’25/10/2004
A Folha abre espaço no alto de sua capa de domingo para a ‘Revista’, a estréia de novas colunas, uma reportagem de comportamento (‘Sexo não satisfaz os jovens, diz pesquisa’) e o caderno especial sobre os Estados Unidos, ‘Império’. Enfrenta, assim, a reforma gráfica do concorrente.
‘Veja’ veio com dois destaques que pautaram os jornais: a entrevista com Mônica Dallari (‘Favre perde para Eduardo em tudo’), namorada de Eduardo Suplicy; e novas denúncias de chantagens (‘Fitas da CPI: o achaque a Carlinhos Cachoeira’).
As manchetes de domingo:
Folha: ‘Devedores da União vão pagar reforma de palácio’.
‘Estado’: ‘Primeiro Emprego fracassa’.
‘Globo’: ‘Justiça veta ações clientelistas na eleição de Campos’.
‘Veja’: ‘O enigma Da Vinci – Descobertas recentes decifram os mistérios da vida do homem mais inteligente que já existiu’.
‘IstoÉ’: ‘Pedofilia – O Brasil ocupa um vergonhoso quarto lugar no ranking mundial da pornografia infantil’.
‘Época’: ‘Limites da vaidade’.
As manchetes de segunda-feira da Folha e do ‘Estado’ divergem.
Folha: ‘Viegas confirma abertura de arquivos’.
‘Estado’: ‘Lula: arquivos militares devem ficar trancados’.
Manchete do ‘Globo’: ‘Câmara vai investigar deputado do PMDB do Rio’.
No Rio e em São Paulo, os arrastões:
‘Bando faz arrastão na frente do Playcenter’ (manchete do ‘Diário de S. Paulo’) e ‘Bando saqueia casas e lojas e leva terror a três bairros da Zona Norte’ (manchete do ‘Extra’).
Pós-reforma
Folha e ‘Estado’ se enfrentam no tamanho dos jornais que oferecem a seus leitores. A Folha, que tinha saído de 172 páginas no domingo anterior à reforma gráfica do ‘Estado’, pulou para 264 no domingo passado e ontem circulou com 270.
O ‘Estado’ tinha 164 páginas, passou para 272 no domingo da reforma e circulou ontem com 256.
É a concorrência reacendida.
Escândalos
Além do escândalo noticiado pela ‘Veja’ (deputados da CPI da Loterj do Rio), que os jornais já estão repercutindo desde domingo, há dois outros, revelados pela coluna do Elio Gaspari, que merecem igual atenção. Segundo Gaspari (‘As empresas tomam carteiradas amplas e irrestritas’), um empresário foi procurado em curto espaço para dar grana para um projeto da embaixada do Brasil em Washington e para outro projeto da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. Nos dois casos se pedia grana oficialmente. O texto traz o nome do conselheiro e dos deputados pidões. O que o Itamaraty e a Câmara dos Deputados têm a dizer?
Caso Herzog e arquivos
A Folha traz hoje entrevistas com os ministros José Viegas e José Dirceu. Ambos tratam da abertura dos arquivos do período da ditadura militar e do decreto do ‘sigilo eterno’: ‘Viegas quer abrir arquivo sem reabrir feridas’ e ‘Abertura ainda não está na agenda do governo, diz Dirceu’.
Mas o ‘Estado’ e o ‘Correio Braziliense’ trazem a informação de que o presidente foi mais claro que seus ministros: ‘Lula vai a festa de militares e diz que não quer abrir arquivos secretos’ (‘Estado’). Os dois jornais recuperaram com detalhes as conversas trocadas ao longo da madrugada, na festa da Aeronáutica. O ‘Estado’ reconstitui a animação da festa com informações que a Folha não tem.
‘Estado’ e ‘Correio Braziliense’ estiveram com o padre d’Astous no Canadá e mantêm o suspense em relação à foto do homem nu com relógio. O padre só se reconhece na foto em que aparece ao lado de uma mulher, que identifica como a religiosa.
