéria que resultou no reaparecimento de Camerini e ainda ouviu do editor enfurecido: ?Jornalista não é notícia!? Sua opinião é a de que o prurido moralista nega que o assassinato de um jornalista seja igual ao de outras pessoas. Isto foi registrado em seu artigo Mortes de Jornalistas na América Latina: ?O Brasil é o país onde mais se matava jornalistas e menos se falava disto?, concluiu. O próprio Rosental relatou fatos terríveis vivenciados por ele e por colegas seus por toda América Latina (que acabam justificando a criação de uma organização não-governamental especializada em dar proteção aos jornalistas, da qual participará). Aqui mesmo, no Brasil, percebe-se um certo descaso em relação a ocorrências envolvendo profissionais de veículos menos expressivos.

O presidente do Sindicato de Rádio-Jornalistas do Rio de Janeiro criticou severamente as ações de algumas empresas jornalísticas que, segundo ele, ?preocupam-se pontualmente? em decorrência de um acontecimento. Ele citou o caso do jornalista que flagrou um cabo da PM executando a sangue frio um assaltante em frente ao Shopping Rio Sul, nesta cidade: ?Ele foi transferido para outro estado, mas tem que haver alguma medida preventiva?. O sindicalista alega que a maior dificuldade está na falta de diálogo entre as empresas jornalísticas, os sindicatos e os próprios trabalhadores.

No entanto, hoje, o trabalhador que se sentir ameaçado já pode se recusar a fazer a matéria, uma vez que a empresa não mais poderá demití-lo por este motivo. O que já é um avanço. Um caso polêmico e que veio à baila no calor do debate foi o da jornalista Cristina Guimarães, que está movendo uma ação contra uma emissora de tevê, por não ter tido a sua solicitação de proteção atendida. A emissora contesta: ?… no ano de 2001 demos proteção a 22 profissionais no Rio e 14 em São Paulo, durante as 24 horas do dia. Por que não daríamos proteção a ela??, questionou um dos diretores da reclamada, que ali estava presente. A pergunta ficou no ar e o Sindicato gostaria de ouvir a repórter e convidá-la para que se junte aos seus colegas nesta campanha.

Marcelo Beraba, correspondente da Folha de São Paulo no Rio, desabafou: ?Nossa luta deveria incluir a continuidade do trabalho do Tim (referindo-se às reportagens ?Feira das Drogas? e ?Baile Funk? – que levaram os traficantes a matá-lo)?. Segundo Beraba, Rio e São Paulo vivem uma situação análoga e cobrir a atuação do tráfico nas nossas comunidades contribui de alguma forma para denunciar o crime no estado vizinho. Para o jornalista, ainda é necessário desenvolver um grau de segurança que nos permita manter o trabalho de utilidade pública que é a nossa principal missão: ?Um menino foi morto por uma bala perdida e decidimos ouvir os familiares no cemitério, já que era impraticável entrar na comunidade. Fomos expulsos do funeral, pois agora as pessoas não querem aparecer, com medo de um julgamento por parte do tráfico, para não darem a entender que estariam colaborando com a imprensa?.

A Globo, a exemplo de outras empresas, criou uma comissão interna para tratar das questões de segurança e vai mais além: fala em lançar mão de carros blindados, coletes (não ostensivos), segurança pessoal, investimentos em lentes de altíssimo alcance, tecnologias avançadas como chips sub-cutâneos, a fim de monitorar cada passo do profissional. Mas, verdade seja dita: isto é para quem tem recursos. Como fazer no caso de empresas menos capitalizadas? Uma outra questão, que não é possível aprofundar neste artigo, é como cuidar para que não se desenvolvam mais processos de exclusão social?

