Saturday, 23 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Marcelo Beraba



’27/06/05

Jornais e revistas circularam no final de semana com vasto material a respeito das suspeitas de corrupção e da crise atingiu o governo federal e o Congresso. O principal foco de quase todos foi Marcos Valério. E as informações mais importantes foram publicadas pela ‘IstoÉ’.

A revista teve acesso ao levantamento feito pelo Coaf, e enviado ao MP Federal de São Paulo e ao MP Estadual de Minas, com a relação dos saques feitos no Banco Rural entre 2003 e 2005 nas contas das agências SMP&B e DNA, no total de R$ 20,6 milhões.

O levantamento da revista foi complementado por reportagens importantes e bem feitas na Folha de domingo e de hoje (‘Patrimônio de Valério cresceu 76% no 1º ano do governo Lula’, ‘Marcos Valério mandou fazer saques em bancos, diz Coaf’ e ‘Valério omite R$ 1 mi da Receita Federal’) e pela entrevista que a ‘Veja’ fez com Marcos Valério (‘Ele visitava o Palácio’). A Folha de hoje avança em mais uma pista a respeito da suspeita de participação da funcionária de Valério, Simone, no esquema do ‘mensalão’: ‘Quarto de hotel é ‘caixa’ de mesada’.

A principal reportagem da ‘Carta Capital’ tenta demonstrar que o empresário Daniel Dantas está por trás das denúncias da secretária Fernanda Somaggio contra seu ex-patrão, Marcos Valério. Não ficam claros os motivos da briga de Dantas com Valério, mas a reportagem tem o mérito de expor um outro escândalo, o enfrentamento entre as editoras Abril (‘Veja’) e Três (‘IstoÉ’). Segundo a revista ‘Carta’, há um ‘jogo de chantagem’ entre as duas empresas. É bom que as empresas jornalísticas não escondam os escândalos das empresas jornalísticas.

‘Época’ e ‘Estado’ também trazem novidades que podem ajudar nas investigações sobre corrupção. O alvo da revista foi uma licitação dos Correios que está sob suspeição (‘O submundo dos Correios’). Segundo o ‘Estado’, ‘Banco do mensalão fica em paraíso fiscal no Caribe’.

A evolução das manchetes nos últimos três dias:

Folha – ‘Lula oferece 4 ministérios ao PMDB’ (sáb.), ‘Ex-petista relata cobrança de propina’ (dom.) e ‘Governadores do PMDB resistem a acordo com Lula’ (2ª).

‘Estado’ – ‘Lula oferece poder ao PMDB para um governo de coalizão’ (sáb.), ‘Dilma vai desmontar estrutura de Dirceu’ (dom.) e ‘Contra corrupção, PF promete devassa total’ (2ª).

‘Globo’ – ‘Receita flagra contrabando de 66 mil fardas do Exército’ (sáb.), ‘PF pede quebra do sigilo de agências de Marcos Valério’ (dom.) e ‘CPI apressa convocação de publicitário ligado ao PT’ (2ª).

As revistas:

‘Veja’ – ‘O grande erro – Confundir o partido com o governo’.

‘Época’ – ‘A história secreta de uma guerra suja – Disputa por contrato milionário envolve ministros, líderes petistas e lobistas amigos’.

‘IstoÉ’ – ‘A rota do mensalão’.

‘Carta Capital’ – ‘Haja lama’.

Escândalo do ‘mensalão’

Embora tivesse uma reportagem nas mãos bem feita e que acrescenta elementos às investigações do ‘mensalão’ – refiro-me ao levantamento da evolução do patrimônio de Marcos Valério, ‘Patrimônio de Valério dobra no 1º ano de Lula – o jornal preferiu dar mais destaque, e a manchete de DOMINGO, a uma nova acusação de corrupção contra o PT, ‘PT achacou empresa para liberar obra, diz ex-petista’ (pág. A4).

O novo caso se passa em Mauá (SP) e não tem nada a ver com os escândalos de Brasília. Acho que o jornal faz bem em noticiar todas as acusações que surgem de corrupção contra o PT e contra todos os partidos. Mas deve ter uma referência de hierarquia nas edições. Na minha opinião, o levantamento dos bens de Marcos Valério, neste momento, era mais importante.

