“'Não foi o mundo que piorou, as coberturas jornalísticas é que melhoraram muito.' Gilbert Chesterton, escritor
O turismo sexual nas cidades litorâneas que sediarão a Copa 2014 foi o tema da série 'Infância sem Copa' publicada no jornal de segunda(3) a quarta-feira (5). Um material que valeu do leitor Ireleno Benevides vários elogios.
'Quem é esse rapaz que escreve? Que texto maravilhoso, que boa abordagem', observou ele. A citação é merecida. Toda a reportagem foi produzida por uma equipe do jornal Gazeta do Povo, de Curitiba, e mostrou o mercado do pornoturismo no Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Fortaleza e Natal. Através de uma parceria, O POVO publicou a série simultaneamente com o diário paranaense.
Houve, porém, quem não gostou. O leitor Fábio Araújo disse que a matéria denegriu a imagem do guia de turismo. 'Não existe isso. É mentira. O guia profissional não tem interesse nesse tipo de turismo', protestou. O jornalista Mauri König, autor da reportagem, afirma que teve a preocupação especial com isso. 'Não utilizei o artigo definido ('os guias') justamente para não generalizar. São os maus guias que fazem esse tipo de trabalho. Há guias que trabalham direito, e são maioria, e outros que tiram vantagem dessa situação'.
Cláudio Ribeiro, editor do Núcleo de Reportagens Especiais do O POVO, descarta qualquer referência pejorativa.'É preciso nomear que há personagens atuantes na área de serviço do turismo, mas a matéria não espalha para todos essa culpa'. Em toda a profissão há bons e maus profissionais. Não vi na matéria algo que imputasse a todos os guias a pratica do pornoturismo. Há, inclusive, referências a esses trabalhadores como 'guia informal que aborda turistas no calçadão' ou 'agente alternativo de turismo'.
Por que parou?
Independente da Copa, o turismo sexual envolvendo crianças e adolescentes sempre existiu em Fortaleza. Isso é visível na noite fortalezense e várias vezes motivo de pauta no O POVO. Esse comércio foi um dos culpados da degradação da Praia de Iracema, citada várias vezes na série. Não há como esconder isso. As gravações e fotos escancaram essa verdade, embora muitos do setor turístico neguem. Aliás, o sexo fácil é um dos apelos bastante utilizado na venda de pacotes no exterior.
Quem nunca ouviu que o Brasil é terra de samba, praia e mulheres. O pior é que ainda existe muito profissional de comunicação que pergunta a ilustres visitantes 'estrangeiros' o que ele achou da mulher brasileira. Só não entendi porque O POVO interrompeu a publicação da série na quarta-feira enquanto a Gazeta do Povo continuou no assunto por mais dois dias. Quem quiser conferir o material completo é só acessar o link: http://www.gazetadopovo.com.br/ vidaecidadania/infancia-sem-copa.
Desturbinou?
Lançado dia 9 de novembro de 2010 como uma das atrações na mais recente reforma gráfica, o caderno de Veículos do O POVO não circulou na última terça-feira (4). Diferente do alarde do lançamento há 22 meses – o título do editorial na época foi 'Turbinado!' – dessa vez não houve explicação ao leitor. Ele merecia um tratamento melhor. Ganhou apenas o aviso no breve editorial que 'as páginas de Veículos iniciam uma nova fase'.
Pelo recado, a etapa inclui o lançamento de uma coluna 'social' e seções de dicas. Nada, porém, de uma satisfação sobre o caderno que, de repente, caiu de quatro para duas páginas em Economia. Ficou a dúvida: afinal, o caderno acabou ou não? Indagado por e-mail, na quarta-feira (5), o Editor-executivo do Núcleo de Negócios, Jocélio Leal, não retornou. Se em 2010, o leitor foi convocado a acompanhar o caderno, nada mais justo que ele fosse ao menos comunicado do fim (?) dele.
FOMOS BEM
PECÉM
Especial de domingo em Economia ao abordar transformação social no entorno do Complexo do Pecém
FOMOS MAL
TARTARUGA
Demora na atualização das manchetes do O POVO Online”