O tema ‘cobertura de esportes’ foi escolhido, mais uma vez, pela ombudsman do Washington Post, Deborah Howell, para sua coluna de domingo [14/10/07]. Segundo ela, os leitores do Post mais passionais – e exigentes – são os fãs de esportes. Entre as muitas demandas, os resultados dos jogos noturnos devem constar nas edições que são entregues nas suas casas na manhã seguinte, os times das faculdades e das escolas devem ter mais espaço no diário, etc.
Deborah explica: o Post, como a maior parte dos jornais de grandes cidades americanas, vem sofrendo com queda nos lucros e, por isso, tem reduzido sua cobertura diante de uma intensa competição não apenas da ESPN e do USA Today, mas também de sítios que abordam temas esportivos. Hoje, o diário tem menos recursos para viagens e apenas seis repórteres de esportes. Além do mais, os assinantes recebem seus jornais por volta de seis da manhã, o que inviabiliza a cobertura dos jogos que ocorrem na noite anterior. Já a maior parte da circulação do USA Today não é para assinantes, mas sim para venda em banca, cuja edição fica pronta mais tarde.
Emilio Garcia-Ruiz, subchefe de editoria de esportes, diz que é uma luta diária na redação contra o deadline. Quando os jogos são na Costa Oeste, com a diferença de fuso horário, fica ainda mais difícil publicar na edição do dia seguinte. Deborah sugere que os leitores acessem o sítio do jornal para ter os últimos resultados, mas muitos deles reclamam desta sugestão. ‘Todo vez que escuto isso, fico extremamente irritado’, escreveu um leitor. ‘Os editores do Post acham que eu vou acessar o sítio se posso ver na ESPN? O que o diário dá é aquela sensação boa de ler as notícias de seu time enquanto se toma café’, afirmou outro.