A crise e a reforma política

O jornal ainda não acertou a mão nas discussões sobre a crise do governo e sobre a reforma política. Sob o ponto de vista da importância que o jornal possa ter para os seus leitores, estas discussões são tão relevantes quanto o noticiário diário sobre os escândalos e quanto as investigações jornalísticas próprias que vem tocando.

A avaliação da crise exige muita discussão, artigos e entrevistas que ajudem a entender um pouco o que está ocorrendo. O jornal ainda está muito tímido nesta discussão. Publicou, no sábado, dois artigos na seção ‘Tendências/Debates’ que tentavam responder à pergunta do jornal: ‘A reforma ministerial vai melhorar as condições políticas do governo Lula?’ Os autores são engajados e exprimem pontos de vista partidários, José Genoino (PT) e José Carlos Aleluia (PFL).

No domingo, a discussão ficou restrita ao caderno Mais! , ‘Os nós da política’. Há um bom material sobre ‘Democracia na América’ e uma ótima idéia bem desenvolvida com o ‘Pequeno dicionário da crise’, que trata com propriedade alguns aspectos do momento político. Mas a discussão mais aprofundada da crise ficou restrita ao artigo de José Artur Giannotti, ‘Politicagem escrachada’. Teria sido uma boa oportunidade de o jornal publicar artigo de outro intelectual do mesmo peso com pontos de vista diferente.

Hoje, segunda, temos mais um artigo de liderança partidária, ‘Além de corruptos, golpistas’, do sempre presente (em ‘Tendências/Debates’) Jorge Bornhausen (PFL). Deve ser para contrabalançar a entrevista com a intelectual petista Maria Victoria Benevides na ‘Entrevista de 2ª’, ‘Para socióloga, tese de golpismo é ‘erro tático’ dos governistas’.

Em resumo, há pouca discussão e pouco equilíbrio.

Há dois aspectos importantes da crise que o jornal mal aborda. O primeiro, o papel da imprensa. A cobertura tem sido questionada em várias ocasiões (hoje mesmo a entrevista de Benevides fala em ‘sensacionalismo da imprensa’, e poderia ter sido um dos destaques gráficos da página) e o jornal não enfrenta o questionamento.

A outra lacuna é em relação à reforma política. O jornal fez mais um editorial no domingo, ‘Reforma equivocada’, mas o debate passa ao largo da Redação, embora a matéria esteja para ser aprovada no Congresso. Um sintoma do desinteresse é a inexistência, nas edições de domingo e de hoje, de qualquer repercussão em relação ao pronunciamento do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Carlos Velloso, que defendeu sexta-feira eleições a cada seis anos e a adoção de incentivos fiscais para estimular as doações de empresas às campanhas eleitorais. É bom, é ruim, faz sentido? A única reação que li foi do professor Fábio Konder Comparato (‘Eleições’) no ‘Painel do Leitor’ de domingo.

Curioso que as análises da crise política feitas no domingo pelo professor tucano José Artur Giannotti, na Folha, e pela psicanalista petista Maria Rita Kehl, no ‘Estado’, tenham buscado no mesmo poema de Fernando Pessoa a referência para explicar a arte da dissimulação na política brasileira.

Militares sob suspeita

Não entendi por que a retranca ‘Militar exalta tortura e ataca Genoino no plenário da Câmara’, na edição de SÁBADO da Folha (pág. A15) é um box do resultado de uma auditoria do Tribunal de Contas da União, ‘TCU vê superfaturamento em compras do Exército’. A edição fica ainda mais estranha porque o box está sob o chapéu ‘Militares sob suspeita’. E está incompreensível o último parágrafo, que reproduzo: ‘Genoino completou dizendo que ‘quem defende a tortura, ou ela mata fisicamente ou psicologicamente. Nenhuma das duas aconteceu comigo’.

Tríplice Fronteira

A Folha deve tomar cuidados especiais na cobertura sobre as investigações que a Polícia Federal está fazendo em Foz do Iguaçu. As prisões de cidadãos de origem árabe foram justificadas por que pertenceriam a uma rede de narcotráfico. A reportagem de sábado acolhe a suspeita da PF de que alguns presos possam estar associados ao terrorismo (‘PF prende em Foz 22 suspeitos de vínculos com terrorismo islâmico’, pág. A17).

