Thursday, 21 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Crítica interna

’02/08/2004


A manchete da Folha de DOMINGO é o achatamento salarial segundo pesquisa do Dieese: ‘País cria emprego, mas de baixo salário’. O ‘JB’ também trouxe pesquisa, do IBGE, e também trata de emprego: ‘Sem-carteira sustentam crescimento’. O ‘Estado’ tem levantamento econômico do Ministério do Desenvolvimento: ‘Investimento das empresas cresce 30% no semestre’. E o ‘Globo’ traz levantamento do Tribunal de Justiça do Rio: ‘Ações contra 16 empresas paralisam a Justiça no Rio’. ‘Istoé’ deixou a capa com a Redação, e o assunto ainda é o presidente do BC, Henrique Meirelles (‘O que ele não explica’). O presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb, é acusado de mandar dinheiro para fora sem declarar à Receita. ‘Veja’ dedica a capa ao ‘novo mapa do cérebro’ e tem chamada para o Banco Central: ‘Mais um embaraço para Meirelles’. ‘Época’ lançou um suplemento semanal novo, ‘Época Negócios’, possível embrião de uma futura revista de economia. A capa da revista é para este novo suplemento e para o seu principal assunto, uma entrevista exclusiva com o ministro da Fazenda, Antônio Palocci: ‘O desabafo de Palocci’. Os jornais de banca não perdem tempo com pesquisas sobre emprego e renda e vão direto ao que interessa, oportunidades. Os do Rio, no domingo: ‘Parceria Extra/CAT traz 1.950 vagas de emprego. Preencha o seu cupom’ (‘Extra’) e ‘Agosto: mês de concursos – Confira 5.591 vagas’ (‘O Dia’). O ‘Diário de S. Paulo’, hoje: ‘Veja onde conseguir emprego sem ter faculdade’.


Banco Central


A Folha foi mais rápida desta vez e entrou, ainda no sábado, no caso das novas denúncias trazidas pela ‘IstoÉ’ e pela ‘Veja’ contra o presidente do BC e contra o presidente do BB. No domingo, manteve o assunto (‘Casseb, Candiota e Meirelles negam irregularidades’,pág. A12), mas como ‘outro lado’. Hoje, segunda, o assunto desapareceu. O ‘Estado’ ignorou, no sábado, as denúncias contra Meirelles e concentrou seu noticiário no presidente do BB, ‘acusado de sonegação fiscal’. No domingo, o jornal tratou do BC: ‘Novas denúncias, mas Meirelles diz estar tranquilo’. Na edição de hoje, o assunto saiu da primeira página, mas foi mantido internamente: ‘Meirelles inicia semana sob fogo cruzado’ (Economia). O ‘Estado’ repercute também a entrevista da ‘Época’ com Palocci (‘Autonomia do Banco Central continua de pé’). O ‘Globo’, no sábado, só trata do Casseb. No domingo, tem chamada no alto da sua primeira página para o presidente do BC: ‘Denúncias complicam situação de Meirelles’. Na edição de hoje, ele se defende: ‘Meirelles diz que nada tem a esconder’. Vai ser uma semana com o governo na defensiva. Por conta de outros escândalos, como o da compra de ingressos de show para ajudar o PT, Casseb parece ser o elo fraco.


SÁBADO


Tudo igual


Se tivessem combinado, os editores da Folha e do ‘Estado’ não teriam conseguido fazer capas tão iguais como as que produziram no sábado. Nas bancas, dobrados, os dois jornais estão absolutamente iguais. A mesma foto (desocupação de terra em Goiás), a mesma manchete (superávit no primeiro semestre), a mesma diagramação (foto à esquerda, manchete em três colunas e três chamadas), praticamente os mesmos assuntos. É ruim para os dois jornais. Mostra falta de opção, falta de investimentos próprios, total subordinação à agenda (fraca) do dia.


