“O livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr, não chega para quem quer. Apesar do boicote dos grandes meios de comunicação, a procura por um exemplar continua intensa. As acusações sobre malfeitos de tucanos graúdos – principalmente José Serra (foto) -, são graves demais e parecem bem documentadas. Se fosse sobre o PT – reclamam os petistas -, não sairia um momento do noticiário. Os acusados têm todo o direito de recorrer à Justiça, e o autor (não vale desqualificá-lo previamente como fazem alguns tucanos), diz que está preparado para isso, insistindo que não faz uma acusação sem apresentar a prova documental. Levou anos para reuni-las. É imperativo que o Ministério Público Federal chame a si a responsabilidade de apurar os fatos e levar os culpados aos tribunais (se for o caso), ou processar o autor (se forem calúnias). Quem leu diz que é nitroglicerina pura.
RESGATE DA MEMÓRIA
Mais de 130 fotos de corpos de militantes políticos argentinos assassinados e que foram jogados (alguns ainda vivos) no Rio da Prata, durante a repressão militar, foram entregues pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) à Justiça argentina, na última semana. Durante os ‘voos da morte’, os agentes da repressão se livravam dos corpos de prisioneiros políticos, geralmente depois de passarem por sessões de tortura na Esma (Escola de Mecânica da Armada), em Buenos Aires.
PEDIDO DE DESCULPAS
Em abril de 1995, durante um programa popular de TV, o comandante supremo do Exército argentino, general de quatro estrelas Martin António Balza, surpreendeu os telespectadores ao ler uma nota pedindo desculpas públicas, em nome das Forças Armadas pelos crimes cometidos por seus componentes: ‘Sem buscar palavras inovadoras, mas apelando aos velhos regulamentos militares, aproveito esta oportunidade para ordenar uma vez mais ao Exército, na presença de toda a sociedade: ninguém está obrigado a cumprir uma ordem imoral ou que se afaste das leis e dos regulamentos militares. Quem o fizer incorre em uma conduta viciosa, digna da sanção que sua gravidade requeira. (…) Sem eufemismos, digo claramente: delinque quem vulnera a Constituição nacional. Delinque quem emite ordens imorais. Delinque quem cumpre ordens imorais. (…) Em nome da luta contra a subversão, o Exército derrubou o governo constitucional e se instalou no poder em forma ilegítima, num golpe de Estado. Venho pedir perdão por isso e assumir a responsabilidade política pelo desatino cometido no passado…’. Até hoje os brasileiros esperam ouvir o mesmo de suas instituições armadas sobre o equívoco de 1964 e os delitos subsequentes.
QUEM É QUEM
Uma informação esclarecedora para os defensores do desenvolvimento sustentável e todos os cidadãos preocupados com a possibilidade de devastação dos mangues: segundo o deputado federal Antônio Balhmann (PSB), em declaração prestada ao Blog do Eliomar, o papel do senador Eunício Oliveira (foto), presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, foi decisiva para fazer voltar ao novo Código Florestal a proposta (que havia sido retirada depois de protestos da sociedade) de não mais considerar os manguezais como áreas de preservação permanente e assim favorecer a pretensão dos criadores de camarão. É legítimo que cada político abrace a causa com que se afina. No caso do senador peemedebista, ele fez sua opção, o que ajuda a definir o seu perfil político perante o eleitorado.
LIVRO
O ex-ativista político italiano Cesare Battisti, que recentemente teve reconhecido seu direito de refúgio no Brasil, estará em Fortaleza a convite do grupo Crítica Radical para lançar seu último livro (ele é escritor reconhecido na França) Ao pé do muro, na próxima segunda feira, às 18h30min na Associação dos Docentes da UFC (Av. da Universidade, 2346 – Benfica).
DESINFORMAÇÃO
O partido Democratas (DEM) tem toda legitimidade para apresentar as propostas da direita para o Brasil e ajudar a enriquecer o debate político nacional. O que não deveria era desinformar o eleitor, ao defender a possibilidade da aprovação da pena de morte, conforme fez no seu último programa eleitoral. Ora, isso é impossível já que sua proibição é uma cláusula pétrea da Constituição e não pode ser modificada pelo Legislativo, nem ser objeto de plebiscito.”