Mídia & Jornalismo | Observatório da Imprensa

A CRISE, AS SAÍDAS

Em 2004 a mídia brasileira repetiu o mau desempenho dos anos anteriores – que aparentemente poucas lições deixaram. Embora tenha conseguido equacionar suas dívidas bancárias, continuou batendo cabeça na gestão de sua atividade-fim e incapaz de descobrir saídas inventivas para a crise que enfrenta. Meladas as negociações com o BNDES, a quem recorrera de pires na mão, fez o de sempre: cortou na própria carne.

A ÉTICA DESVALIDA

Ano pouco auspicioso para demonstrações de grandeza, a ética pediu socorro nas páginas da imprensa, nos sítios de informação e nas telas da TV no Brasil e no mundo.

MÍDIA E PODER

Do caso Larry Rohter aos (maus) conselhos do presidente da República, em 2004 as relações da mídia com o poder não primaram pela transparência.

ELEIÇÕES MUNICIPAIS

A imprensa privilegiou a cobertura das eleições nas grandes capitais, relegou a plano secundário o pleito nas cidades menores e alegou ‘objetividade’ enquanto se posicionava – no noticiário e na edição – em favor de seus candidatos favoritos.

** A Folha do Serra – Luiz Antonio Magalhães

** Está difícil ler jornal – Rogerio Barreto Brasiliense

** Pesquisismo dá muito número e pouca sustança – Luiz Weis

** O vazio político na Globo – Gilson Caroni Filho

** Maluf não entrou sozinho na UTI – Alceu Luís Castilho

** A prefeita e seu ex – Betty Milan

** Imprensa negligencia vereadores – Mauro Malin

** Para entender as promessas eleitorais – Antonio Fernando Beraldo

** Mais sobre promessas eleitorais – Antonio Fernando Beraldo

** Pitonisas e magos foram os derrotados – Alberto Dines

** Jornais ajudaram tucano e prejudicaram a prefeita – Luiz Antonio Magalhães

** Resposta ao Comitê de Notícias – Sandro Vaia

** A notícia, cadê a notícia? – Ligia Martins de Almeida
** Depois das teorias, a roupa suja – Alberto Dines

EXCESSOS E OMISSÕES

Coberturas descalibradas, apuração apressada e uma tendência irrefreável pela espetacularização da notícia foram alguns dos fatores que conseguiram empanar os exemplos meritórios de bom jornalismo no decorrer de 2004.

** Olimpíadas 2004 – O ‘infotainment’ subiu ao pódio – Ricardo A. Setti

** A privatização da censura – Venício A. de Lima

** Madame Hipostasia e os processos da mídia – Claudio Julio Tognolli

** Exageros de boquirrotos – Deonísio da Silva

** Mídia americanizada finge que é patriota – Alberto Dines

** A mídia não ajuda a conhecer o mundo – Nahum Sirotsky

** O fator Hersh – Cláudio Julio Tognolli

** Quando a imprensa deve silenciar? – Leneide Duarte-Plon

** O Dia –Tempestade de ações judiciais – Leticia Nunes

** Stédile e a ‘manada midiática’ – Floriano Filho

** Na pista de uma notícia da China – Luciano Martins Costa

** Furo galáctico – Marinilda Carvalho

** Imprensa prefere o agroufanismo – Bruno Blecher

** Loas ao boom do agronegócio – Geraldo Hasse

** Debate à beira da irracionalidade – Luciano Martins Costa

** Três atos do discurso jornalístico – Lucília Maria Sousa Romão

** ABL – Baixaria em letra de forma – Alberto Dines

** A guerra dos acadêmicos – Deonísio da Silva

** Celso Furtado e a história das mentalidades – Ulisses Capozzoli

** O que a morte do mestre mostrou da mídia – Luiz Weis

** O que sobrou do feminismo? – Ligia Martins de Almeida

** MST, vida e mídia severina – Gilson Caroni Filho

** Crise e oportunidade – Bruno Blecher

** A maldição do tender – Ligia Martins de Almeida

** Nem fome nem obesidade: desigualdade – Mauro Malin

CONSELHO FEDERAL DE JORNALISMO

A iniciativa desastrada – produzida com a pretensão de ‘orientar, disciplinar e fiscalizar’ o exercício do jornalismo – foi rechaçada por jornalistas independentes e embolou o meio-de-campo de uma necessária discussão sobre formas democráticas de regulação da atividade da mídia.

