Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Vitória de editora eletrônica

DIREITOS AUTORAIS

O caso Random House versus RosettaBooks, muito divulgado pela mídia, terminou no dia 11/7 com a derrota da grande editora de livros, informa Roger Parloff [Inside, 11/7/01]. O juiz federal Sidney H. Stein decidiu que o contrato da empresa com três escritores de best-sellers não impede a RosettaBooks, uma editora eletrônica, de vender suas obras em versão digital.

Para o juiz, os contratos dos escritores Kurt Vonnegut Jr., William Styron e Robert Parker, assinados entre 1961 e 1982, que conferem o direito à Random House de "imprimir, publicar e vender seu trabalho em forma de livro", não incluem a concessão dos direitos digitais ou eletrônicos de suas obras. Desta forma, o juiz negou o pedido de liminar da editora contra a publicação de oito romances em versão digital destes autores pela RosettaBooks.

O porta-voz da Random House, Stuart Applebaum, declarou que a empresa mantém a visão de que um e-book (livro eletrônico) é um livro, e que seus contratos garantem os direitos de publicar as obras nesta formato. "Vamos rever a decisão judicial cuidadosamente enquanto decidimos qual será o próximo passo neste processo, porque isto foi apenas uma negação de nosso pedido de liminar", afirmou. O juiz Stein considera que tal interpretação ampla tornaria supérfluas as muitas cláusulas específicas que constam dos contratos da editora, sobre lançamento de edições resumidas ou em braille, reedições e publicações em série.

Em resposta ao argumento da Random House de que seus contratos teriam cláusulas "anticompetição", que impediriam os autores de lançar qualquer material baseado em seus livros, o juiz declarou que, mesmo que a editora estivesse certa, ela teria o direito de processar a RosettaBooks por quebra de contrato, e não com uma ação de direitos autorais, como aconteceu.

MERCADO PUBLICITÁRIO

A venda de anúncios para a próxima temporada das maiores redes de TV americanas encerrou-se após quase um mês de negociações. Nesta época, 85% dos comerciais são vendidos, e o desempenho do setor de publicidade em TV costuma dar o tom das vendas em outros veículos de comunicação. Os resultados foram piores do que o esperado, informa Seth Sutel [The Associated Press, 8/7/01].

A previsão dos analistas era de uma redução de 10% nas vendas. As redes ABC, NBC, CBS e Fox levaram juntas US$ 7 bilhões, 14% a menos do que no ano passado. Foi a maior queda em uma década, mas ainda assim os números batem com os registrados dois anos atrás, antes que o gasto desordenado das companhias de internet e a economia em expansão inundassem o mercado publicitário de dinheiro.

"O ano passado foi uma histeria em massa", disse Jack Myers, economista e CEO da Myers Reports Inc., empresa de pesquisa em mídia. "Dias após o anúncio (de vendas) das redes, os compradores se precipitaram. Este ano estão mais metódicos."

Ninguém duvidava que as vendas de anúncios seriam fracas neste ano ? a questão era o quanto. Vendedores e compradores não conseguiam entrar em acordo sobre o preço, e por muitas semanas as redes insistiram em manter os mesmos preços do ano passado. A NBC finalmente resolveu o impasse concordando com os pedidos de descontos dos anunciantes, e outras redes fizeram o mesmo. A discussão chegou a durar um mês, enquanto em 2000 os negócios foram fechados em espantosos três dias.

    
    
                     

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