Não é a primeira vez que os Estados Unidos tentam apontar evidências de que aquela comunidade muçulmana tem ligações ou financia o terrorismo. Até agora nada foi provado. O principal suspeito agora é o presidente da Associação Palestina de Foz do Iguaçu.

A reportagem ora fala em terrorismo ora em extremismo islâmico. Há várias suspeitas antigas, que o jornal relembra, mas até hoje não foram confirmadas. Daí a necessidade de extrema cautela nesta cobertura.

Acho que se o jornal pretende investir no assunto, e estou seguro que deveria fazê-lo, o ideal seria enviar alguém para o local e evitar que a cobertura seja feita apenas à distância. Por melhores que sejam os repórteres encarregados do caso, e por mais cuidado que estejam tendo, esta é uma cobertura delicada e que facilmente pode aumentar a carga de preconceito e incentivar perseguições.

Resposta

Recebi dos jornalistas Fernando Rodrigues e Fernando Canzian, via Secretaria de Redação, a seguinte resposta à nota ‘Nova Frente’ da Crítica Interna de sexta-feira, dia 24:

‘1. O secretário de comunicação do Acre, Aníbal Diniz, se negou, terminantemente, a fornecer os números da publicidade com a Asa Comunicação. A agência e o governador Jorge Viana também. A Folha esperou seis dias úteis pelos valores, finalmente negados na quinta (23.06). O contrato atual é irregular e beneficia a Asa. Só em 2005, há aditivos de R$ 7,1 milhões (R$ 1 milhão seria o máximo permitido). Todos os envolvidos tornaram impossível saber quanto somavam os demais aditivos;

2. A Asa Comunicação é de Belo Horizonte e tem, de fato, um diretor petista, Américo Antunes. Foi contratado em julho de 2003, no primeiro ano de Lula. A reportagem informa isso, ressaltando que Antunes refuta ‘categoricamente’ qualquer favorecimento;

3. Ao fazer uma reportagem cujo tema central é publicidade, é dever do jornalista alertar o leitor que o setor tem sido alvo de suspeitas, irregularidades e investigações. Esse é um dos eixos do ‘escândalo do mensalão’.

No Acre, um governo do PT, como descobriu a reportagem, também tem esse problema. Mas recusa-se a abrir números que deveriam ser transparentes, especialmente quando há uma CPI no Congresso investigando assunto.

4. É grave o ombudsman afirmar que não houve ‘qualquer trabalho de reportagem’ e ‘de checagem e documentação’ para se chegar às suspeitas de superfaturamento nas estradas do Acre. Os repórteres analisaram dezenas de documentos que ainda têm em mãos para fazer essa afirmação.

Segundo contratos dos dois períodos, o atual governo do Acre multiplicou quase que por quatro, em valores reais, os gastos por km de estradas em construção na comparação com os números do governo de Orleir Cameli (1995-98). Segundo dados do Siafi, o Estado também passou a receber, proporcionalmente, muito mais dinheiro que a média nacional para obras rodoviárias:

2003 – 36% da dotação orçamentária, contra 11% da média nacional;

2004 – 66,3%, contra 17,4%;

2005 – 8,8%, contra 1% (até 15.jun.05)

Em valores absolutos, o Acre ficou atrás somente de Minas em 2003. Em 2004, atrás de Minas e Tocantins’.

Não há nenhuma indicação no texto de que os repórteres tiveram acesso e analisaram dezenas de documentos referentes às estradas. Quanto à ligação do caso com o ‘mensalão’, continuo achando, depois de reler o texto de sexta e os argumentos dos repórteres, que a associação não se sustenta, pelo menos não com o que foi publicado.



24/06/2005

Manchetes fracas indicam que as investigações de corrupção ainda não produziram novidades.

A Folha começou a rodar com ‘Aldo sai; Lula discute reforma com PMDB’ e depois achou mais prudente mudar para ‘Lula negocia reforma com o PMDB’.

O ‘Estado’ também alterou a manchete. Começou com ‘Crise política não mudará economia, garante Palocci’ e mudou para ‘Dirceu admite conhecer Valério, mas nega mensalão’.