A SOCIEDADE QUER SABER

A publicação, primeiro pelo Correio Braziliense, de fotos que pareciam ser do jornalista Vladimir Herzog, assassinado no DOI-Codi em 1975, desencadeou um movimento em favor da abertura dos arquivos da repressão política.

** O Dossiê Herzog hoje – Mauro Malin

** Pela abertura dos arquivos da repressão – Audálio Dantas

** Para estar à altura da abertura – Mauro Malin

** Documentação inexplorada – Márcio Chaer

** Surto de miopia na primeira página – Luiz Weis

** Herzog, caso reaberto: Novo manifesto em nome da verdade – Mauro Malin

** Sentido político do acesso aos arquivos da repressão – Mauro Malin

** Vladimir Herzog – A tortura e a verdade nua e crua – Marinilda Carvalho

** O direito à história – José Paulo Cavalcanti Filho

** A imprensa, os índios e os brancos – Ulisses Capozzoli

** Racismo, socialismo e idiotia – Daniel Golovaty Cursino

** Exercícios nada sutis de anti-semitismo – Mauro Malin

** Racismo no horário nobre – Paulo J. Rafael

** Uma comunicação multiétnica é possível – Paulo Rogério Nunes

** O charlatanismo a serviço da manipulação política – João Pedro Stédile

** Escravidão no século 21 – Ulisses Capozzoli

** Pensamento único e reforma agrária – Helton L. Ribeiro

** A imprensa francesa é racista? – Leneide Duarte-Plon

** O caso Mengele: novos mistérios – Deonísio da Silva

** Arqueologia e atualidade do nazismo – Alberto Dines

** A tecnologia do medo – Deonísio da Silva

** O lugar da imprensa na batalha dos arquivos – Luiz Weis

** Tribunal determina abertura dos arquivos do Araguaia – Jorge Arbach

** Técnicas de Goebbels expostas às claras – Cláudia Rodrigues

MÍDIA, TERROR E GUERRA

A guerra dos Estados Unidos ao terror, que com a reeleição de George W. Bush não parece ter prazo para acabar, provocou baixas pesadas nos campos de batalha da imprensa americana. Ao longo de 2004, foram muitas as patriotadas e vários os pedidos de desculpas ao leitor.

** Todos usam o terror, sobretudo os terroristas – Alberto Dines

** A mídia cúmplice de Aznar – Luiz Carlos Ramos

** Madri – O que se esconde sob uma cobertura – Luciano Martins Costa

** Os nós de uma história mal contada – Marinilda Carvalho

** Só a mídia é capaz de vencer o terrorismo – Alberto Dines

** Terrorismo e alienação – Ulisses Capozzoli

** Mídia espanhola e as mentiras de Estado – Flavio de Mattos

** Bush e a obsessão pelo sigilo – Argemiro Ferreira
** No que precisa dar o mea-culpa do New York Times – Luiz Weis

** Era da impostura, hora de verdades – Alberto Dines

** A mídia nas fronteiras da verdade – Ivo Lucchesi

** O que é terrorismo e o que é guerrilha – Cristiana Mesquita

** Comunicação entre a rede e a grade – Ivo Lucchesi

** A imprensa reage à doutrina Bush – Editorial do New York Times
** TV al-Manar proibida na França – Leneide Duarte-Plon

ELEIÇÕES NOS EUA

Na campanha presidencial mais polarizada da história americana, a mídia tradicional tomou partido de seus candidatos e incluiu uma preocupação a mais nos prognósticos para o futuro: a emergência dos blogs e dos veículos independentes como alternativas viáveis para um público ávido por informação diferenciada. Apesar dos tropeços.