Entrevistas
Há um excesso, no caderno ‘Brasil’ de hoje. Além da tradicional ‘Entrevista da 2ª’ (Scott Turow), o jornal tem mais três, com os dois vices à Prefeitura de São Paulo e o ministro da Defesa.
Espaço
O jornal noticia hoje com atraso a reabertura da base de Alcântara para o primeiro lançamento de foguete desde o acidente de agosto do ano passado. O ‘Estado’, por exemplo, noticia o lançamento, ocorrido às 13h30 de sábado, na edição de domingo, inclusive na edição que circulou no Rio.
Economia e investimentos
Folha e ‘Estado’ circulam hoje com cadernos especiais sobre a nova conta-investimento, lançada dia 1º. O do ‘Estado’ me pareceu mais planejado, está mais robusto (14 páginas contra 8 da Folha) e tem mais anúncios de bancos (imagino que era o anunciante visado). Mas achei o que li na Folha mais jornalístico, com orientações claras para os investidores, a começar pelo título da capa, ‘Espere 2005 para rever as suas aplicações’.
A Folha jogou peso no caderno especial sobre a conta-investimento e seu caderno ‘Dinheiro’ minguou. Está apenas com quatro páginas, que somem diante do caderno do ‘Estado’ pós-reforma, ‘Economia & Negócios’, que circula com 14 páginas.
Como o jornal já tinha um caderno dedicado a investimentos, poderia ter escolhido outra capa para o seu caderno ‘Dinheiro’. A reportagem ‘Títulos do governo rendem mais que fundos’ deveria estar, por coerência, no ‘Folha Invest’. Como está, ficou excesso de reportagens sobre investimentos.
Noite do terror
Está confuso e mal escrito o texto da Edição Nacional que relata a confusão ocorrida na madrugada de sábado para domingo no Playcenter de São Paulo. O texto, por exemplo, fala em festa, em show e em shows, mas não informa de que festa ou show (ou shows) se trata.
‘Cotidiano’
Segundo o ‘Estado’, Fernandinho Beira-Mar deve ser transferido para Cuiabá.
‘Esporte’
Na nota ‘Clássico tem 2 gols contra’ (pág. D8), não dá para saber de que time o Criciúma ganhou. A não ser que se conheça os escudos dos dois times, ou se busque o resultado no placar da pág. D9.
Bateu, levou
Segundo a coluna ‘Mônica Bergamo’, o governo Lula estaria abafando a repercussão do veto presidencial ao projeto de lei que previa o direito da mulher de abandonar o lar em caso de violência. Segundo a nota, o governo evita o alarde para não prejudicar as campanhas do PT. Não fica claro o motivo do veto. E se é isso mesmo, é assunto para ter continuação.
22/10/2004
Pode-se reclamar de tudo nos jornais de hoje, menos da falta de notícia.
Os últimos e surpreendentes lances do caso Herzog, as pesquisas eleitorais, a queda de Fidel, a detenção de Duda Mendonça numa briga de galo em Jacarepaguá, juros, aborto –notícias para todos os gostos.
Como os jornais trataram o caso Herzog nas suas capas:
‘Correio Braziliense’ – ‘Viúva de Herzog contesta versão da Abin -’Eu tenho certeza. Conheço o meu marido. Seu corpo. A sua expressão. A curva dos seus lábios’ (manchete) e ‘Laudo reforça semelhança com Vlado’.
Folha – ‘Fotos divulgadas são de padre, e não de Vladimir Herzog’ e ‘Foi armadilha, afirma religioso’ (entrevista com o padre d’Astous, na Edição São Paulo).
‘Estado’ – ‘Herzog: fotos são falsas, diz governo. Perito contesta –Segundo laudo da Abin, as imagens seriam de um padre canadense, mas o especialista Ricardo Molina acha que duas são mesmo de Herzog’ (manchete).
‘Globo’ – ‘Abin diz que fotos não são de Herzog’.
‘JB’ – ‘Homem nu é um sacerdote’.
