Thursday, 26 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Welliton Moraes

QUALIDADE NA TV

ASPAS

NOVA TV PÚBLICA

"TV Cultura e Arte é lançada em São Paulo", copyright MMonline, 9/4/01

"Aconteceu há pouco o lançamento da TV Cultura e Arte, que visa difundir programas culturais produzidos em diversas regiões do País. A iniciativa é resultado de parceria entre o Ministério da Cultura e a TV Cultura. Com investimentos de R$ 2 milhões, a TV Cultura e Arte entra no ar em caráter experimental no próximo dia 16 e, definitivamente, no dia 30. Sua programação será transmitida pela TVA, Net e Neo TV.

Quem assina a comunicação da TV Cultura e Arte é a McCann-Erickson. A primeira campanha vai ao ar nos dias 28 e 29, o fim de semana que antecede a estréia do canal. Participaram do lançamento o ministro da Cultura, Francisco Weffort, o secretário do Audiovisual, José Álvaro Moisés e do presidente da Fundação Padre Anchieta, Jorge da Cunha Lima."

Cultura e Arte na TV, copyright Jornal do Brasil, 10/4/01

"O ministro da Cultura, Francisco Weffort, e o secretário do Audiovisual, José Álvaro Moisés, firmaram ontem acordo de cooperação com a TV Cultura para viabilizar a transmissão do sinal da TV Cultura e Arte a operadoras de TV por assinatura. O novo canal será veiculado, a partir do dia 30 de abril, por TVA, NET, DirecTV e Sky.

A programação terá apenas duas horas diárias nos dias úteis (das 22h às 24h) e três nos fins de semana (21h às 24h). Segundo Weffort, o Ministério da Cultura investirá R$ 2 milhões ao ano na programação da TV Cultura e Arte. ?O objetivo é passar para quatro horas diárias?, disse o ministro.

Para o presidente da Fundação Padre Anchieta (TV Cultura), Jorge da Cunha Lima, quanto mais opções de canais culturais, melhor para o telespectador. ?A capacidade de transmissão é pequena para a diversidade cultural do país.?

Serão exibidos documentários feitos por produtores independentes com apoio do Ministério da Cultura, programas da Funarte e do Iphan e filmes produzidos com recursos captados pelas leis de incentivo à cultura.

Os documentários Tambores – Ritmos originais do Brasil, Josué de Castro, cidadão do mundo e Volpi serão os primeiros a ir ao ar."

"Canal a cabo Cultura e Arte entra no ar dia 30", copyright O Estado de S. Paulo, 11/4/01

"A partir do dia 30, a nova TV Cultura e Arte, uma parceria do Ministério da Cultura (MinC) e Fundação Padre Anchieta, inicia oficialmente suas transmissões por todas as operadoras de canais por assinatura do País. O acordo de cooperação foi firmado anteontem, para o período de um ano, e contou com as assinaturas do ministro da Cultura, Francisco Weffort, do diretor-presidente da Fundação Padre Anchieta, Jorge da Cunha Lima, do diretor de jornalismo da emissora, Marco Antônio Tavares Coelho Filho, e do secretário do Audiovisual, José Álvaro Moisés.

A criação desta nova TV é viabilizada pela Lei 8.977, de janeiro de 1995, que estabelece a obrigatoriedade de seis canais públicos na TV paga, como, por exemplo, a TV Senado, o Canal Universitário, a TV Câmara. Neste começo, a programação da TV Cultura e Arte terá duração de duas horas diárias, de segunda a sexta-feira (das 22 às 24 horas) e de três horas, das 21 às 24 horas, nos fins de semana.

A TV Cultura e Arte já tem definida uma programação para cerca de quatro meses. Ela é composta, basicamente, por documentários e filmes de longa, média e curta metragens, realizados por produtores independentes com recursos do MinC; pelos Institutos Itaú Cultural e Moreira Salles; pelas Fundações Odebrecht, Banco do Brasil, Darcy Ribeiro e Lina Bo Bardi; e produzidos por intermédio das Leis de Incentivo (Lei Rouanet e Lei do AudioVisual). Parte desta programação será transmitida, em caráter experimental, a partir do dia 16.

O Ministério da Cultura gastou cerca de R$ 2 milhões nessa nova empreitada e pretende estender o projeto, primeiramente aumentando suas transmissões de duas para quatro horas diárias, para depois tentar transportá-lo para a TV aberta. Segundo o ministro Francisco Weffort, o intuito principal da TV Cultura e Arte é difundir a produção cultural do Brasil inteiro, não só do eixo Rio-São Paulo. ?O problema da difusão cultural é prioritário em um País que tem uma enorme diversidade nesse campo?, diz."

