Thursday, 19 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Mara Gama

‘O leitor Fellipe escreveu para a ombudsman apontando falta de atualização na página de história do São Paulo Futebol Clube, dentro do minisite que o UOL dedica a cada time. De fato, o texto que conta vitórias e dramas do clube não é atualizado desde 2004.

O título do último capítulo da história é ‘2001-2004 Geração de Kaká e Luís Fabiano sem títulos de expressão’. Em 2005, o São Paulo foi campeão mundial interclubes. Alertada pelo internauta, a Redação informou que vai atualizar a página.

Fiz uma ronda nas páginas de história dos times e descobri que o abandono não é exclusivo do São Paulo. Das páginas de história dos times da Série A, datam de2000 os textos sobre Botafogo, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional e Palmeiras.

O time do Cruzeiro está com o histórico atualizado até 2006. Santos, Corinthians e Atlético Mineiro estão atualizados até 2009.

Times como Atlético Paranaense, Avaí, Coritiba, Goiás, Grêmio Barueri, Náutico, Santo André e Sport não têm página de história.

Na Série B, Vasco está atualizado até 2000. ABC, Bahia, Bragantino, Brasiliense, Vila Nova (GO) e Paraná têm histórico corrido, sem separação por anos, com referências à fundação dos times. Fortaleza, Guarani, Ipatinga, Juventude, Ponte Preta, Portuguesa, São Caetano, Campinense, Ceará, Duque de Caxias, Figueirense, América (RN) e Atlético (GO) não têm páginas dedicadas às suas histórias.

Por acaso, li na Folha Online hoje uma nota que divulga a coleção ‘O dia em que me tornei…’. São livros publicados em 2007 e 2008 e seus autores – escritores, músicos e personalidades- contam como começaram suas vidas de torcedores de futebol. O público alvo é adolescente.

Outra coleção disponível sobre a história dos times é a ‘Camisa 13’, com textos de jornalistas, escritores e publicitários. Mario Prata escreveu sobre o Palmeiras; Ruy Castro, sobre o Flamengo, Sergio Augusto, sobre o Botafogo, Nelson Motta, sobre o Fluminense, Washington Olivetto, sobre o Corinthians e Bob Fernandes, sobre o Bahia.

São apenas dois exemplos de coleções sobre história dos clubes. A existência delas indica que existe gente que aposta neste tipo de conteúdo.

O UOL poderia rever a atenção que tem dado para o tema, que parece zero. Se acha que estas páginas são dispensáveis, deveria retirar do ar. Se acha que vale a pena investir, poderia selecionar uma boa coleção de links de interesse das torcidas, com artigos, sites e blogs. Ou, melhor ainda, poderia pautar seus repórteres para reescrever as histórias dos times de futebol.’