Outras manchetes:
Folha – ‘Serra supera Marta por 10 pontos’.
‘Globo’ – ‘Gargalo nas indústrias beira nível do ‘milagre’.
‘Valor’ – ‘Construtoras planejam entrar no setor naval’.
‘O Dia’ – ‘Marqueteiro de Lula detido em briga de galo na Zona Oeste’.
As fotos da queda do Fidel estão nas capas de quase todos os diários.
Nas edições que circulam em SP, Folha e ‘Estado’ disputam a oferta de serviços para os seus leitores. O ‘Estado’ lança o seu ‘Guia’ de programação, com 116 páginas. A Folha circula com o seu tradicional ‘Guia’ semanal e oferece mais dois, o da Mostra BR de Cinema e o do GP Brasil de Fórmula 1.
Herzog
Este caso enlouqueceu os jornais. Nunca vi nada semelhante.
O ‘Correio’ sustenta que pelo menos uma das fotos é do Herzog com base no depoimento da viúva e de um laudo que ‘reforça semelhança’ com Vlado.
O ‘Estado’ não toma posição, dá as duas possibilidades (‘Governo nega, mas perito afirma que fotos são de Herzog’), mas erra na manchete da capa. O governo não diz que as fotos são ‘falsas’, mas que não são de Herzog. Elas são verdadeiras, só que, segundo o governo, de outro preso. Também traz o parecer de Molina
A Folha é cautelosa na Edição Nacional e atribui ao Planalto a contestação das fotos. Mas na Edição SP assume que as fotos são do padre, sem atribuir, no título, a fonte da informação.
O jornal consegue uma entrevista com o padre d’Astous, por telefone, e este é o maior mérito da cobertura. Mas é uma entrevista incompleta.
Tenho dúvidas, e estou refletindo sobre isso para escrever a coluna de domingo, se o jornal deveria dar tantos detalhes do relacionamento do padre e da freira registrados pelos espiões. O governo não citou os nomes.
Mesmo a identificação dos dois é discutível, uma vez que foi um trabalho ilegal, os dois não são figuras públicas, não têm culpa de terem sido envolvidos com o caso Herzog e não autorizaram explicitamente a publicação do caso com tantos detalhes. Mas, admitindo que a revelação do nome seja fundamental para o esclarecimento do caso, não vejo necessidade da reprodução pública, sem contestação, de detalhes que constam do relatório do SNI. São detalhes que nada acrescentam na discussão sobre as fotos, mas levantam a suspeita de que o padre e a freira poderiam realmente ter tido um relacionamento íntimo. O jornal ouve o padre a respeito do episódio da chácara, onde teriam sido feitas as fotos do homem nu, mas não perguntou sobre as outras informações que constam do relatório do SNI. Em relação à chácara, o padre se defende dizendo que foi uma armadilha. Mas, em relação ao resto não teve como se defender. As informações que o jornal tinha sobre a seqüência de fotos já eram suficientes para deixar claro que o jornal tivera acesso aos documentos do governo (da Abin, segundo todos os outros jornais).
O caso todo é difícil e envolve vários aspectos em aberto, como a identificação do homem que aparece em uma das fotos (a que Clarice e Molina reconhecem como do Herzog), a questão dos arquivos da ditadura (agora parece não haver mais dúvida de que nem tudo desapareceu), e o próprio comportamento da imprensa.
Nesta altura, ainda é cedo para uma avaliação definitiva. Mas há vários indícios de que os jornais foram, e continuam sendo, negligentes na apuração.
O grande problema nestas horas é quando começam a defender posições e a brigar com os fatos.
‘Eleições 2004’
Não entendo porque as notícias sobre a vinda de Lula ao Rio, o fracasso das votações de MPs na Câmara e as obras no Alvorada estão, tanto na Edição Nacional como na SP, sob o selo ‘Eleições 2004’. Não entendi a lógica.
