Um internauta já passa, em média, quase de 10% de seu dia conectado a redes sociais. A informação foi divulgada (em 17/7/2015) pela União Internacional de Telecomunicação (UIT), em um novo estudo publicado sobre a proliferação da rede e da nova realidade dos hábitos de milhões de internautas pelo mundo.
Por dia, um internauta gasta, em média, 2 horas e 25 minutos em plataformas sociais, como Facebook, Twitter e WhatsApp. Essa explosão foi causada pela proliferação de aparelhos conectados à internet. Em janeiro de 2015, já era registrado um total de 2 bilhões de contas em redes sociais.
A avalanche de informação colocada na rede também bate todos os recordes. A cada hora, 100 milhões de fotos estão sendo postadas no Facebook. A cada segundo do dia, uma hora de vídeos está sendo colocada no Youtube. A cada 24 horas, o Google está processando mais de um petabyte em dados. Isso é o equivalente a 100 vezes os dados armazenados na Biblioteca do Congresso dos EUA, a maior do mundo.
O armazenamento de dados também passou a ser muito mais barato. Se nos anos 70 armazenar dados custava cerca de US$ 150 mil, essa mesma quantidade tem hoje um custo para uma empresa de apenas US$ 0,01. Para a UIT, a realidade é que a fronteira está cada vez mais fluida entre o mundo físico e digital, o que está criando “novas oportunidades econômicas”.
Tudo em rede
Outra tendência identificada pelo estudo é a “conectividade de tudo”. Ou seja: a produção de carros, relógios, máquinas fotográficas ou qualquer outro aparelho já com a possibilidade de estar conectado à internet, o que vai compor a chamada Internet das Coisas.
No total, a UIT estima que 1 bilhão de aparelhos estejam conectados sem fio ao fim de 2015, um aumento de 60% em comparação a 2014. Até 2020, a estimativa é que 25 bilhões de aparelhos estejam na rede, em grande parte no setor de negócios, hospitais, administrações e mesmo em residências. Os lucros nesse setor prometem atingir a marca de US$ 1,7 trilhão até o fim da década.
O número de tablets também já bate todas as expectativas, com 234 milhões de unidades até o fim do ano, embora o mercado venha registrando um declínio das vendas desse tipo de aparelho.
Só no Brasil, as vendas de tablets caíram 20% no primeiro trimestre de 2015, na comparação com o mesmo período do ano passado, para 1,78 milhão de unidades, segundo dados da IDC Brasil.
Um dos motivos para isso seria o desinteresse do consumidor pelo aparelho mediante outras opções como os phablets, os grandes smartphones que dominaram o mercado recentemente.
Segundo a UIT, o número de smartphones vendidos em 2015 chegará a 1,4 bilhão, superando pela primeira vez as vendas somadas de televisões, PCs e videogames. Enquanto isso, laptops e notebooks seguem registrando queda nas vendas.
Grande parte dessa expansão na venda de smartphones ocorrerá nos mercados emergentes, onde o acesso à internet passou a ser, acima de tudo, feito pelos celulares.