Ao final de quatro horas de debates, algumas medidas importantes ficaram definidas e já poderão ser postas em prática: uma delas é o acompanhamento sistemático dos trabalhos de busca do corpo de Tim Lopes; duplas de jornalistas revezando-se nas idas à Secretaria Estadual de Segurança para dar andamento àquilo que fora acordado juntos aos órgãos de classe; conscientizar as empresas jornalísticas de não institucionalizar o crime, ou seja, em seus noticiários não distinguir mais esta ou aquela facção, e sim, tratar os criminosos de forma indistinta – o que contribuirá muito para enfraquecer a imagem do crime organizado; coordenar ações de forma estratégica e inteligente, de modo que a própria comunidade sinta a falta que faz o trabalho social do jornalista e passe a contribuir espontaneamente para o seu melhoramento; cobrar incessantemente das autoridades melhores condições de segurança, entre outras medidas. ?Eu atravessei o Túnel Santa Bárbara, que é uma área de alto risco e fui até Niterói, onde moro e não havia um único policial em todo este trajeto!?, criticou Janice Caetano. Para a jornalista, o estado de sítio não se restringe ao morro somente, mas afeta toda a cidade.

Ao final do encontro, mais perguntas surgiram em relação ao caso Tim Lopes: ?Que exames já foram feitos??; ?Fizeram algum tipo de laudo ou perícia??. Na opinião do correspondente da Folha de São Paulo, nós, jornalistas, deveríamos estar cobrando assiduamente estes procedimentos que conhecemos bem, a fim de que possamos definitivamente sair da mesmice. As reuniões vão continuar no Sindicato e fora dele. Outras manifestações estão programadas para conscientizar as autoridades de que medidas emergentes precisam ser tomadas, pois não estamos falando apenas da Liberdade de Imprensa, mas de podermos voltar a ser livres. (Tina Andrade é jornalista tecnológica, gestora de informação e de conteúdo; consultora em webjornalismo e planejamento estratégico de Comunicação.)"

 

"Mundo-cão versus qualidade", copyright O Globo, 24/6/02

"O jornal americano ?Boston Phoenix? rompeu um acordo tácito da mídia impressa daquele país e publicou uma foto da cabeça decepada de Daniel Pearl, repórter do ?Wall Street Journal? assassinado por militantes islâmicos no Paquistão.

A foto acompanhava um editorial defendendo a decisão de fornecer um link no site do jornal para o vídeo da execução do repórter.

As duas iniciativas provocaram indignação e críticas. Os executivos do ?Boston Phoenix? argumentaram que publicar a foto e fornecer o link para o vídeo pouco diferem de publicar fotos dos campos de concentração nazistas. Eric Meyer, ex-editor de fotografia do ?Milwaukee Journal?, discordou. ?Posso entender a execução de um indivíduo sem ter de vê-la. Eu não poderia entender os campos de concentração sem vê-los. A escala é muito maior?, sublinhou. Tem razão. Ademais, a morte de Daniel Pearl já é conhecida há meses. O discutível argumento do valor noticioso da fotografia e da imagem não se sustenta. É sensacionalismo mesmo. E nada mais.

O episódio, lamentável, mostra até que ponto a insensibilidade ética pode chegar na conquista de consumidores. O sensacionalismo que esteve no cerne do comportamento do jornal não é, infelizmente, novidade. De fato, alguns pontos no Ibope ou avanços nos índices de circulação são, freqüentemente, disputados pela aviltante agressão à dignidade humana que se renova em certos programas de TV e em supostas reportagens de comportamento.

Explorando o denominado jornalismo-verdade, a mídia tem sucumbido aos esquemas do mundo do entretenimento. A miséria material e moral é transformada em instrumento de marketing. O que interessa na fria contabilidade da ciranda do espetáculo é um bom desempenho no ranking da audiência. Até mesmo a chamada grande imprensa não está imune ao vale-tudo do mercado. Julga-se acima do bem e do mal. O que é frivolidade barata num jornal popular é informação de comportamento nas respeitáveis páginas da elite press.

A estratégia, não duvidemos, é autofágica e míope. O modelo sensacionalista, festejado num primeiro momento (a curiosidade faz parte da psicologia humana), não é o melhor parceiro para a viagem da qualidade. O desvio ético da imprensa de escândalo não reside na veiculação de notícias cruas, mas na exploração aética da miséria humana.