Estão trocadas, na página A10 da Edição Nacional, as fotos de Raul Pont e José Fogaça, que disputam a Prefeitura de Porto Alegre.
Nuclear
‘O Globo’ continua atento à questão nuclear. Abre, hoje, o seu caderno ‘Brasil’ com reportagem (‘A polêmica nuclear’) feita a partir de artigo publicado na ‘Science’.
21/10/2004
As decisões do Banco Central (juros) e do Supremo Tribunal Federal (aborto) são as manchetes e principais chamadas dos grandes jornais. Há ainda em comum a prisão dos hackers, futebol, eleições e o ranking de corrupção da Transparência Internacional.
A reforma do ‘Estado’ afastou a possibilidade de os dois concorrentes paulistas circularem com capas iguais, como vinha ocorrendo. As manchetes são sobre o mesmo assunto, o aumento ‘surpreendente’ e ‘acima do esperado’ dos juros, mas as diagramações já não têm ponto em comum. A Folha valoriza, pelo segundo dia consecutivo, seus suplementos. Hoje, ‘Equilíbrio’ e ‘Turismo’.
Herzog
O que vi de diferente da Folha nos outros jornais foi um relato da repercussão do caso dentro do Exército (‘Nos quartéis, um sabor de derrota’, no ‘Estado’), a reprodução da entrevista que a viúva Clarice Herzog deu anteontem para o ‘Correio Braziliense’, e mais detalhes, principalmente no ‘Correio’, dos documentos entregues pelo cabo Firmino.
O ‘Correio’ aproveita para contar um pouco a história da repressão e do desmantelamento do PCB no período em que Herzog foi preso e assassinado.
Nuclear
O ‘Globo’, me pareceu, tem a melhor cobertura hoje da questão nuclear. O jornal do Rio informa que o ‘Brasil planeja construir quatro usinas nucleares’, projeto orçado em US$ 2,8 bilhões. Tem ainda entrevistas com os ministros da Defesa e da Ciência e Tecnologia e reproduz reportagem do ‘NYT’ sobre a inspeção da AIEA em Resende.
Segundo a Folha, os nomes dos técnicos da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que inspecionaram a unidade de Resende não foram revelados.
O jornal cita apenas suas nacionalidades e funções (‘País prevê fim de impasse nuclear’, pág. A6). O ‘Estado’, no entanto, não apenas informa os nomes dos técnicos como publica uma foto em que eles aparecem e são identificados.
Economia
O ‘Estado’ informa: ‘Vaca milionária morre eletrocutada’. Segundo o jornal, a vaca, avaliada em R$ 2,4 milhões, e com rendimento previsto de R$ 11,2 milhões ‘até o fim de sua vida útil’, pastava quando um poste caiu e a matou. Foi em Valparaíso (SP). Não tinha seguro.
‘Cotidiano’
Achei bem feitos os dois principais investimentos de ‘Cotidiano’, a decisão do STF (‘Cai liminar do aborto de feto sem cérebro’) e a prisão dos hackers (‘PF descobre golpe de R$ 80 mi pela Internet’).
As duas coberturas não se limitaram ao noticiário do dia e foram enriquecidas com a pesquisa Datafolha e histórias (caso do aborto) e com informações técnicas e históricas (caso dos hackers).
20/10/2004
Herzog, Maluf e indicadores econômicos do IBGE são os assuntos que os principais diários destacam hoje. A Folha se rendeu, enfim, e tratou o caso Herzog, e os desdobramentos que vem tendo desde domingo, com a importância que merece.
Os títulos dos três principais jornais: Herzog – ‘Exército recua de nota sobre Herzog’ (Folha, manchete), ‘Caso Herzog: Lula exige e Exército se retrata’ (‘Estado’, manchete) e ‘Exército recua e retifica nota sobre Herzog’ (‘Globo’). Maluf – ‘Maluf é denunciado por evasão de divisas’ (Folha), ‘Maluf vira réu por evasão de US$ 440 milhões’ (‘Estado’) e ‘Maluf vira réu e sofre ação para devolver R$ 5 bilhões’(‘Globo’, manchete). Indicadores econômicos – ‘Escassez de renda freia comércio, avalia IBGE’ (Folha), ‘Emprego, confiança e renda crescem na indústria’ (‘Estado’) e ‘Comércio e indústria dão motivo para alta de juros’ (‘Globo’). A chamada do ‘Valor’ é semelhante à da Folha: ‘Renda freia o avanço do comércio’.
