‘Nenhum jornalista pauta conscientemente os seus textos pelos interesses das grandes corporações. Ainda assim, por um processo darwinista de seleção, os dissidentes, embora sobrevivam em bolsões, jamais chegam a tomar decisões editoriais ou escrever colunas regulares.’
‘Jornalistas raramente tomam a iniciativa de ir atrás das notícias. Eles permitem que grupos de pressão, companhias, sindicatos, políticos e, acima de tudo, governos definam a agenda (do que é ou não notícia). Organismos oficiais são tratados como fontes-padrão de informações.’
Esses dois contundentes comentários são do inglês Peter Wilby. Ele parece saber do que está falando. São passagens da resenha que escreveu para a revista New Statesman sobre o livro Guardians of power: the myth of the liberal media (Pluto Press, 241 páginas, £ 14,99).
‘Todo jornalista deveria lê-lo’, argumenta Wilby, ‘porque os autores construíram uma avaliação (da imprensa) que clama por uma resposta’.
A resenha é convincente. Fica a dica.