Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Somos todos madrilenhos

Um esplêndido poeta, o pastor anglicano John Donne, disse num verso famoso que quem atinge um homem atinge a Humanidade. E, referindo-se ao toque dos sinos que na Idade Média anunciava as mortes, concluía: ‘Não perguntes por quem os sinos dobram. Eles dobram por ti’.

Dobram por nós os sinos, após o massacre de Madri. Dobram por nós os sinos que anunciaram a morte de gente como nós; que, como nós, passeava, ia ao trabalho, saía para as compras, e foi atingida por pessoas cuja humanidade foi obscurecida por paixões políticas.

E como se comportou a imprensa?

Jornais, TV e rádio, bem. Já a agência Reuters deve explicações: em sua lista de principais atentados terroristas desde o 11 de setembro de 2001 (data do ataque às Torres Gêmeas em Nova York) não há nenhum ocorrido em Israel. Qual o motivo da omissão?



Boa notícia

A CUT, Central Única dos Trabalhadores, divulgou magnífico manifesto de repúdio ao terror, assinado por seu presidente Luiz Marinho. ‘(…) o atentado praticado fere frontalmente todos os princípios éticos e democráticos que devem nortear a vida das nações (…) Afinal, como infelizmente temos assistido ao longo dos tempos, seres humanos inocentes são as principais vítimas destas sangrentas ações’. Espera-se que a CUT volte a manifestar-se sempre que o terror se manifeste – seja onde for.