Os três jornais têm fotos do caminhão carregado de pacotes com documentos do Ministério Público relativos às ações contra Maluf. O ‘Estado’, com novo projeto gráfico, abre mais espaço para uma foto do Salão Internacional do Automóvel, que será inaugurado amanhã em SP.
Provável reação às reformas do concorrente, a capa de hoje da Folha destaca, com recursos gráficos, o suplemento ‘Informática’ e duas histórias, em ‘Esporte’ (a taróloga de Bernardinho) e ‘Mundo’ (o diário de Helga Deen).
Manchete do ‘Valor’: ‘Investigação de fraudes ganha mercado no Brasil’.
Herzog
A história do cabo Firmino ainda está mal contada pelo jornal. Os textos de hoje na Edição Nacional (‘Ex-cabo que repassou fotos diz sofrer ameaças’, A6) e na Edição SP (‘Exército esperava que a morte fosse esquecida’, A7) deixam mais dúvidas do que esclarecem.
O ‘Correio Braziliense’ traz uma relação de arapongas que trabalhavam no Distrito Federal no mesmo período do cabo Firmino (até 95) e mais detalhes sobre as espionagens. Tem ainda uma entrevista com Clarice Herzog, viúva de Vladimir, e um bastidor que não vi nos outros jornais: o Exército teria desencadeado, ao longo do dia de ontem, através de sua assessoria parlamentar, uma operação junto a políticos para neutralizar a repercussão negativa da primeira nota que divulgou.
O ‘Estado’ publica artigo de Flávio Tavares: ‘O exemplo dos militares argentinos’. Ontem, publicou de Luiz Weis (‘Onde se entrava vivo para sair morto’).
A crise aberta pela primeira nota do Exército provavelmente está superada. Mas a pressão pelo acesso aos documentos e arquivos do Exército certamente se intensificarão.
‘Eleições 2004’
O ‘Globo’ continua cobrindo bem a eleição em Campos, origem política do casal Garotinho e onde está ocorrendo uma disputa pesada. Segundo o jornal, ‘Rosinha transfere gabinete para Campos’ e ‘lançará projetos para a região às vésperas do segundo turno da eleição’. A Folha tem acompanhado a campanha na cidade, mas talvez devesse seguir mais de perto pelo que está em jogo para o PMDB.
Mercosul em crise
Na entrevista ‘Presidente do Uruguai critica Celso Amorim’ (pág. B10 de ‘Dinheiro’), Jorge Batlle diz que as ‘expressões’ usadas pelo chanceler brasileiro chamaram a atenção dele e que nunca tinha escutado um chanceler brasileiro se referir pessoalmente a um candidato de outro país a qualquer cargo naqueles termos.
Que expressões foram estas? Embora as duas reportagens sobre o assunto (a outra é ‘Brasil tem atitude ‘lamentável’, diz uruguaio’) façam referências às críticas feitas a Carlos Pérez de Castillo, que disputa a diretoria-geral da OMC com um brasileiro, as aspas de Amorim não estão reproduzidas nas reportagens.
Pelo que havia entendido, as críticas não foram feitas por Amorim, mas por outro diplomata. É isso? Se sim, deveria ter ficado mais claro na conversa com o presidente uruguaio. E se o chanceler fez realmente as críticas, uma das reportagens deveria ter relembrado as aspas.
Mas, enfim, como diz um dos textos, tudo não passa de ‘duelo diplomático’. O jornal tem o mérito de ter conseguido entrevistar o diplomata uruguaio que se sentiu ofendido e o presidente Batlle.’