THE WASHINGTON POST
Michael Getler, ombudsman do Washington Post, cometeu um erro em sua última coluna. Esqueceu-se de informar a localização do Centro Médico Militar Walter Reed. "Fica na região norte de Washington", disse em 27/4.
A correção abriu a coluna da semana seguinte, servindo de pretexto para o ombudsman falar da política de correções do Post e o porquê de ela às vezes frustrar os leitores. O jornal, segundo Getler, geralmente é bem editado. "Mas em um dia normal publica cerca de 150 mil palavras, além de dúzias de gráficos, tabelas e fotografias. Então, erros certamente ocorrem", afirmou o ombudsman. "Falo de erros factuais, como o que cometi na semana passada. Também há erros ocasionais de digitação, gramática e tipografia."
As principais correções estão dispostas diariamente na segunda página do primeiro caderno do Post. Segundo Getler, o diário publicou 933 correções em 2001, 1.066 em 2002 e mais de 330 até agora neste ano.
Apesar de o Post ter uma política interna bem delineada, a realidade acaba sendo diversa porque não há uma central específica para correções sugeridas por leitores. No final, "as correções são feitas apenas por funcionários do Post que lêem sua própria edição", disse um leitor.
Na falta de um endereço central ou de um número de telefone, pedidos de correções chegam em diversas frentes, muitas vezes se perdendo no caminho. "Talvez um repórter receba um telefonema mas não avise seu editor. Talvez um editor receba um telefonema e esqueça, ou julgue o erro pequeno demais para merecer destaque", afirmou Getler. "Recebo diversas ligações e as remeto a vários editores e repórteres, mas o que ocorre depois disso cabe ao editor decidir."