TELETIPO
Em março de 2003 deve entrar no ar, na TV a cabo americana, o Blackbelt TV (TV Faixa-Preta), canal de artes marciais com 24 horas diárias de reprises de filmes e seriados de astros como Bruce Lee e Chuck Norris. O projeto é de Larry Kasanoff, conhecido por produzir O exterminador do futuro 2. Ele estima atrair, logo na estréia, 4 milhões de assinantes homens entre 18 e 34 anos. Segundo a Associação Nacional de Artistas Marciais Profissionais, há de 7 a 15 milhões de praticantes de lutas nos EUA. Blackbelt deve também cobrir torneios. Segundo a Reuters [10/10/02], o uso de mulheres atraentes suscita críticas entre lutadoras que sofrem com o machismo. Kasanoff disse que está arregimentando anunciantes, mas se negou a citar nomes.
A crise financeira da mídia marcou a Feira do Livro de Frankfurt ? a maior feira do mundo. O evento teve 4% menos expositores do que em 2001. Os "salvadores" do mercado editorial, segundo Paul Majendie, da Reuters [8/10/02], são Jesus e Harry Potter. O primeiro voltou a vender muito, junto com livros esotéricos e outros que se propõem a revelar "o sentido da vida". O personagem infantil, que vendeu mais de 150 milhões de livros no mundo, é responsável por fazer a meninada largar o videogame e e tomar gosto pela leitura. Para Hubertus Schenkel, supervisor da feira, fenômenos como Harry Potter são a tendência futura. As editoras dependerão cada vez mais de poucos best-sellers.
A publicidade britânica tem é conhecida pelas idéias bizarras. Recentemente, a gravadora Virgin testou uma placa de ponto de ônibus em que as pessoas podem ouvir músicas do disco anunciado apertando botões que acionam sistema de som embutido. A última novidade é o anúncio com cheiro do xampu Head & Shoulders, da Procter & Gamble, ainda em fase de teste, segundo The Wall Street Journal [9/10/02]. Transeuntes poderão sentir, na parada do ônibus, o perfume cítrico do produto. Como técnicas muito invasivas se mostraram pouco efetivas, as pessoas terão de pressionar um botão para acionar o reservatório de perfume.
O repórter franco-israelense Gideon Kouts foi forçado a se retirar de uma conferência internacional entre países de língua francesa, realizada em Beirute. Conta Daniel Sobelman [Ha’aretz, 20/10/02] que jornalistas libaneses decidiram protestar contra a presença de Kouts quando esta foi divulgada por uma emissora de TV de Israel. Dezenas deles teriam cercado o repórter, alguns com a intenção de acuá-lo; outros, de entrevistá-lo. Os seguranças foram forçados a tirar Kouts do meio da multidão e escoltá-lo até a saída do hotel.