Robson Pereira

‘Um dos apelos mais sedutores na fase de implantação da internet era a sua tão propalada capacidade de disseminar de forma rápida e democrática o acesso a informações. Outros vislumbravam uma infinidades de redes moldando um ambiente propício à construção coletiva do conhecimento, assim entendida a informação associada a um propósito comum.

Demorou pouco para que a primeira parte da profecia se concretizasse e quase uma década depois surgem os primeiros indícios de que também o sonho está bem perto de se tornar realidade. Para quem duvidava ou até mesmo para quem acreditava, mas não enxergava um jeito prático de fazer, Wikipedia é a resposta capaz de juntar uns e outros.

Wikipedia, com o próprio nome denuncia, é uma enciclopédia, embora com características bem diferentes de todas aquelas que existem por aí. Começou em 2001 com uma proposta audaciosa na internet: construir a partir de uma página praticamente vazia a maior enciclopédia já imaginada pelo ser humano, de forma inteiramente livre não apenas sob o ponto de vista da produção, mas também do conhecimento que viesse a ser gerado por ela.

Até o início da semana, 16 mil voluntários espalhados pelo mundo entenderam a proposta e atendaram o convite. Hoje, a Wikipedia (www.wikipedia.org) abriga mais de 700 mil artigos sobre todas as áreas do conhecimento e uma coleção de 250 mil verbetes detalhados em pelo menos uma centena de idiomas. É, talvez, o maior trabalho coletivo já realizado pelo homem no campo do conhecimento.

A princípio, qualquer página da Wikipedia pode – e até deve – ser copiada, editada e modificada livremente, de forma online. Qualquer um, a qualquer momento, pode – e até deve – contribuir para que ela se torne maior e melhor, acrescentando um novo verbete ou ampliando a definição de um já existente, escrevendo um artigo, produzindo uma resenha de um determinado livro ou simplesmente traduzindo para o idioma que domina aquilo que originalmente foi publicado em outra língua.

Basta clicar na página, modificar ou criar um novo conteúdo e salvar as alterações. A página modificada vai imediatamente para o ar até que alguém repita o processo, alterando ou acrescentando algo que tenha escapado a você. A qualquer hora é possível ver as páginas anteriores e um descritivo sobre o que foi alterado. No domingo à noite, por exemplo, estavam sendo trabalhados simultaneamente 6.629 artigos diferentes em língua portuguesa.

Embora administrada por uma fundação sem fins lucrativos, a Wikipedia não tem dono. Literalmente. Quando foi lançada, muita gente argumentou que um projeto como esse, totalmente aberto e descentralizado, teria a sua qualidade comprometida em um curto espaço de tempo, o que não ocorreu. Os próprios voluntários fiscalizam o conteúdo, eliminando incorreções ou impedindo a ação de pichadores digitais.

A idéia partiu dos mesmos criadores da Nupedia (www.nupedia.com), uma outra enciclopédia digital, mas com uma diferença fundamental: a Nupedia conta com um conselho editorial, composto por especialistas em várias áreas de conhecimento, que cuidam de aprovar, previamente, toda e qualquer informação disponibilizada na rede.

Tanto a Nupedia quanto a Wikipedia só se tornaram possíveis graças a um software extremamente simples e inteiramente aberto, batizado como Wiki (www.wiki.org), uma palavra de origem havaiana que quer dizer ‘super-rápido’ – conforme uma das definições constante na própria Wikipedia.

Significa que a própria ferramenta, o wiki, pode ser inteiramente adaptada de acordo com os objetivos de cada projeto ou interesse de uma determinada comunidade.

Com tantas facilidades, era natural que o wiki, criado em meados dos anos 90 por Ward Cunningham, gerasse filhotes. Atualmente estão disponíveis na internet cerca de 50 ferramentas desenvolvidas ou baseadas no software original. É possível conhecer a história do primeiro wiki a partir do endereço www.c2.com/cgi/wiki. Um manual de wiki está disponível em http://pt.wikipedia.org, o endereço ‘oficial’ da Wikipedia para os países de língua portuguesa. Vou correndo criar o meu.’