** Eleições e exacerbações – Alberto Dines

** George W. Bush e a indulgência da mídia – Carlos Eduardo Lins da Silva

** Bush vs. Kerry: O voto e o poder da mitologia – Carlos Eduardo Lins da Silva

** Watchblogs, a nova patrulha da imprensa – Carlos Castilho

** Por que Bush cresceu – Luiz Weis

** O ‘novo’ new journalism – Carlos Eduardo Lins da Silva

** O grande racha nos EUA – Alberto Dines

** Ingleses na campanha eleitoral americana – Carlos Castilho

** Mídia contida, eleição sem trauma – Marinilda Carvalho

** Quem ganhou e quem perdeu na eleição americana – Luiz Weis

** Mídia francesa apoiou Kerry – Leneide Duarte-Plon

** Todos vermelhos – Alberto Dines

** Quem reconduziu o presidente? – Ivo Lucchesi

A VIOLÊNCIA NA MÍDIA

Os veículos jornalísticos fizeram das tripas coração para produzir material informativo útil à sociedade em meio ao fogo cruzado suscitado pela insegurança pública, sobretudo nas grandes cidades brasileiras.

** Rocinha do Brasil – Alberto Dines

** Flagrante de um desamparo – Muniz Sodré

** A opção pela violência – Alberto Dines

** Quando a vítima é a notícia – Mozahir Salomão

** A imprensa sob custódia – Alberto Dines

** Do État-gendarme ao Estado-pastor – Muniz Sodré

JORNALISTAS EM CRISE

O mercado de trabalho encolheu em 2004, as dificuldades aumentaram, mas as alternativas não sumiram do mapa.

** Agruras de uma pessoa jurídica – José Carlos Marão

** Uma saída fácil para driblar a crise – Daniel Cóssio Porto

** A dura realidade do jornalismo no interior – Robinson Nogueira

** Injustiçados pela legislação – José Carlos Marão

** A demonização das relações públicas – Paulo Nassar

** Separação não justifica corporativismo – Bárbara Hartz

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO

A onipresente discussão sobre a formação profissional dos jornalistas passa pelas universidades e pelas empresas preocupadas com o aprimoramento constante do seu pessoal.

** Ensaio de orquestra – Nilson Lage

** Para onde vai o jornalismo? – Ivo Lucchesi

** Para ir mais longe no estudo do Jornalismo – Nilson Lage

** Dez anos depois, a consolidação – Victor Gentilli

** Entidade quer ser ouvida pelo MEC – Pedro Celso Campos

** A Carta de Florianópolis

** Uma alternativa ao espírito de manada – Leneide Duarte-Plon

** O reconhecimento da reportagem

** O que o público quer de jornais e jornalistas – Luiz Egypto

** A importância da formação universitária – André Azevedo da Fonseca

JORNALISMO CIENTÍFICO

Com lugar definitivamente conquistado no dia-a-dia dos leitores, telespectadores e internautas, que demandam informação de boa qualidade, o noticiário científico ainda se debate no impasse mal resolvido entre a empáfia acadêmica e a simplificação grosseira.

TV & RÁDIO

Boa parte dos parlamentares brasileiros é concessionária de serviços de radiodifusão; nesta área, portanto, legisla em causa própria. Também por essa razão, estão empacados os urgentes avanços legais no sentido de uma regulação mais adequada ao surgimento de novas tecnologias, como a TV digital, especialmente no que toca à produção de conteúdo e suas implicações para a identidade nacional.

JORNALISMO NA INTERNET

Mídia de todas as mídias, a internet mudou os paradigmas da atividade jornalística. E não basta, na web, a transposição pura e simples do conteúdo produzido para papel, rádio ou TV: o jornalismo agora é outro, porque o público também é protagonista do processo.