DOMINGO


O que há de melhor


Eleições – ‘Partidos usam brecha para esconder doação eleitoral’ (pág. A4 e seguintes). O jornal encontrou, na Justiça Eleitoral, nova fonte revelante de informações sobre doações para as campanhas eleitorais. O que se sabia até agora era referente às doações feitas diretamente para os candidatos. O jornal mostrou que as empresas fazem mais doações através dos partidos e esta grana deságua nas campanhas. O assunto teve seqüência na edição desta segunda (pág. A5), que relaciona as empresas que ajudaram nas campanhas do PT e do PSDB de SP com os contratos da Prefeitura e do governo do Estado.


Iraque – ‘O Iraque pelas lentes de um brasileiro’, relato em Mundo (págs. A22 e A23) do fotógrafo Maurício Lima de sua passagem pelo Iraque. A experiência, narrada na primeira pessoa, diz mais do cotidiano do Iraque do que as notícias fragmentadas e sem contexto das agências. A editoria repete iniciativa que já tinha sido bem sucedida com o relato da jornalista brasileira que se juntou aos ilegais na Inglaterra. Um senão: o perfil do fotógrafo, na pág. A22, faz menção a uma foto, premiada nos Estados Unidos, de um iraquiano morto. A foto, na pág. A23, está mal editada e mal identificada.


Elio Gaspari – O jornal mencionou, durante a semana, a presença e o discurso do novo fenômeno político da América, o negro Barak Obama, na convenção Democrata, mas não o tratou como grande fato jornalístico que merecia. Imaginei que teria alguma reportagem sobre ele na edição do domingo, mas o jornal preferiu continuar falando de Teresa Kerry e das filhas dos candidatos. A coluna do Gaspari salva o jornal.


A coluna informa ainda que o PT nacional está entregando a cabeça de Jorge Bittar, candidato à Prefeitura do Rio, ao PFL de Cesar Maia.


Cotidiano – ‘Brasileiro é adotado e abandonado nos EUA’ traz um aspecto novo do drama que o jornal vem chamando de ‘Estranho no ninho’, de brasileiros adotados ou ilegais com problemas nos EUA e outros países. Neste caso, ajuda a recuperar e a entender a história de João Herbert, adotado nos EUA, expulso do país, inadaptado ao Brasil e assassinado há poucos meses sem que os jornais tivessem percebido a tragédia. O personagem agora é outro deslocado, Fabiano do Carmo Oliveira.


Revista – ‘Herdeiros atômicos’. Bons personagens, boas histórias, bom texto e boas fotos.


Problemas


Dinheiro – Não é correto afirmar que Armínio Fraga foi o ‘mentor da política econômica nos últimos quatro anos da era FHC’, como abre o side ‘Armínio investe em cafeteria’. Pode-se dizer que ele foi o executor da política monetária, por exemplo. Mas, mentor da política econômica? Acho impróprio.


Dinheiro – É um desperdício, em épocas de vacas gordas ou de vacas magras, enviar um repórter para percorrer trechos da BR-364 e reduzir seu relato a uma reportagem pequena e perdida na edição (‘Motorista leva 2 h para percorrer 25 km’, pág. B6). O levantamento feito pelo jornal sobre os problemas de infra-estrutura e de falta de matéria-prima que impedem ou afetam o crescimento do país ganharia se a única reportagem feita fora da Redação tivesse mais espaço e fosse mais bem trabalhada. Um detalhe: a reportagem não informa quantos quilômetros da BR-364 o repórter percorreu. O relato parece indicar que foi apenas um trecho dentro do Mato Grosso. Mas o mapa, que traz o traçado completo da rodovia, induz a pensar que o jornal viajou de Cuiabá a Porto Velho.


SEGUNDA


Capa


A explosão no Paraguai e o ‘melhor vôlei do mundo’ são os assuntos de todos os jornais. A Folha tem bons investimentos na cobertura eleitoral (‘Candidato se promove com verbas da Câmara’ e financiamento das campanhas, sem chamada na primeira página). As fotos da Folha e do ‘Estado’ são, mais uma vez, iguais.