Recentes reportagens da imprensa brasileira sobre o avanço das drogas são exemplos de denúncias duras, mas rigorosamente pertinentes. O brutal assassinato de Tim Lopes é uma demonstração eloqüente de que os traficantes temem mais a força mobilizadora da mídia do que o poder das armas dos policiais.

O recado é terrível. Ele se dirige aos jornalistas investigativos e às empresas de comunicação. A delinqüência tupiniquim está adotando o modelo de seus colegas colombianos: matar jornalistas para reforçar a lei do silêncio.

O crime exige, por óbvio, uma revisão nos métodos da apuração. Mas, ao contrário do que pretendem os traficantes, a morte de Tim Lopes não pode representar a imposição da mordaça do medo. Todos – imprensa, cidadãos e autoridades – não podemos sucumbir ao clima de pânico gerado pela bandidagem.

Felizmente, repórteres, inúmeros, continuam passando dias nas ruas num gigantesco mapeamento da violência. O resultado é uma impressionante radiografia do avanço das drogas. O desespero dos dependentes, o cinismo impune dos traficantes e a impotência das autoridades ganham contornos patéticos na força das reportagens.

Vislumbra-se na exposição da chaga social a esperança de uma solução. As reportagens, desenhadas em cores fortes, não resvalam para o sensacionalismo. São chocantes, mas verdadeiras.

Jornalismo de qualidade é isso. Apresentar a vida como ela é. Com suas luzes e suas sombras. Não se constrói bom jornalismo com a gratuidade de fotos chocantes, mas com a força de reportagens que tocam no nervo exposto da cidadania. (CARLOS ALBERTO DI FRANCO é diretor do Master em Jornalismo para Editores e professor de ética jornalística.)"

 

"Desafio ao perigo", copyright Folha de S. Paulo, 30/6/02

"Nem só de histórias trágicas como a da morte do jornalista Tim Lopes é feito o jornalismo investigativo na TV. Na maioria absoluta das vezes, o resultado é a descoberta de crimes que, não fosse a coragem de jornalistas novos ou experientes, continuariam ocultos. ?O que aconteceu com o Tim não acontece todo dia?, diz Roberto Cabrini, 41 anos, 25 de profissão. Foi Cabrini que, depois de três meses de investigação, descobriu o ex-tesoureiro de Fernando Collor, Paulo César Farias, escondido em Londres. Para os jornalistas investigativos, a microcâmera é vista como instrumento de trabalho semelhante à caneta ou o lap top. ?O problema é que ela foi banalizada?, critica Marcelo Rezende, 50, mais de três décadas de profissão e um dos primeiros a usar o equipamento. ?Ela ficou fashion, e agora não há mais critério. É usada pra fazer pegadinha ou dar flagrante em camelô?, afirma. Aldir Ribeiro, 49, 13 anos de profissão e hoje na TVE, lamenta que a palavra do repórter esteja perdendo espaço para a imagem. ?A TV virou show, quer mostrar o cara com a arma, a garota se prostituindo. Sem a imagem, nosso testemunho perde a força. Reconheço a importância da câmera oculta?, diz. Marques Casara, 35, que já fez reportagens do gênero para o ?Fantástico? e o extinto ?Documento Especial?, diz que a função exige responsabilidade. ?Se houver um erro de avaliação por conta da tensão ou da ânsia de se conseguir uma boa matéria, ela [a microcâmera? pode danificar irremediavelmente a imagem de uma pessoa.? Segundo Luís Erlanger, diretor da Central Globo de Comunicação -onde o uso do equipamento é restrito-, a microcâmera só é utilizada depois de ?exaustiva investigação e confirmação de que há algo de interesse público que não pode ser registrado de outra forma?. Foi o que fez Martha Esteves, 39, em 1995, quando a Rede Globo recebeu denúncias de que um ginecologista do INSS abusava das pacientes. ?Filmei três consultas. Numa delas, ele me deixou sozinha por 25 minutos e temi ter sido descoberta. Pensei até que poderia morrer ali?, conta a repórter, que ouviu as pessoas falando mal dela nas ruas e ainda se constrange quando encontra o médico nas audiências -ele processou vários órgãos de imprensa. ?Muita gente confundiu meu papel. O juiz insinuou que eu tinha ido de calcinha vermelha pra seduzir o médico. A calcinha era enorme e marrom, escolhida com cuidado para não ser sexy?, diz a repórter.