E o ‘Globo’: ‘Lula, em novo tom, diz que crise exige mão estendida’.

Nova frente

Vejo problemas sérios na reportagem ‘PT do Acre tem contratos de publicidade suspeitos’ (pág. A11). Há um esforço do jornal em associar prováveis irregularidades em contratos de publicidade no Acre com os escândalos do ‘mensalão’. Este esforço começa pelo chapéu escolhido para a Edição Nacional — ‘Nova frente’, depois alterado para ‘Publicidade’ na Edição SP –, segue no lide que faz referência direta ao ‘mensalão’ e é reafirmado quando associa, aparentemente sem nexo, a agência que presta serviço no Acre à agência do publicitário Marcos Valério pelo fato de as duas serem de Minas.

A notícia que vi é simples: o governo do Acre vem estendendo um contrato de licitação para verbas de publicidade além dos limites de tempo e de dinheiro permitidos pela Lei de Licitações. É uma notícia grave, importante, que merece investigação e que, certamente, exigiria o envio de algum repórter para o Acre. Mas as ligações ao escândalo do ‘mensalão’ me pareceram absurdas. Se o jornal tem informações que ligam esta ‘nova frente’ ao ‘mensalão’, das duas uma: ou deveria ter explicitado ou deveria empenhar mais apuração que comprovasse a ligação.

A reportagem tem outro problema que considero grave: ela trata de publicidade, mas aceita, sem qualquer trabalho de reportagem, acusações de políticos de oposição que levantam suspeitas de desvios de verbas para o setor de transportes. O texto passa a misturar publicidade e estradas sem qualquer trabalho de checagem e documentação por parte do jornal.

Se as informações que o jornal tem sobre desvios de verbas destinadas à publicidade e à construção de estradas são tão relevantes a ponto de o jornal reservar quase uma página da edição de hoje, o mínimo que deveria ter feito é ter enviado um jornalista para o Acre.

É possível que haja irregularidades e ilegalidades nos contratos do Acre. Não duvido. Mas a reportagem de hoje não estava completa, principalmente na parte relativa às estradas. Sua publicação só pode ser justificada pela pressa de sair qualquer coisa sobre suspeitas de corrupção. O jornal deveria tomar cuidados.



22/06/2005

A Folha fez bem em dar o extrato da coluna de Elio Gaspari na capa do jornal: ‘Prisão de diretor do Ibama ensina que ser direito pode dar cadeia’. É um caso grave que vai passando batido em meio a tantas denúncias e acusações ainda sem investigação concluída e culpa formada.

Estranho a Folha não tem publicado hoje, na sua capa, a decisão da Justiça (não definitiva) de tornar a ex-prefeita Marta Suplicy inelegível por três anos por improbidade. Deve ser a compensação por não ter dado ontem o devido destaque na primeira página à decisão do Tribunal de Contas do Município que aprovou as contas de 2004 de Marta, apesar das seguidas acusações de que teria deixado um ‘rombo’ na Prefeitura.

As manchetes se referem à crise do ‘mensalão’, mas as formulações variam:

Folha – ‘Ninguém é mais ético do que eu, diz Lula’;

‘Estado’ – ‘Secretária amplia denúncias sobre o mensalão’;

‘Globo’ – ‘Lula minimiza escândalo e joga crise para o Congresso’.

Escândalo do ‘Mensalão’

Acho no mínimo temerárias as notas ‘Bom negócio 1’ e ‘Bom negócio 2’ do ‘Painel’ (pág. A4). Uma coisa é um presidente do partido assumir publicamente acusações de corrupção contra aliados, como fez Roberto Jefferson na Folha. Outra, é o jornal publicar, sem fonte identificada, que ‘Estima-se que o cargo na administradora do porto de Santos ‘renda’ R$ 1 mi ao mês’.

Nas mesmas notas o jornal adivinha o que Jefferson tinha em mente quando disse no ‘Roda Viva’, na noite de segunda, que deputados convidados para entrar no PTB receberam ‘estímulos’ do governo. Segundo a nota, ‘Jefferson tinha em mente casos como o de Vicente Cascione’. Neste caso, o texto não chega a ser temerário, é apenas curioso: qualquer um pode supor que a fonte seja o próprio deputado Roberto Jefferson.