Eleições


Se a reportagem, boa, da página A5 de hoje, mostra que tanto a Prefeitura (PT) quanto o governo do Estado (PSDB) beneficiam as empresas que contribuíram para as campanhas dos seus partidos, por que o título principal é para a Marta Suplicy? Qual foi o critério jornalístico? Eleição? Os dois partidos e governos têm candidatos. Valores em jogo? Os dois são igualmente altos. O título está errado, na minha opinião. Não era difícil o jornal construir uma abertura comum aos dois governos e partidos e dar um título geral, e não menos forte, que mostrasse que a prática é comum.


30/07/2004


Folha, ‘Estado’, ‘Globo’ e ‘Valor’ deram destaque para o mesmo assunto: os juros não caem tão cedo. Folha: ‘BC indica que juro não cai e pode subir’; ‘Estado’: ‘BC avisa que juro não cai tão cedo’; ‘Globo’: ‘Juros ficarão sem cair ‘por período prolongado’, diz BC’; ‘Valor’: ‘Banco Central acena com aumento da taxa de juros’. A exceção foi a ‘Gazeta Mercantil’, que pode ter matado a charada: ‘A força do PIB brasileiro vem do estrangeiro – ‘Dependemos mais de Greespan que de Palocci’.


Fotos fracas em todos os três grandes jornais. A da Folha, ‘Por mais dinheiro’, não se justifica nem na Edição Nacional.


Banco Central


A Folha enfim informou a seus leitores que acusações pesam sobre Luiz Augusto Candiota, que pediu demissão da diretoria do Banco Central depois de ser acusado de não declarar uma conta bancária no exterior (‘Candiota omite existência de conta nos EUA’, pág. B5). Falta agora fazer o mesmo – ou seja, explicar para o leitor – as acusações que também pesam contra o presidente do BC, Henrique Meirelles. O fato de ele ter sido poupado pelo governo não significa que o caso esteja encerrado.


Equilíbrio


Folha e ‘Estado’ estão muito parecidos. Os assuntos são praticamente os mesmos: eleições, Maluf ameaçado de novo processo, Lula na África, Operação Vampiro, planos de saúde, Iraque, Al Qaeda, OMC. A Folha ressuscita o caso TRT de São Paulo com novas denúncias de irregularidades.


Os dois jornais têm coberturas corretas dos temas que elegeram como prioridades:


– a morte do cientista britânico Francis Crick;


– a ata do Copom;


– a repercussão da saída do diretor do BC;


– o último dia da convenção do Partido Democrata dos EUA;


– a estréia de ‘Fahrenheit 11 de Setembro’, de Michael Moore.


O ‘Globo’ deu mal a morte de Crick. O ‘Estado’, como sempre, deu vasto noticiário sobre MST e invasões. A Folha conseguiu, com a entrevista com Mike Tyson, fugir das obviedades da apresentação da luta de hoje.


29/07/2004


Folha e ‘Estado’ destacam, no alto de suas capas, os mesmos assuntos: planos de saúde (‘Justiça limita os reajustes de seguro-saúde a 11,75%’, é a manchete da Folha), insurgência no Iraque (‘Atentados matam 120 no Iraque’, é a manchete do ‘Estado’) e a crise no Banco Central (‘Diretor do BC deixa cargo por suspeita de irregularidade’, na Folha, e ‘BC: sem apoio, Candiota cai; Meirelles fica’). Dia cheio de notícias, há ainda mais uma alta do petróleo e a crise da Segurança no Rio.


O ‘Globo’ traz as mesmas chamadas, mas dá destaque realmente para a (falta de) Segurança no Rio: ‘Comandante militar ocupa morro em busca de armas – Crimes de policiais provocam a queda do chefe da PM’.


‘Valor’ tratou como ‘rotina’ a saída do diretor do BC: chamada seca abaixo da dobra da primeira página (‘Candiota sai e Azevedo entra no BC’), com foto do novo diretor. A ‘Gazeta Mercantil’ foi mais informativa: ‘Azevedo, um conservador no lugar de Candiota’.