Segurança

Segundo o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro, Nassif Elias, seria preciso discutir a segurança nesse tipo de reportagem. ?Mas os próprios jornalistas dizem que um esquema de proteção inviabilizaria o trabalho?, afirma ele.

Cabrini atesta: ?Se você chegar com aparato, é o mesmo que avisar que está investigando?. Para Marcelo Rezende, ?a segurança é a observação, e o treinamento, a experiência?.

Aldir Ribeiro, ex-?Documento Especial? e ?24 Horas?, vai além: ?O que é que dois guarda-costas podem fazer diante do armamento que há num morro? E, se levar rádio, é mais uma coisa pra te denunciar?. Entretanto, ele questiona a ida de Tim Lopes ao baile funk dos traficantes. ?O Tim sabia como agir. Mas como é que um cara de 50 anos vai investigar um baile funk, onde a faixa etária não passa dos vinte e poucos anos??

Marcelo Rezende diz que ?ninguém é forçado a nada. A gente descobre um fato e pede pra fazer a matéria?. Erlanger argumenta que, por estar prestando um serviço social, o repórter muitas vezes se sente imune.

Unânimes quanto ao medo, que consideram um limite para que não se exponham demais, os jornalistas investigativos geralmente se acostumam às ameaças e até passam a vê-las como um sinalizador de que estão no caminho certo.

?No caso do Tim, não sei se houve intenção articulada e política contra a liberdade de expressão, mas, na prática, eles conseguiram amedrontar a imprensa, porque ninguém mais quer subir morro?, diz Erlanger.

Aldir, por exemplo, dá ?graças a Deus? por não fazer esse tipo de trabalho há quatro anos. ?Quando a matéria vai ao ar e os caras começam a ligar para a emissora, dá uma tremenda paranóia. Qualquer pessoa que te olhe na rua faz pensar que está sendo reconhecido?, diz.

Frederico Roriz, 34, que também integrou a equipe do ?24 Horas?, e há cinco anos investigou grupos de extermínio na Baixada Fluminense, também está impressionado. ?Depois do que aconteceu com o Tim, só faria esse tipo de matéria de novo se tivesse segurança?, afirma.

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"PM tem técnicas de infiltração", copyright Folha de S. Paulo, 30/6/02

"O tenente-coronel Eliseu Leite de Moraes, da Polícia Militar de São Paulo, diz que admira o idealismo dos jornalistas investigativos, mas acredita que, em reportagens como a que Tim Lopes estava fazendo quando foi morto, é essencial que o repórter adote procedimentos de segurança.

Ele afirma que, para se infiltrar em redutos de criminosos, os policiais recebem treinamento de três meses, ministrado pelo Serviço de Inteligência da PM. Segundo ele, se alguma emissora de TV solicitasse, os instrutores poderiam dar um curso a jornalistas.

?A pessoa tem de conhecer possíveis rotas de fuga e saber sair de situações difíceis, como eventuais interrogatórios feitos por bandidos. Se for agir onde predominam os jovens, sua idade não pode contrastar?, diz o policial. ?Também é preciso colher o máximo de informações previamente, conhecer a rotina da comunidade, a linguagem, o gestual, as lideranças e imitar até o corte de cabelo usado pelas pessoas. Um observador igualmente incógnito à distância pode pedir socorro em caso de captura do infiltrado. Só assim é possível passar por camaleão e não chamar atenção?, afirma."