MEMÓRIA 2004

Celso Furtado, Borjalo, Leonel Brizola, Norberto Bobbio, Hilda Hilst, Jorge Guinle, Henri Cartier-Bresson, Jacques Derrida, Apoena Meireles, Yasser Arafat…

** O combate que valeu a pena – Alberto Dines

** Leonel Brizola (1922-2004): Um guerreiro contra a manipulação da mídia – Luiz Antonio Magalhães

** John Gregory Dunne (1932-2003): Nos bastidores de Hollywood – Wladir Dupont

** Norberto Bobbio (1909-2004): A objetividade crítica – Ivo Lucchesi

** Hilda Hilst (1930-2004): Novos leitores começam a nascer – Deonísio da Silva

** Jorge Guinle (1916-2004): Como distinguir o aristocrata do playboy – Alberto Dines

** Carlos Avighi (1946-2004): Morre um bravo professor – José Coelho Sobrinho

** Elie Abel (1920-2004): O mestre se foi – Leticia Nunes

** Henri Cartier-Bresson (1908-2004): Morreu um amigo meu – Luiz Eduardo Achutti
** Um encontro com o artista – Ivan Alves Filho

** Agenor Miranda Rocha (1907-2004): Sobre religião e política – Muniz Sodré

** Paul Foot (1937-2004): Sempre alerta contra as injustiças

** Carl Mydans: (1907-2004): Com a câmera e a caneta

** Jacques Derrida (1930-2004): Morreu um filósofo romântico – Deonísio da Silva

** Apoena Meireles (1949-2004): O sertanista e a metáfora do Brasil – Ulisses Capozzoli

** Yasser Arafat (1929-2004): Saturação informativa vs. conhecimento – Alberto Dines

** Celso Furtado (1920-2004): Uma vida em três mortes – Ivo Lucchesi

** Mauro Borja Lopes (1925-2004): Como substituir Borjalo? – Alberto Dines

** Mauricio Achar (1937-2004): A morte de um livreiro inovador – Wladir Dupont

** Enzo Baldoni (1948-2004) – A mãe dos imbecis – Giulio Sanmartini

** John Maynard Smith (1920–2004) – O evolucionista voador – Felipe A. P. L. Costa

SOBRE O OBSERVATÓRIO

** OI 8 anos – História de sucessos, cenário de fracassos – Alberto Dines

** Sem mídia competente o país não será competitivo – Mauro Malin

** Os prolegômenos de um projeto – Carlos Vogt
A imprensa em questão, Alberto Dines, Carlos Vogt e José Marques de Melo (orgs.), 181 pp., Editora da Unicamp, Campinas, 1997
** Imprensa no foco da cidadania – José Marques de Melo

** A metáfora da semente – Alberto Dines

** Labjor – Memória do primeiro biênio

** Uma caixa postal bem divertida – Marinilda Carvalho

** OI na TV – Seis anos depois – Ana Arruda, Antonio Brito, Arthur da Távola, Augusto Nunes, Marcos Coimbra, Mário Vitor Santos, Renato Janine Ribeiro

MARCHA DO TEMPO
Golpe de 64, 40 anos

** Anos de Chumbo, chumbados – Alberto Dines

** Um dia na história – Alberto Dines

** A revolução numa poltrona – Otto Lara Resende

** A paisagem – Araújo Netto

** Minas: do diálogo ao front – Pedro Gomes

** 32 mais 32, igual a 64 – Eurilo Duarte

** O vizinho do presidente – Cláudio Mello e Souza

** A margem esquerda – Wilson Figueiredo

** Jango ou o suicídio sem sangue – Antônio Callado

** Da conspiração à revolução – Carlos Castello Branco

** Debaixo dos deuses – Alberto Dines

** O jornalismo 40 anos depois – Ivo Lucchesi

** Paranóias, exibições e um gesto de grandeza – Alberto Dines

** Unha e carne do atraso – Gilson Caroni Filho

** O dia do golpe – 19 depoimentos ao OI na TV
** O último favor aos generais – Gilson Caroni Filho

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Getúlio, 50 anos depois
** Imprensa cultua Gegê e esquece o Estado Novo – Alberto Dines

** A história nos jornais – Alberto Dines

** O repressor e o liberal – Ivan Alves Filho

** Olga em agosto – Deonísio da Silva

** O neoqueremismo – Alberto Dines

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