“'Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda' Paulo Freire, educador
Inovações serão sempre recebidas de diferentes formas. Uns gostam, outros reprovam. Na edição de quinta-feira, 8, o Vida & Arte resolveu fugir do tradicional e mudou o padrão de leitura da capa, publicando foto e texto em formato fora do usual. 'De banda' como disse o leitor Anchieta Silveira. Para ele a mudança só se explicaria se a reportagem enfocada tivesse alguma relação com a modificação proposta. 'É o chocar por chocar'.
A inovação levou o leitor a sessões de contorcionismo para acompanhar os textos. Para o internauta, que lê o jornal pelo 'visual paper', a missão foi mais difícil. Ou colocava o monitor de lado ou corria o risco de um torcicolo. O texto abordou show que Gal Costa apresentaria na abertura da Bienal do Livro. A meu ver não justificaria de tamanha interferência.
Ousadia
O editor-executivo do Núcleo de Imagens, Gil Dicelli, disse que o novo trabalho da artista rompe com paradigmas e foge do lugar-comum. 'Graficamente, a ideia é trazer esse incômodo e propor ao leitor uma experiência diversa. Essa alteração cabe ao Vida & Arte como um caderno de cultura e ideias'. É verdade. Só que no texto que eu li não vi esse momento novo. O tal show inédito, segundo a matéria, será só em janeiro. Diferente da apresentação noticiada: um acústico, com voz e violão. Algo bem comum.
O POVO sempre foi marcado pela ousadia, pelo novo. Seja no texto, seja no visual gráfico. Há um projeto que permite esses avanços e isso tem garantido belas edições. Um bom exemplo é a capa do Especial Mundo do dia 31 de outubro. Mas é preciso certa cautela. Um casamento texto e imagem. No belo Caderno do Cocó houve. Desta vez, não.
Agilidade
Essa ousadia a que me referi na nota anterior garantiu ao jornal a exclusividade de trazer ao leitor cearense a recondução de Barack Obama ao segundo mandato na presidência dos Estados Unidos da América. Pela segunda vez em menos de 15 dias – a outra foi no apagão do dia 25 de outubro – O POVO segurou a edição do dia 7 de novembro para dar em primeira mão uma informação. Uma decisão que mostrou agilidade em todo o processo, sem prejudicar o horário de chegada do exemplar ao leitor no dia seguinte.
Associação indevida
Os leitores estranharam a demora de três dias para que um incêndio em área de 80m² no Cocó fosse controlado. A informação foi publicada na edição da terça-feira, 6, e reforçada dia 8, na editoria Fortaleza. 'Ora é um pouco maior que uma quitinete. Eles apagaram com seringas, copos ou conta-gotas?', indagou Marcio Raymundo. Para ele o jornal não divulgou números corretos. Outro leitor, José Mário, faz a mesma avaliação. 'Não seriam 800 m²? Tem algo errado aí'.
Grandezas e proporções sempre causam esse tipo de confusão para quem tenta visualizar o que é escrito. No caso acima, entretanto, a confusão é justificada. O jornal utilizou uma imagem na quinta-feira – em matéria sobre causas dos incêndios no local – de um incidente ocorrido anteriormente. Não tem nada a ver com o fogo do fim de semana, mas o leitor terminou fazendo a associação imediata. Fato que seria evitado se a data da foto tivesse sido identificada. Agora a explicação sobre a demora em controlar o fogo – difícil acesso e fogo subterrâneo – foram bem explicados na primeira matéria.
Esquecido pela Mídia
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