TV Cultura e Arte entra no ar dia 30, copyright O Globo, 11/4/01

"O documentário ?Tambores – Ritmos originais do Brasil?, de Gustavo Brandão, inaugura no próximo dia 30 a programação do novo canal TV Cultura e Arte, cujo acordo de criação foi assinado anteontem pelo ministro da Cultura, Francisco Weffort, e o presidente da Fundação Padre Anchieta, Jorge da Cunha Lima. Trata-se de um canal de cultura sem fins lucrativos que será veiculado somente pelas operadoras de TV por assinatura (TVA, Net e Neo TV – esta última uma cooperativa que congrega operadoras independentes).

Inicialmente, o novo canal terá duas horas diárias de programação (das 22h às 24h) durante a semana, e três horas (das 21h às 24h) nos fins de semana. Segundo Weffort, o canal custará em torno de R$ 2 milhões por ano ao Ministério da Cultura. Sua veiculação em TV aberta não está definida e apenas quem possui assinatura de TV a cabo terá acesso à programação cultural, que reúne produções que se beneficiaram das leis de incentivo à cultura, como a Lei Rouanet e a Lei do Audiovisual.

– A TV a cabo se dirige a um público restrito, mas permitirá um tratamento que a TV aberta não tem, como por exemplo dedicar mais espaço a documentários e se aprofundar em um tema. Se pudermos entrar em TV aberta, será ótimo – disse Weffort.

O acordo de cooperação firmado entre o Ministério da Cultura e a Fundação Padre Anchieta viabiliza a transmissão do sinal da TV Cultura e Arte. Segundo Cunha Lima, a parceria inclui a exibição, eventualmente, de programas da TV Cultura e Arte na TV Cultura e TVE. Segundo Weffort, a prioridade é aumentar a difusão da produção cultural brasileira, principalmente a de documentários independentes, cuja realização será ampliada com a co-parceria entre o Ministério e a TV Cultura.

– Temos nível e diversidade de produção cultural muito grande e queremos que o teatro visto em Recife também possa ser visto em São Paulo. Assim como a música de Curitiba seja ouvida em Recife. O Teatro Municipal do Rio, por exemplo, fez uma montagem linda de ?Candide?, de Bernstein. Gastamos dinheiro e o espetáculo foi apresentado só num fim de semana. Vamos usar o dinheiro de forma mais racional – disse o ministro.

A criação do canal está prevista na lei 8.977, de 6 de janeiro de 1995, que estabelece a criação de seis canais públicos educativo-culturais.

– As operadoras têm interesse comercial nesse produto. Elas estão se propondo a exibi-lo, mas são obrigadas por lei – disse o ministro.

O secretário do Audiovisual, José Álvaro Moisés, diz que o TV Cultura e Arte já possui 500 títulos, programação inédita para ser exibida por quatro meses sem repetição. Entre os documentários estão ?Trilogia: o beijo, a ilusão, a ruptura?; ?Cena aberta: Plínio Marcos? e ?O escritor por ele mesmo: Adélia Prado?."

"Radiobras suspende ?canal? de ministério", copyright Folha de S. Paulo, 12/4/01

"Impasse no governo federal. A Radiobras suspendeu anteontem o acordo que havia feito com o Ministério da Cultura para a veiculação de duas horas diárias de programação da TV Cultura e Arte, ?canal? de TV paga que o ministério lança no dia 30.

Pelo acordo, a Radiobras cederia em seu canal NBR uma faixa de programação, das 22h à 0h, para o Cultura e Arte. O NBR existe desde 98 e é veiculado em 12 operadoras da Net.
Segundo Carlos Zarur, presidente da Radiobras, o acordo está suspenso até nova negociação.

A Radiobras não admite que a programação do Cultura e Arte seja gerada pela TV Cultura, conforme convênio entre o ministério e a emissora paulista.

Sem o acordo, o ?canal? do MinC está ameaçado. Isso porque, segundo a Net, o NBR já ocupa a vaga de canal educativo e cultural previsto na Lei do Cabo.

O MinC quer a vaga de canal educativo e cultural. A Radiobras afirma que o NBR não ocupa essa vaga e que o canal foi viabilizado em acordo com a Net. A Net, por sua vez, diz que o MinC terá de compartilhar frequência no cabo com o NBR. Se não houver acordo, o impasse terá de ser resolvido pela Anatel."

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