O relatório final do “Perfil do Jornalista Brasileiro 2021”, pesquisa que reuniu mais de 7 mil respostas, está disponível para download. O estudo permite “constatar transformações ocorridas no perfil de profissionais do jornalismo, comparando os novos achados com o estudo pioneiro, realizado há 10 anos”, de acordo com o professor Samuel Pantoja Lima, da Universidade Federal de Santa Catarina, coordenador geral do trabalho. A margem de erro da pesquisa é inferior a 2%, com um intervalo de confiança de 95%. 7.029 jornalistas responderam ao questionário, entre 16 de agosto e 1º de outubro de 2021.
Os jornalistas no Brasil são em sua maioria mulheres (58%), brancas (68,4%), solteiras (53%), com idade de até 40 anos. Outro aspecto importante trata da renda: “O jornalismo brasileiro paga pouco a profissionais de formação elevada. (…) a renda mensal de 60% dos entrevistados é inferior a R$ 5,5 mil por mês; apenas 12% recebem acima de R$ 11 mil”, diz Lima
No relatório encontra-se a estimativa da categoria por cor-raça (brancos/as – 67,8%, pardos/as – 20,6%, pretos/as – 9,3%, amarelos/as – 1,3%), funções (dos profissionais que atuam na mídia, 37,1% atua como repórter e 23,4% como editor/a) e outros estratos sócio-demográficos, entre outros dados.
Sobre a pesquisa
A pesquisa foi liderada pelo Laboratório de Sociologia do Trabalho (Lastro/UFSC) e articulada pela Rede de Estudos sobre Trabalho e Profissão (RETIJ), da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor). O estudo envolveu 17 pesquisadores voluntários de todas as regiões brasileiras e recebeu o apoio das principais organizações nacionais da categoria: ABI, ABEJ, ABRAJI, APJor, FENAJ – e Sindicatos filiados, e SBPJor.