‘Está no ar a nova TV UOL, com layout e navegação diversos das demais estações do UOL.
A barra de canais é horizontal e divide por cores os diferentes caminhos de navegação.
Em botões cinza, os vídeos são agrupados por data de publicação, visitação e votação: + recentes, + vistos, + votados.
Em azul, os botões que levam à classificação por assunto, que também é a forma como o portal gerencia o conteúdo produzido internamente: as áreas de entretenimento, esporte e notícias, todas com subitens de navegação.
Na sequência, em botões verdes, atalhos para áreas de grande audiência ou mais valorizadas editorialmente pelo portal, como Carros, Clipes, Gols, Jogos, Monkey News (com o quadro de José Simão), Ooops (a coluna de Tv de Ricardo Feltrin), Tas (as produções de Marcelo Tas), Tecnologia, Trailers.
Esta disposição dos links torna mais fácil o acesso ao acervo da TV, o que é positivo.
A nova interface permite também que se navegue e pesquise vídeos sem que o vídeo principal, na janela da esquerda, se interrompa.
A qualidade dos vídeos também é muito superior a das janelas da TV UOL antes da reforma.
Não vi vídeos ‘engasgando’.
Outro dado importante na mudança é que a TV UOL se abre para a participação do público através de votação, comentários, seleção de vídeos favoritos, indicação de um vídeo por e-mail, inserção de vídeos propriamente dita e possibilidade de replicar conteúdo.
Encontrei, porém, alguns problemas que deveriam ser corrigidos:
* Os Vídeos do público não são bem sinalizados como tal. Considero um erro. Deveria haver destaque diferente com uso de cores ou outros elementos gráficos para separar as produções. Misturar as fontes é esconder informação que poderia ser útil. Valorizar os vídeos feitos profissionalmente é essencial. E pelo que tenho visto nos comentários dos internautas a respeito de variados assuntos, o público quer conteúdo com chancela;
* Ao votar, não vi confirmação de que a nota fora contabilizada;
* Ao comentar, o comentário não chegou rapidamente à lista. Vi comentários iguais de um mesmo usuário com minutos de diferença, o que pode ser sinal desta falta de confirmação, ou confirmação muito discreta, que teria feito o internauta replicar o comentário;
* Se o usuário leva o vídeo do UOL para um blog seu, o vídeo não tem um link claro de volta ao UOL. Isso me pareceu desperdício. O usuário só volta ao UOL se der um clique no vídeo. Se assim fizer, o internauta será levado ao UOL Mais, serviço do UOL que permite aos usuários publicar e compartilhar vídeos, fotos, textos e áudios;
Mas o que me chamou atenção no conjunto foi a falta de conexão entre os vídeos e reportagens em texto, fotos e outros elementos de um mesmo assunto.
Vi apenas um exemplar de vídeo com links na área de texto.
Se este tipo de cadastramento ou edição permanecer, a TV será um repositório de unidades de vídeo.
Palavras-chaves, tags, estrelas, votação, comentários e uma boa estrutura sinótica não substituem a inteligência editorial para propor ao leitor roteiros de leitura e complementação do material em vídeo.
Enfim, a integração entre conteúdos, num portal como o UOL, é fundamental. Os editores devem atentar para isto e conduzir este processo.
Marcelo Tas na cobertura eleitoral
Positivo que a nova TV UOL tenha um link direto e valorizado para a produção de Marcelo Tas no UOL.
A série ‘Tas na Zona Eleitoral’ é um diferencial do UOL na cobertura das eleições municipais.
Pauta, abordagem, entrevistados e a arte se articulam em roteiro bem trabalhado, principalmente no primeiro episódio da série, sobre a formação das cidades.
Este tipo de material, planejado e bem acabado, faz falta na programação geral. A série poderia prosseguir.
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‘Continuísmo’ na América do Sul (1/10/08)
Comentário da colunista Lucia Hippolito, publicado em 28 de setembro, em vídeo, com o título ‘Equador: América do Sul vive onda de governos continuístas’ recebeu muitas críticas de internautas. Foram 15 e-mails, com teor bastante semelhante, e três réplicas às respostas da ombudsman.
Em síntese, a colunista analisa o referendo sobre a nova Constituição do Equador, que aconteceria no domingo, 28, cita a crise entre o governo equatoriano e a construtora brasileira Odebrecht e identifica o que batizou como ‘onda de governos continuístas’ na América do Sul.
Muitos leitores enxergaram que o comentário exime a construtora de responsabilidade no caso.
O internauta Rodolfo considerou ‘péssimo o comentário sobre as medidas do governo do Equador contra a Odebrecht’, pois ‘distorce as informações sobre a medida do governo de [Rafael] Corrêa, dizendo que ele vai dar calote no BNDES, quando o governo se negou a pagar à Odebrecht, pois a obra da empreiteira foi mal realizada, e simplesmente não gera energia (motivo também omitido pelos comentaristas)’.
Alguns leitores enxergaram na denominação de continuísmo acusação de ilegitimidade. Pelas mensagens recebidas, estes leitores não admitem o termo para governos que são eleitos.
Para o leitor Roberto, ‘a jornalista esqueceu-se de dizer que todos esses governos continuam através do voto popular democrático, por estarem fazendo excelentes governos.’
O termo continuísmo permite as duas leituras. Pode ser entendido como simples constatação de permanência no tempo, mas evoca sim a conotação de manobra para a perpetuação no poder.