Senti falta da íntegra da ‘Carta ao Povo Brasileiro’, divulgada ontem por entidades que apóiam o governo do PT (‘Para MST e CUT, elite quer desmoralizar Lula’, pág. A5).

O jornal reproduz, na Edição Nacional, a acusação feita anteontem (e publicada ontem na Ed. SP) por Roberto Jefferson contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o PSDB: ‘PSDB também opera com caixa dois, acusa Jefferson’ (pág. A10). O jornal deveria ter ouvido o PSDB e o ex-presidente. A frase ‘Ontem, FHC não se manifestou’ não substitui o ‘Outro lado’. E o ex-senador José Eduardo de Andrade Vieira, não deveria ter sido ouvido?

A secretária que tinha negado na PF as informações que dera à ‘IstoÉ’ voltou atrás e agora as reafirma; já o ex-presidente do IRB diz que mentiu para a ‘Veja’ quando falou sobre o achaque que teria sofrido em nome de Roberto Jefferson. Está na hora de o jornal começar a juntar os detalhes dos dois casos (Correios e ‘Mensalão’) para que seja possível acompanhá-los. São muitos detalhes e vindos de frentes distintas.

Aviso

Participo amanhã em São Paulo de um almoço e uma reunião na Folha. Por esta razão não será feita a Crítica Interna.



21/06/2005

As manchetes são parecidas.

Folha – ‘Lula confirma Dilma na Casa Civil’.

‘Estado’ – ‘Lula muda perfil da Casa Civil, nomeia Dilma e busca articulador’.

‘Globo’ – ‘Lula confirma Dilma mas adia decisão na articulação política’.

A Folha consegue um diferencial, na Edição SP, com a entrevista feita com a ministra Dilma sobre o período da ditadura militar, ‘Ministra lembra dias de tortura’.

Escândalo do ‘Mensalão’

Vários problemas na Edição Nacional. Alguns persistiram na Edição SP.

No relato ‘Genoino não tem como fugir, diz Jefferson’ (pág. A6), o deputado do PTB acusa o deputado Bispo Rodrigues (PL-RJ) de ter introduzido o ‘mensalão’ na Câmara dos Deputados. O jornal tinha de ter ouvido o Bispo Rodrigues, como fez o ‘Estado’ (‘Deputado atribui acusação a preconceito e raiva’).

Não dá para entender por que o jornal considera que tem de ouvir o presidente do PT, José Genoino, e exclui o parlamentar do PL.

– A reportagem ‘Cientistas políticos rejeitam clima de golpismo e atribuem idéia ao PT’ (pág. A7) contém um erro histórico relevante: não foi o presidente Fernando Collor de Mello, alvo de denúncias de corrupção, que ‘convocou a população a usar luto’, como está no texto. A manifestação do luto pelo impeachment, realizada no domingo 16 de agosto de 1992, foi iniciativa da sociedade, encampada por esta Folha. O ex-presidente convocou a população a usar verde e amarelo como reação.

E as investigações da Polícia Federal? Segundo o ‘Estado’, ‘PF acha irregularidade nos Correios’. Segundo o ‘Globo’, ‘Ex-chefe dos Correios tentou apagar informações’ e ‘Testemunha: Marinho propôs fraudar licitação’.

– O quadro ‘As investigações em curso’, da página A8, contém um erro: informa que os depoimentos dos deputados Miro Teixeira e Carlos Alberto Leréia estão marcados para amanhã, quando a reportagem informa que eles serão ouvidos hoje.

A propósito, o quadro está incompleto. Não incluiu a PF .

– O texto ‘Deputada do PPS diz ter denúncia de que Barcelona financiava PT’ termina com uma frase que deve estar errada: ‘Procurado pela Folha, o Banco Rural se manifestou’.

Segundo o ‘Estado’, ‘Para ACM, um terço da Câmara recebe mesada’. Segundo o ‘Globo’, ‘ACM: ‘Se apurarem a fundo, um terço da Câmara sai’. Não vi na Folha.

Explicação

Por problemas no sistema da Folha, recebi tarde as edições São Paulo da Folha e do ‘Estado’ em pdf. Por esta razão não foi possível comentá-las.’