A responsabilidade social dos jornais
O Instituto Ethos e a Associação Nacional de Jornais acabam de anunciar o lançamento dos Indicadores Ethos-ANJ de Responsabilidade Social para o setor.
Concebidos para servir como instrumento de auto-diagnóstico, os Indicadores Ethos são compostos por quarenta questões que, respondidas, permitem à empresa avaliar os impactos sociais e ambientais de suas atividades.
Trata-se de uma metodologia testada em pelo menos nove outros setores da economia, como as áreas de petróleo e gás, varejo, mineração, papel e celulose e o setor financeiro.
Os indicadores Ethos de Responsabilidade Social têm se revelado importante ferramenta para a avaliação da sustentabilidade na gestão das empresas.
Além disso, funcionam como uma espécie de passaporte para o ingresso dessas empresas no universo de conhecimento que se abre quando a gestão começa a considerar outras métricas de desempenho que não apenas o lucro.
O fato de os jornais brasileiros, pelo menos aqueles afiliados à ANJ, terem aderido aos indicadores, é um sinal de modernidade, ou pelo menos de disposição para o debate sobre o papel social e as conseqüências ambientais do negócio da imprensa.
O que pode parecer estranho aos interessados no assunto é que a Associação Nacional de Jornais não parece muito orgulhosa dessa adesão.
O site da ANJ apenas publicou uma nota oficial a respeito, o que parece pouco diante da importância do fato e dos compromissos que essa adesão representa.
Em outros episódios muito menos relevantes, a imprensa e sua entidade representativa souberam fazer barulho suficiente para chamar a atenção da opinião pública.
É certo, pelo que informa o site do Instituto Ethos, que os representantes dos jornais questionaram bastante a hipótese da ter a independência editorial ameaçada pela construção de indicadores setoriais para a imprensa.
Mas, ao que tudo indica, os donos de jornais parecem ter se convencido de que prestar contas publicamente de suas atividades, no que se refere às implicações sociais e ambientais do negócio jornal, não é assim uma coisa tão terrível.
O indicadores Ethos de Responsabilidade Social estão divididos em áreas como valores, transparência e governança, público interno, meio ambiente, relações com fornecedores, consumidores e clientes, comunidade, governo e sociedade.,
No caso dos jornais, foram acrescentados dados sobre treinamento, apoio jurídico e proteção aos jornalistas que cobrem áreas de risco.
Não apenas os leitores, mas certamente também os jornalistas terão interesse em acompanhar como as empresas que os contratam se comportam diante de questões como essas.
Afinal, o jornal não é avaliado apenas pelo que publica, mas também pela responsabilidade com que lida com a matéria-prima, com seus funcionários e com o meio ambiente.
Novidade na rede
A capacidade de inovar e surpreender do Google, uma das empresas de tecnologia que estão revolucionando as comunicações, parece não ter limites.
A empresa que começou explorando redes de relacionamento e sistemas de busca se transforma cada vez mais num complexo de mídia, capaz de agregar progressivamente novos recursos e competir com os meios de comunicação tradicionais.
Luiz Egypto, editor do Observatório da Imprensa:
– A empresa de tecnologia Google lançou ontem, em cem países, a versão beta no navegador Google Chrome, com o qual pretende incomodar a vida do Internet Explorer, o browser da Microsoft instalado na maioria dos computadores ligados à rede.
Uma história em quadrinhos de 38 páginas, produzida pela empresa, explica o funcionamento da nova traquitana. O ponto de partida da iniciativa foi o seguinte: o que mais usamos hoje na internet não são exatamente páginas web, mas aplicações. A maioria dos navegadores em operação foi concebida num momento em que a internet requeria poucas aplicações. É certo que os remendos vieram com o tempo – e os usuários do Windows conhecem muito bem isso –, mas o diferencial do Google Chrome é que ele quer ser reconhecido como um navegador dos novos tempos, concebido para encarar os desafios da inovação na internet. Por isso, aliás, seu sistema é de código aberto, isto é, os utilizadores poderão ajudar a aprimorar o programa. Isto já ocorre com o navegador Firefox, que já conquistou boa presença net e ganha novos adeptos a cada dia.
Uma coisa é certa: os chamados sistemas-proprietários, de código fechado, estão com os dias contados.