Banco Central


A denúncia levantada pela ‘IstoÉ’ no final de semana, e que resultou ontem na demissão de um diretor do BC, foi subestimada pela Folha, que praticamente ignorou o fato. Escrevi isso na Crítica Interna de terça-feira. O artigo do Elio Gaspari de ontem demonstrava a importância do caso. Embora o objetivo do BC tenha sido o de preservar seu presidente, o movimento não é seguro. O caso deve continuar com as revistas e com a CPI.


A Folha se distingue hoje com a informação de que o novo diretor do BC já sabia desde domingo que substituiria Candiota e redigiu um relatório de análise do banco para o qual trabalhava antecipando a troca como se fosse uma análise, e não informação. O ‘Globo’ também fala do boletim premonitório, mas não tinha a informação de que o redator do boletim já sabia do desfecho do caso. Aparentemente, há uma questão ética nesta história, se é que existe ética neste campo. O jornal pode provocar uma polêmica sobre o assunto.


O ‘Estado’ tem uma entrevista com o ex-diretor. E, achei, tem uma cobertur a melhor das acusações contra Candiota e Meirelles do que a Folha.


Banco do Brasil


‘Globo’ e ‘Estado’ informam que a Comissão de Ética Pública, presidida por Maria Victória Benevides, entrou ontem no caso dos ingressos comprados pelo BB para o show da dupla sertaneja para levantar fundos para o PT. Não vi na Folha.


Grampo


A Folha trouxe ontem a informação de que o governo pretende regulamentar o uso de escuta telefônica e proibir sua divulgação pela imprensa. É um assunto polêmico e que afeta a liberdade de imprensa, como bem analisa o editorial ‘Escuta e censura’ (pág. A2) e o artigo do Janio de Freitas (‘O país dos grampos’, A5). Por isso, estranho o jornal não ter dado seqüência jornalística ao tema na Edição Nacional de hoje. É um assunto que pede repercussão e acompanhamento, e não apenas na Edição SP.


Delegado


É incompreensível o título (‘De uma vez, delegado comprou US$ 80 mil’), e a linha fina que lhe dá apoio (‘Transação ocorreu antes de o chefe da PF em SP ter recebido indenização que alegou ter usado em negócios com doleiro’) da reportagem que abre a pág. A9 da Edição Nacional de Brasil. Que delegado? Que transação? Que investigação? Que caso é esse? O leitor tem de ter muita boa vontade, uma curiosidade irrefreável, para decidir ler a matéria.


Escândalo


Em época de tantos escândalos e baixarias, não vi nada mais escandaloso no jornal de hoje do que a decisão do governo de proibir pagar crediário com dinheiro (pág. B8 de Dinheiro) para obrigar o uso de cheque ou cartão. Imagino que seja notícia antiga e por isso o jornal resolveu não dar muito destaque. Se é novidade, merece seqüência e repercussão.


Legenda


Está incompleta, na Edição Nacional, a legenda ‘Entorpecente’ (pág. C4) da foto em que aparece o secretário de Segurança do Rio. O texto termina abruptamente: ‘No total, foram queimadas sete’…


Publicidade


Na era da publicidade heterodoxa, não-convencional, ou ‘criativa’, como queiram, o ‘Globo’ inova. Desde ontem, os logos de seus principais cadernos estão vendidos para anúncios da Petrobrás.


27/07/2004


Folha e ‘Estado’ optaram pela manchete mais previsível: a pesquisa mensal de emprego e renda Seade/Dieese. A Folha ainda foi mais comedida, e deu o título em duas colunas: ‘Desemprego na Grande SP cai pelo 2º mês seguido’. Se o fato se repete pelo segundo mês, será que justifica uma manchete, mesmo acanhada? O ‘Estado’ opta pelo rendimento, mas também parece notícia velha: ‘Renda volta a crescer em São Paulo’. A pesquisa também é a manchete da ‘Gazeta Mercantil’. Seu concorrente, o ‘Valor’, destaca seu anuário ‘Valor 1000’: ‘Vigor da recuperação surpreende empresas’.


