MÍDIA ESPORTIVA
Raphael Perret Leal (*)
A Superliga de Vôlei Feminino está na fase semifinal. Flamengo e MRV/Minas disputam uma vaga na final. O adversário será o vencedor do confronto entre Vasco e Rexona. Os vencedores são conhecidos após uma série de melhor de cinco: quem ganhar três jogos primeiro se classifica.
Na manhã de sábado, dia 31, a série entre Flamengo e MRV/Minas estava 2 a 1 para o clube mineiro. Mais um jogo seria realizado em Belo Horizonte. Se o MRV/Minas vencesse, claro, estaria garantido na grande final. Caso contrário, haveria um quinto jogo, no Rio.
O JB Online, na noite de sábado, publica, nos destaques da sua seção Tempo Real, a seguinte chamada: "Vôlei feminino do Flamengo vai para a final da Superliga."
O que aconteceu? Terei lido errado alguma notícia anterior? Será que estava 2 a 1, na verdade, para o Flamengo? Impossível, estava acompanhando a série desde o início. Muitas dúvidas começaram a aparecer. Não ousei duvidar da frase. Ela é definitiva, certa, clara. Não se tratava de uma possibilidade, e sim de uma certeza: "vai para a final".
Um motivo interessante para a súbita classificação das rubro-negras seria uma eventual eliminação do MRV/Minas do torneio, justificada por alguma irregularidade grave.
Leiamos a nota, então:
A equipe feminina de vôlei do Flamengo está a um passo da final Superliga Feminina 2000/2001. A equipe venceu, esta tarde, por 3 sets a 1, parciais 26/24, 23/25, 25/23 e 30/28, o MRV/Minas. A partida aconteceu no Ginásio Pio XII, em Belo Horizonte, e teve a duração de duas horas. A partida decisiva acontece na próxima semana, no Rio de Janeiro, com dia e horário a serem definidos.
O que é isso? Se o título é uma concisão da notícia, devemos deduzir que o Flamengo já está classificado porque falta um jogo? Ou porque ele é no Rio?
Parêntese: o terceiro jogo foi no Rio e o MRV/Minas venceu. Fecha parêntese.
Das duas uma: ou o responsável pelo título acredita muito na vitória do rubro-negro (fanático torcedor? vidente?) ou estava com muito sono.
Razões inadmissíveis para o erro.
(*) Jornalista e analista de sistemas
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