Thursday, 26 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Xuxa Park & São Januário

Edição de Marinilda Carvalho

Amigos, nesta edição temos torcedores indignados, militantes revoltados, telespectadores injuriados. E leitores também, do Globo, da Folha e até da impoluta Caros Amigos.

Mas a grande maioria das cartas enviadas ao O. I. nos últimos dias não está aqui a página: as mensagens que falam do cancelamento do programa Observatório na TV do dia 6/2 foram para a seção Circo da Notícia.

Não percam!

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Clique no trecho sublinhado para ler a íntegra da mensagem

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VASCO, GLOBO ETC.

Quero parabenizar este site, antes de mais nada, pelos artigos dos jornalistas Luiz Antonio Magalhães (“Incêndio no Xuxa Park: Globo não deixa queimar cifrões”) e Alberto Dines (“O Globo: algo de novo no front da prepotência”).

Entretanto, acho que os atentos jornalistas deixaram escapar que a ampla (nem tanto) cobertura do acidente no Projac, não só pelo jornal O Globo como também pelos outros órgãos de imprensa da organização global, se deveu a uma tentativa de rebater acusações de torcedores e dirigentes do Club de Regatas Vasco da Gama e as críticas e cobranças da sua audiência de uma maneira geral, diante da excessiva exploração do acidente ocorrido em São Januário. A cobertura contou inclusive, nos dias que se seguiram, com uma parcial e mal-intencionada edição das imagens sobre o acidente, veiculada insistentemente pela Globo, tentando levar o telespectador a acreditar que o dirigente do Vasco, Sr. Eurico Miranda, pretendeu desde sempre impedir o atendimento aos feridos para que o jogo fosse imediatamente recomeçado, o que é falso.

O fato foi denunciado imediatamente na internet com trechos das imagens pela Globo, disponibilizados na rede pela torcida vascaína. Trecho onde se vê o gordo dirigente cercado por um mar de jornalistas que o seguiam indiferentes aos feridos que se colocavam como obstáculos pelo caminho, tentando se desvencilhar dos microfones e gritando em resposta a única pergunta que se ouvia sobre o reinício do jogo: “Primeiro o atendimento aos feridos! Primeiro os feridos!”

Parece-me inequívoco, diante das denúncias de manipulação da informação, exploração e sensacionalismo demasiado (principalmente através do jornal Extra, que faz o trabalho sujo que O Globo supostamente, pela sua linha “ética” e “séria”, não pode fazer), com relação ao acidente de São Januário, que foi inclusive objeto de alguns artigos do jornalista Eliakim Araújo, que o conglomerado financeiro e jornalístico global tentou provar, através de uma cobertura “ampla” e “séria”, tanto quanto possível, do incêndio no Projac, que eram injustas e caluniosas as acusações, “limpando” de certa forma a sua imagem diante dos incautos.

“Eurico ganhou inimigos poderosos na mídia, sobretudo nas Organizações Globo. Todo mundo sabe que Eurico e o chefe de Esportes do Globo têm uma briga feia na Justiça. Todo mundo sabe que, recentemente, Eurico proibiu a equipe da Rádio Globo de transmitir uma partida do Vasco em São Januário. Todo mundo sabe que Eurico sempre questionou os horários impostos pela TV (leia-se Globo) para transmitir o futebol”, escreveu Eliakim Araújo.

Eles conseguiram talvez convencer ao velho e bom Alberto Dines, que acreditou mesmo em um “milagre”, mas não a todos. Tanto assim que, apesar de tentarem passar essa falsa ética profissional, foi fácil perceber que após a divulgação dos laudos que condenavam tanto o Vasco quanto a Globo, o clube e os seus dirigentes foram imediatamente julgados e condenados também pelo “quarto poder”, com manchetes como “Total imprudência e negligência” (Extra), enquanto no caso do Xuxa Park, apesar do bombástico laudo, apontando inclusive que as crianças estavam aprisionadas (acho que esse é o termo mais exato) às cadeiras da roda gigante com cadeados, não houve julgamentos precipitados nem manchetes sensacionalistas em letras garrafais. O destaque foi dado à defesa da emissora.

Mais atenção, senhores jornalistas!

Fernando César Corrêa d’Arribada,
Rio de Janeiro

 

Gostaria de parabenizar Marinilda Carvalho pelas matérias referente ao Vasco. Acho que se o Vasco fosse o queridinho da imprensa, como o Flamengo é, me arrisco a dizer que com essas conquistas no futebol e em todos os outros esportes o Gigante da Colina seria eleito o clube do século. Estou observando a imprensa junto com vocês.

Eduardo Maganha

 

Gostaria de parabenizar a tricolor Marinilda Carvalho pelas duas excelentes reportagens a respeito do tema “Vasco com SBT”, expondo suas idéias com simplicidade, clareza e acima de tudo isenção, ressaltando o verdadeiro “pântano” que há por trás da imprensa carioca. Apesar de não concordar inteiramente com o teor do que foi escrito, a idéia básica está perfeita. A falta de comprometimento com a verdade e de profissionalismo da imprensa esportiva já ultrapassou os limites. Parabéns!

Roberto Cavalcanti

 

Foi com muita satisfação que li o artigo “Meus amigos, que mosca!”, que foi ao ar na edição de 20/1/2001 do O. I.. Devo dizer que ele virou “cult” entre a comunidade vascaína na internet, sendo propagado por varias listas de discussão do Vasco e reproduzido (muitas vezes sem permissão, acredito eu) em inúmeros sites relacionados ao time da Cruz de Malta.

Foi a primeira vez que alguém falou abertamente sobre a “Fla-prensa”, cuja existência os vascaínos já denunciam desde 1923, mas que até hoje só nos rendeu adjetivos como “paranóicos”, “neuróticos” e outros impublicáveis. E o fato de o artigo ter sido escrito por uma tricolor só dá mais credibilidade ainda aos episódios relatados.

Parabenizo a equipe do O. I. pela coragem com que aborda esses assuntos e informo que grande parte da torcida vascaína também integra a resistência a essa imprensa esportiva que, com raras e honrosas exceções, nos persegue há quase 80 anos. Um grande abraço e sucesso ao O. I.

Fernando Matta

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