‘Caros internautas,
peço desculpas pela pouca atualização do blog e por eventual atraso na respostas aos internautas que me escrevem. É que estou, junto com a Central de Relacionamento, cuidando da migração da ferramenta que gerencia os e-mails enviados à ombudsman. O novo programa vai permitir, em primeiríssimo lugar, que finalmente eu possa responder aos questionamentos em português _a ferramenta antiga não aceitava nem sinais gráficos nem acentos. Em segundo, vai permitir que se façam estatísticas mais apuradas do ombudsmanato, até hoje feitas na mão (e, portanto, sujeitas a erro). Deve, portanto, facilitar a comunicação com o público e o gerenciamento da função.
Aproveito para desejar ao leitores do blog um bom feriado e para avisar que na semana que vem embarco para a Suécia, onde participo do encontro anual da Associação de Ombudsmans de Notícias (ONO, em inglês). Vou manter, na medida do possível, o atendimento por e-mail aos internautas. Volto ao Brasil no dia 2 de junho.
Obrigada,
Tereza
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Propagação da barriga (20/5/08)
Mais uma vez, UOL assume em título informação alheia. No caso, uma ‘barriga’
UOL leva à manchete acidente aéreo inexistente
Pouco depois das 17h, no dia em que estreou a nova central de jornalismo (batendo o bumbo em submanchete por mais de 11 horas), o UOL caiu na tentação de copiar informação (errada) da TV, assumindo-a. ‘Avião da Pantanal cai na zona sul de São Paulo’ era o enunciado do texto que foi levado à manchete do UOL. Na home, era feita a ressalva de que se tratava de informação divulgada pela TV (‘Avião da Pantanal cai na zona sul de SP, diz TV). A ‘informação’ estava errada. Quando percebeu o erro, o UOL mudou o texto (sem alterar o horário), tirou o assunto da manchete e simplesmente adotou a fórmula ‘a informação inicial era de que um avião da Pantanal teria se chocado contra um prédio residencial, mas ela foi desmentida minutos depois pela Infraero, pelos Bombeiros e pela própria companhia’. A ressalva não pode servir de desculpa para que não seja feita uma errata, até porque o título do texto afirmava, categoricamente, que o avião caíra. Se o UOL levou a ‘notícia’ à sua manchete é porque precipitou-se e, sem apuração própria, comprou a versão da TV, disseminando entre os internautas que houvera um acidente inexistente. A prática de cozinhar e assumir informações (certas ou erradas) da TV e rádio é comum em portais da Internet, mas não deveria ser adotada pelo UOL.
Reposta da redação
O gerente geral de notícias do UOL, Rodrigo Flores, escreveu à ombudsman. Agradeço.
‘Tereza,
Vamos fazer uma errata assim que tivermos todos os dados consolidados. Agora nossos esforços estão concentrados em cobrir o fato.
A informação da última atualização da nota deve ser colocada manualmente. Na pressa, acabou não entrando. Vamos colocar agora, a partir dos logs de publicação.
Entendo como injusta a afirmação da ombudsman de que houve falta de transparência com o internauta. A informação de que a queda de um avião fora noticiada estava em todas as versões dos textos veiculados pelo UOL.
Obrigado,
Rodrigo’’