Thursday, 21 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Programa 41
>> O tamanho da crise
>> `Operação Outdoor´
>> Qualificar o déficit zero
>> Estrelato senatorial
>> Lá como cá, ou cá como lá?
>> Biocombustíveis em seminário
>>

O tamanho da crise

 

O tamanho e a gravidade da crise podem ser medidos pelo espaço que os principais jornais dedicam às denúncias e investigações sobre corrupção. Ontem e hoje, os dois grandes jornais de São Paulo, a Folha e o Estado, somados, deram ao assunto 36 das 53 páginas de noticiário de seus primeiros cadernos, descontados os anúncios.

 

E sempre, como desde o fim de semana, com novas revelações. Hoje, a estatal Furnas volta ao noticiário em entrevistas de Roberto Jefferson para Renata Lo Prete, da Folha.

 

A situação seria menos perturbadora se estivesse no poder o PMDB, ou o PFL. Para o PT, é devastadora.

 

‘Operação Outdoor’

 

A Associação Brasileira de Agências de Publicidade publica nesta quinta-feira, 30 de junho, nos jornais Valor e Gazeta Mercantil, nota paga na qual pede, abre aspas, ‘transparência nos negócios que envolvem interesses públicos e recursos provenientes do Estado’, fecha aspas.

 

Recado da Abap: nem todas as agências de publicidade têm contas de governo.

 

Diz a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de São Paulo que a iniciativa da Abap procura se antecipar a uma ‘Operação Outdoor’ da Polícia Federal que viria por aí. Diz também que nem todos os publicitários ficaram felizes com o texto da nota.

 

Ancelmo Gois, no Globo, comenta que a propaganda brasileira passa por dias difíceis.

 

Qualificar o déficit zero

 

Cresce no noticiário a proposta de déficit zero, da qual o deputado Delfim Netto se fez porta-voz. A idéia envolve duas componentes que resultariam em mudanças estruturais. Uma é reduzir e tornar mais eficaz o gasto público. Outra é baixar tarifas de importação para enfraquecer cartéis e oligopólios. Nos dois casos, o governo terá de comprar uma briga danada com interesses corporativos.

 

Mas é preciso verificar se a proposta e sua execução significarão um avanço em direção a um capitalismo democrático de massas, ou apenas a manutenção das condições básicas para a reprodução das desigualdades que são marca registrada do Brasil. Essa é a grande discussão que se deve travar na mídia.

 

Estrelato senatorial

 

O Painel da Folha critica hoje o estrelismo dos senadores Eduardo Suplicy e Heloísa Helena. Os repórteres de política devem ficar atentos para não colocar azeitona na empadas dessas exibições , ainda que se percam bons quadros humorísticos.

 

Lá como cá, ou cá como lá?

 

O jornal Valor publica hoje artigo de Margaret Carlson, colunista da Bloomberg News, que denuncia a inércia e o desinteresse do Congresso em apurar denúncias de corrupção feitas contra deputados e senadores. Do Congresso dos Estados Unidos.

 

Biocombustíveis em seminário

 

‘A frota brasileira de carros bicombustíveis, movidos a álcool e gasolina, deverá chegar a 6,2 milhões em 2010’, prevê Eduardo Carvalho, presidente da União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo (Unica). Carvalho será um dos palestrantes do 1° Seminário AgroPauta de Jornalismo, na segunda-feira, 4 de julho, na BM&F, em São Paulo.

 

Destinado a jornalistas, o encontro vai apontar as vantagens que o Protocolo de Quioto trará para o Brasil. ‘Existem dezenas de novos projetos agroindustriais em desenvolvimento no país dentro das regras de Quioto, entre eles projetos de álcool e biodiesel’, diz o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que abrirá o seminário.

 

Política antidrogas questionada

 

A televisão deu ontem e os jornais publicam hoje estudo da ONU sobre o problema das drogas no mundo. Nos Estados Unidos, a discussão do assunto coloca em xeque as políticas antidrogas do governo americano, no momento em que o presidente Bush prepara um novo plano. O governo americano diz que as políticas funcionam.

 

Desde 2000, foram gastos 5 bilhões e 400 milhões de dólares para erradicar plantios na América Latina, mas a cocaína, por exemplo, está mais barata, mais pura e mais facilmente disponível nos Estados Unidos, campeões de consumo. Gasta-se mais fora do país do que para fazer campanhas de prevenção e tratar dependentes. E não funciona.