O leitor Fernando considerou a reportagem ‘uma péssima contribuição do UOL para o jornalismo’. Para o internauta Antonio, a reportagem é ‘doutrinação neoliberal’.
Pedi uma posição da Redação sobre a reportagem e os comentários gerados. Por entender que a maior parte das críticas tem conteúdo ideológico, acrescentei uma pergunta-provocação: ‘Qual a posição editorial do UOL? ‘
Responde a Diretora de Conteúdo do UOL, Márion Strecker:
‘O UOL não é uma unidade editorial, pois é um portal que abriga muitos veículos jornalísticos com projetos editoriais diferentes.
Não vemos isto como um problema, mas sim como uma característica de um grande portal.
Além de ser um portal, o UOL é também um produtor de conteúdo.
Como produtor de conteúdo jornalístico o UOL está próximo da Folha, embora não esteja exatamente colado.
A Redação do UOL até hoje se guia pelos princípios do Manual da Redação da Folha e compartilha com a Folha seus principais valores, como o apartidarismo e o espírito crítico.
O UOL, diferentemente da Folha, não publica uma seção de editoriais, isto é, textos que expressem a opinião oficial da empresa sobre assuntos de política a economia. O UOL até o momento não criou uma equipe de jornalistas e intelectuais para discutir e formular regularmente junto à Direção da empresa o que viria a ser a opinião do UOL.
O UOL até o momento não publica editoriais, mas abre espaço para que comentaristas, jornalistas, entrevistados e o próprio público expressem livremente sua opinião.
A opinião dos comentaristas do UOL não deve ser confundida com a opinião da empresa. Até porque o UOL faz questão de ter comentaristas (e entrevistados) com visões de mundo diferentes, e com opiniões diferentes, justamente para enriquecer o debate público.
No caso do vídeo citado, em que Lucia Hippolito comenta a crise envolvendo o governo equatoriano e a Odebrecht, a comentarista relacionou a ameaça que o presidente Rafael Correa fez de ‘calote’ à empreiteira brasileira com o esperado referendo de 28/9/08, que aprovou a nova Constituição daquele país.
O comentário de Lucia foi gravado na sexta, dia 26, e publicado às 6h da manhã de domingo, 28, dia do referendo.
Essa nova Carta, que foi depois aprovada, permite ao presidente Correa disputar dois novos mandatos consecutivos e, se ganhar, permanecer no poder por mais oito anos.
Motivada pelo referendo, Lucia se manifestou sobre a ‘onda de continuísmo’ que ela detecta estar ocorrendo na América do Sul. Ela citou nominalmente o governo Chávez, na Venezuela, o governo Kirchner, na Argentina, e o governo Uribe, da Colômbia.
No último diálogo do vídeo, o repórter do UOL Diogo Pinheiro comentou: ‘Tomara que no Brasil não seja assim’. Ao que Lucia respondeu: ‘Se essa moda pega, como é que vai ser?’
O UOL não é contra nem a favor de que governos tenham continuidade. O UOL defende os princípios da democracia. Mas vários jornalistas do UOL consideram uma prática casuística, e portanto condenável, que governantes tentem mudar a legislação em vigor com o intuito de se perpetuar no poder.
O UOL respeita as opiniões divergentes. E gostaria que os que discordam tenham a capacidade de respeitar também as opiniões divergentes às suas. Entendemos que é assim que se constrói uma democracia.
obrigada,
Márion’
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Ainda Machado de Assis (29/9/08)
A home page de UOL Educação deu enfim link para a biografia de Machado de Assis e artigos relacionados.
Já a home page de Diversão e Arte continua a dar apenas segunda chamada e para as curiosidades da vida do escritor, no especial da Folha Online.
Nenhuma atualização sobre as exposições em cartaz e o que ainda há de comemorações previstas.
Melhor seria dar link para a capa do especial, onde estão reunidos links para a reportagem de hoje, uma cronologia, lista de obras, trechos de obras selecionadas, frases do autor.
Há cem anos morria Machado de Assis
O escritor Machado de Assis em 1890, foto de Marc Ferrez; publicada pelo Mais! da Folha de S. Paulo de 27 de janeiro de 2008, em reportagem sobre o Ano Machado de Assis.
Machado de Assis, um dos mais importantes escritores brasileiros, morreu há 100 anos, no Rio.
A importância de Machado de Assis para a literatura e para os estudos sobre a cultura brasileira vem crescendo.
Durante todo o ‘Ano Machado de Assis’, palestras, debates, exposições, publicações e artigos revendo diversos pontos de sua obra foram publicados.
A Flip – Feira Literária Internacional de Parati – deste ano foi dedicada ao escritor. As comemorações não acabaram.
A data de hoje está sem registro até as 11h, num dos sites que deveriam tratar do assunto, o UOL Educação.
Em UOL Diversão e Arte, a segunda chamada da home page foi colocada por volta das 10h50, e dá link para 100 ‘curiosidades’ sobre a vida do escritor, material compilado pela Folha Online.
A home page do UOL traz chamada para o material da Folha Online.
Está faltando material sobre o assunto nas páginas internas do UOL.
Só uma busca de links dentro do próprio UOL e na Folha já daria uma boa página de links.
Mas é claro que a Redação do UOL poderia fazer muito mais que isso.’