O Instituto Ethos e a Associação Nacional de Jornais acabam de anunciar o lançamento dos Indicadores Ethos-ANJ de Responsabilidade Social para o setor.
Concebidos para servir como instrumento de auto-diagnóstico, os Indicadores Ethos são compostos por quarenta questões que, respondidas, permitem à empresa avaliar os impactos sociais e ambientais de suas atividades.
Trata-se de uma metodologia testada em pelo menos nove outros setores da economia, como as áreas de petróleo e gás, varejo, mineração, papel e celulose e o setor financeiro.
Os indicadores Ethos de Responsabilidade Social têm se revelado importante ferramenta para a avaliação da sustentabilidade na gestão das empresas.
Além disso, funcionam como uma espécie de passaporte para o ingresso dessas empresas no universo de conhecimento que se abre quando a gestão começa a considerar outras métricas de desempenho que não apenas o lucro.
O fato de os jornais brasileiros, pelo menos aqueles afiliados à ANJ, terem aderido aos indicadores, é um sinal de modernidade, ou pelo menos de disposição para o debate sobre o papel social e as conseqüências ambientais do negócio da imprensa.
O que pode parecer estranho aos interessados no assunto é que a Associação Nacional de Jornais não parece muito orgulhosa dessa adesão.
O site da ANJ apenas publicou uma nota oficial a respeito, o que parece pouco diante da importância do fato e dos compromissos que essa adesão representa.
Em outros episódios muito menos relevantes, a imprensa e sua entidade representativa souberam fazer barulho suficiente para chamar a atenção da opinião pública.
É certo, pelo que informa o site do Instituto Ethos, que os representantes dos jornais questionaram bastante a hipótese da ter a independência editorial ameaçada pela construção de indicadores setoriais para a imprensa.
Mas, ao que tudo indica, os donos de jornais parecem ter se convencido de que prestar contas publicamente de suas atividades, no que se refere às implicações sociais e ambientais do negócio jornal, não é assim uma coisa tão terrível.
O indicadores Ethos de Responsabilidade Social estão divididos em áreas como valores, transparência e governança, público interno, meio ambiente, relações com fornecedores, consumidores e clientes, comunidade, governo e sociedade.,
No caso dos jornais, foram acrescentados dados sobre treinamento, apoio jurídico e proteção aos jornalistas que cobrem áreas de risco.
Não apenas os leitores, mas certamente também os jornalistas terão interesse em acompanhar como as empresas que os contratam se comportam diante de questões como essas.
Afinal, o jornal não é avaliado apenas pelo que publica, mas também pela responsabilidade com que lida com a matéria-prima, com seus funcionários e com o meio ambiente.
Novidade na rede
A capacidade de inovar e surpreender do Google, uma das empresas de tecnologia que estão revolucionando as comunicações, parece não ter limites.
A empresa que começou explorando redes de relacionamento e sistemas de busca se transforma cada vez mais num complexo de mídia, capaz de agregar progressivamente novos recursos e competir com os meios de comunicação tradicionais.
Luiz Egypto, editor do Observatório da Imprensa:
– A empresa de tecnologia Google lançou ontem, em cem países, a versão beta no navegador Google Chrome, com o qual pretende incomodar a vida do Internet Explorer, o browser da Microsoft instalado na maioria dos computadores ligados à rede.
Uma história em quadrinhos de 38 páginas, produzida pela empresa, explica o funcionamento da nova traquitana. O ponto de partida da iniciativa foi o seguinte: o que mais usamos hoje na internet não são exatamente páginas web, mas aplicações. A maioria dos navegadores em operação foi concebida num momento em que a internet requeria poucas aplicações. É certo que os remendos vieram com o tempo – e os usuários do Windows conhecem muito bem isso –, mas o diferencial do Google Chrome é que ele quer ser reconhecido como um navegador dos novos tempos, concebido para encarar os desafios da inovação na internet. Por isso, aliás, seu sistema é de código aberto, isto é, os utilizadores poderão ajudar a aprimorar o programa. Isto já ocorre com o navegador Firefox, que já conquistou boa presença net e ganha novos adeptos a cada dia.
Uma coisa é certa: os chamados sistemas-proprietários, de código fechado, estão com os dias contados.