‘A Câmara dos Deputados lança amanhã uma página na Internet para promover a integração da Casa com Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais de todo o País. A medida visa o desenvolvimento de trabalhos em parceria com deputados estaduais e vereadores.

‘Vamos dar um salto de qualidade. A democracia depende de Legislativos fortes e bem preparados’, avalia o segundo vice-presidente da Câmara, deputado Luiz Piauhylino (PTB-PE). De acordo com o ato 84/01 da Mesa Diretora, a segunda vice-presidência é a responsável pela interação.

O evento será às 15 horas, no Salão Nobre da Casa, com a presença do presidente da Câmara, João Paulo Cunha, do deputado Luiz Piauhylino, e de diversos representantes do Poder Legislativo.

Convênio

Em novembro de 2003, foi celebrado convênio entre a Câmara dos Deputados e a União Nacional dos Legislativos Estaduais (Unale), a União de Vereadores do Brasil (UVB) e a Associação Brasileira das Câmaras Municipais (Abracam). A intenção do convênio é promover a interação institucional entre os Legislativos brasileiros.

A Câmara dos Deputados apresentará a rotina das atividades exercidas pela Casa, utilizando-se da tecnologia que dispõe em seus diversos setores (Internet, Rádio, TV, Jornal e outros departamentos) e disponibilizará informações da ação legislativa, tais como: processo legislativo; eleições; cursos e treinamento; Conselho de Ética; Defensoria Parlamentar; Ouvidoria, entre outros. A iniciativa, de acordo com Piauhylino, amplia a atuação dos agentes do processo legislativo federal e fomenta o debate das grandes questões nacionais. ‘O resultado será o incremento do alcance e da efetividade das normas elaboradas e o avanço da ação fiscalizadora’, conclui o parlamentar.’

‘Pesquisa pelo Grupo de resposta a Incidentes a Internet Brasileira (mantido pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil) que o número de spams aumentou 52,7% entre janeiro e março deste ano. O volume de mensagens indesejadas totalizava 261,6 mil e passou para 399,4 mil em março.

No primeiro trimestre de 2004, foi registrado um total de 1,065 milhão de spams, o que representa um salto de 89,73% em relação ao mesmo período de 2003.

No quesito reclamações, as notificações que mais se destacaram correspondem às páginas com produtos e serviços que são oferecidos no spam, informa o estudo.’

‘Provedor tem acesso com tarifa única em todo País’, copyright Teletime News, 24/05/04

‘O Samba Internet, novo provedor de acesso, promete entregar acesso a 100% do território nacional a um preço oito vezes menor (R$ 0,06/minuto sem impostos) que o preço médio de um interurbano em horário comercial (R$ 0,50/minuto sem impostos). O Samba comprará pacotes de minutos da rede de dados (backbone) da Intelig e revenderá ao usuário, segundo o diretor de operações, Carlos Eduardo Sedeh. O diretor diz que isso é possível porque não pagará interconexão (por causa da regra de balanceamento de tráfego, em que o pagamento de interconexão local ocorre somente quando mais de 55% do tráfego total da operadora se destina a um concorrente).

Público-alvo

O público-alvo do Samba são os usuários atuais da internet que, para se conectar, fazem ligações interurbanas. Eles são estimados entre 8% e 20% (de 1,6 milhão a 4 milhões) do total de usuários. Sedeh acredita que mesmo para os usuários de provedores gratuitos (que pagam o interurbano para se conectar), o acesso via Samba será mais barato. O diretor se baseia no tempo médio de uso mensal do usuário (13 horas e 43 minutos/mês, de acordo com relatório do Ibope/NetRatings divulgado na semana passada.

O provedor, que investirá R$ 15 milhões no primeiro ano de operação, não revela quais são seus acionistas ‘por força de sigilo contratual’. Segundo informações da empresa, Carlos Eduardo Sedeh e André Bartholomeu Fernandes, diretor de marketing do Samba, detêm mais de 50% do provedor e o restante está dividido entre os outros acionistas não revelados. Inicialmente, o provedor oferecerá três pacotes residenciais, com preços entre R$ 14,90 a R$ 24,90 mensais e um pacote empresarial a R$ 29,90/mês.’