É impressionante a forma como a informação está se tornando cada vez mais tola, sarcástica e sem sentido. Está se tornando pela maneira como estão se apropriando dela. A informação é uma ferramenta da comunicação que exerce poder, muitos teóricos da comunicação e sociólogos já relataram sobre esse domínio poderio que os meios manuseiam a informação.
O encontro com a informação inútil se encontra na pauta do programa Encontro com Fátima Bernardes. Estimula-me muito pensar sobre a mesquinharia de como um programa possa escolher assuntos tão fúteis para ser veiculada antes do almoço na televisão. Temas como relacionamento, namoro, beleza, futebol, experimentos científicos e atividades de condicionamentos físicos me levam a pensar para onde estamos caminhando.
Assim como Walter Benjamin, ensaísta, crítico literário, tradutor, filósofo e sociólogo defendeu a ideia de um novo modelo de arte com o surgimento da tecnologia, a de que, essa nova técnica possibilitaria a democratização da arte, pensando bem no seu otimismo, vejo essa relação com o início da era do surgimento da televisão, a de que a TV – pensavam – seria um ambiente de propagação de um novo ideal ideológico. Impressiona-me a sutileza desse meio se apropriar tão violentamente das percepções humanas.
Em um programa como o Encontro, assuntos banais tomam conta de cerca de mais de duas horas do espaço televisivo que poderia muito bem servir para acontecimentos, não digo nem de interesses da sociedade, pois essa pode está estimulada a querer realmente ver o assunto veiculado, mas de despertar o interesse do público com o que é útil. Despertar os direitos fundamentais de cidadania de todo ser humano.
Mas o que parece mesmo é que a TV não é feita por humanos, mas pelo domínio da máquina-TV por aqueles. No dia em que – se chegar esse dia – a televisão pensar humanamente a informação encontrará o espaço da pauta útil de encontro ao interesse da sociedade.
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Tamara Santos é estudante de Jornalismo