O ‘Globo’ sustenta sua campanha pelo desarmamento com um quadro no alto da capa, e dá manchete para mais uma crise na Segurança do Rio: ‘Crimes de PMs começam a derrubar comandantes’. O ‘JB’ mantém a espionagem como assunto principal: ‘Espiões insinuam disputa de ministros’.


Na Folha


Poucas surpresas:


– A entrevista com Michel Moore (Mundo, A9);


– A reportagem na Vila Cruzeiro, onde nasceu o atacante Adriano (Esporte, D1)


Espionagem


Ainda está mal contada pelo jornal a história do envolvimento da Kroll com o TJ do Rio. Houve uma denúncia de manipulação da distribuição dos processos. O TJ iniciou uma investigação interna e afastou apenas funcionários. Um dos processos beneficiados pela distribuição dirigida era de uma das teles. O caso continua rolando, se não me engano, e as investigações não chegaram aos desembargadores. E a Kroll nisso? Ela passou a atuar antes de a denúncia de manipulação vir à tona? Ou apenas depois que os jornais noticiaram? Ela participou da manipulação ou apenas acompanhou o caso porque seu cliente tinha interesse? Ainda não consegui entender. Se já foi bem explicado, peço desculpas.


Meirelles


Acho que a denúncia levantada pela ‘IstoÉ’ neste final de semana merecia uma atenção maior do jornal. É o presidente do BC sendo investigado pelo Ministério Público Federal por sonegação. Qualquer outro membro do governo que sofresse a mesma acusação teria, acertadamente, uma extensa cobertura do jornal. Não consigo entender porque este caso não ganha visibilidade. O jornal tem informações de que a denúncia é vazia?


Verbas federais


O ‘Estado’ juntou em um mesmo bloco o relatório de avaliação de despesas e receitas enviado pelo Ministério do Planejamento ao Congresso e a liberação de despesas do governo e o noticiário ficou mais completo e compreensível (pág. A4). A Folha se limitou a noticiar a liberação das verbas (‘Governo diminui aperto e libera R$ 1,1 bi a ministérios’, A5).


Unaí


Num dia tão fraco de notícias, a prisão dos supostos assassinos dos fiscais do Ministério do Trabalho (pág. A6) poderia ter sido mais bem dada.


Eleições


A cobertura eleitoral (pág. A8) precisa tomar um rumo. Está chatíssima e sem notícia. Não é problema só da Folha, como anota bem a coluna ‘Toda Mídia’ (‘Nem agenda’, pág. A8).


Adriano


Bem pensada a pauta com os amigos do atacante Adriano, em Vila Cruzeiro, no Rio. Mas, detalhes: – Em que time joga o Adriano? No Milan ou na Inter? Apenas na sub (‘Adriano puxa coro…’) e no box (da Edição SP) aparece que é na Inter. A matéria principal ignora, embora informe que o jogador more em Milão. – A legenda é trágica: não informa os nomes dos amigos que aparecem com tanto destaque na foto (são personagens da reportagem!) nem faz referência à camisa do time que estes amigos usam, que é o mesmo pelo qual Adriano jogava quando morava na favela.


Do leitor


Recebi o seguinte e-mail, relativo à foto do Jimi Hendrix publicada na pág. E4 de Ilustrada. Se o leitor tem razão, acho que é o caso de ‘erramos’.


‘Fotos invertidas não são incomuns nos jornais e revistas, e na maior parte das vezes não chegam a ser nenhuma tragédia. Inverter fotos de músicos é um pouco mais complicado, já que a maioria dos instrumentos não são simétricos – mas pode até passar ‘batido’ para a maior parte do público. Agora, colocar invertida uma foto de Jimi Hendrix, talvez o maior guitarrista de rock que já houve – e notório canhoto – é demais. Foi o que ocorreu na edição de hoje, na Ilustrada.’’