Leitores odeiam anúncios online por serem intrusivos, incessantes e irritantes, comenta, em sua coluna, o ombudsman do Washington Post, Patrick B. Pexton [10/7]. Não é agradável passar o cursor sobre alguma imagem e um anúncio rapidamente tomar conta da tela inteira – e não há nada a fazer até o download completo da publicidade.
Vários leitores enviaram a Pexton comentários negativos sobre o fato de o site do Post ter muitos anúncios, com fotos muito sensuais e grandes demais. Kris Coratti, porta-voz do jornal, justifica-se. “Nosso objetivo é chegar a um equilíbrio entre as necessidades editoriais e publicitárias. Nós damos aos anunciantes um amplo espaço no site para passar suas mensagens ao nosso público e temos um número de passos para tentar garantir que estas mensagens não comprometam nosso conteúdo editorial ou a experiência do usuário”.
Um ponto positivo do Post é que, quanto mais tempo o leitor fica na página, menos anúncios de tela cheia aparecem como pop up. Muitos deles ainda oferecem uma opção de fechar ao clicar no “x”. Kris explica que a frequência de anúncios de tela cheia é limitada por dia. Além disso, o tamanho e as formas de quase todos os anúncios no site do Post são padrão da indústria jornalística e o número de anúncios em uma determinada página é consistente com o de sites semelhantes.
Não é o que pensam, entretanto, os leitores – que elegeram o site do Post como o que possui os anúncios mais irritantes. O banner que fica no topo da página principal, por exemplo, é maior que os do New York Times ou do Wall Street Journal. Os leitores sabem que estes dois últimos jornais têm conteúdo pago, mas alguns dizem que concordariam em pagar para ter uma versão do Post sem anúncios.
Pexton lembra que o Post é, em parceria com o New York Times e a Gannett, investidor de um novo site chamado Ongo. Nele, por US$ 6,99 ao mês, os leitores podem ter acesso a notícias de grandes empresas jornalísticas, com edição customizada e sem anúncios.