Portal Imprensa, 3/3 Governo chinês proíbe jornalistas de cobrirem manifestações O governo Chinês intimou jornalistas em uma ‘visita’, ameaçando retirar o visto de trabalho do país caso insistissem em comparecer às manifestações pró-democracia. A Polícia informou que está proibida a atividade jornalística nas áreas da capital chinesa e de Xangai, locais onde vem ocorrendo tímidas manifestações populares contra o regime. Ao menos dez jornalistas que estiveram na região de Wangfujing no último domingo (27/02) foram convocados na quarta-feira (2/03) pela polícia. O correspondente da BBC Damian Grammaticas disse que alguns foram advertidos que caso insistissem em comparecer às manifestações perderiam seus vistos de trabalho. ‘Também fomos informados de que precisamos de permissão prévia para gravar entrevistas em vários espaços públicos de Pequim, incluindo Wangfujing’, afirma Grammaticas ao jornal Folha de S.Paulo. A exigência nunca havia sido feita anteriormente aos correspondentes estrangeiros. Há apenas três dias, o governo chinês foi duramente criticado pela comunidade internacional por ter reconhecido a repressão violenta da polícia chinesa à jornalistas como ‘ necessária para manter a ordem’ e que os jornalistas deviam adequar-se às normas de reportagem chinesas. O fechamento do cerco em torno de jornalistas e acesso a redes sociais é a reação do governo perante os últimos acontecimentos do Oriente Médio, iniciados com a Revolução de Jasmin na Tunísia.