Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Mario Vitor Santos

‘O iG tem abusado do direito de introduzir erros e comenter descuidos no acabamento das suas páginas mais importantes. Às vezes, os títulos são publicados com palavras faltando. Em outras, aparecem erros inaceitáveis de português. É o exemplo deste ‘conheçe’ (com cedilha) em plena capa do portal:

Dia de Decisão

– Copa São Paulo conheçe seus finalistas nesta noite

O erro de hoje acima e alguns outros recentes (abaixo):

– Obama pede e juiz suspende julgamente em Guantánamo

– Obama quer que os ‘EUA mudem junto com o

O erro é tão gritante que levou o leitor Ricardo Bettoni a se manifestar pedindo providências:

‘Quem deu conta de escrever a matéria abaixo com Ç! Na Home do site ainda…’

Em tempo: as teclas c e ç estão em extremos opostos do teclado do computador, o que elimina a possibilidade de erro de digitação.

O iG precisa tomar providências urgentes para aperfeiçoar seu controle de qualidade.

Mais cor

Mario Vitor,

Este ano as fotos do evento São Paulo Fashion Week, retratam a diversidade. Ano passado o senhor mencionou na matéria ‘Falta cor no conteúdo do iG’, 25/01/2008, a ausência de fotos de modelos negras

É a mudança, e o senhor é o grande responsável.

Parabéns e obrigada.

Abraços

Elenice Oliveira’

É preciso avisar: comentários vão ao ar sem aprovação do iG

Todos os comentários publicados pelos internautas ao pé dos textos do iG deveriam obrigatoriamente ser acompanhados de uma mensagem que deixasse claro que a veiculação deles é automática, não passa pelo exame prévio e aprovação do autor ou nenhum outro jornalista ou ser humano. Ou seja, não são os autores dos textos, os repórteres, colunistas e blogueiros que autorizam ou vetam a publicação dos textos racistas e de péssimo nível que frequentemente aparecem no portal. Eles vão ao ar automaticamente.

Deveria ser obrigatório explicitar – por meio de uma mensagem padrão publicada em destaque ao lado da palavra ‘Comentários’ – que a equipe de jornalismo não aprovou as mensagens preconceituosas, mal-educadas e impertinentes que aparecem nos comentários. Do jeito como aparecem hoje, com o esclarecimento do ‘Termos de Uso’, o leitor tem todo o direito de achar, erroneamente, que os comentários têm o endosso do autor do texto original, ou contam com a cumplicidade do iG para vir a público. Só se for por omissão.

Temos bons exemplos de clareza no controle desses comentários como no site do Washington Post e no do El País:

Aviso do The Washington Post: ‘Comentários que contenham xingamentos, ataques pessoais ou outro comentários ou material inapropriado serão retirados do site. Além disso, conteúdo anônimo ou com assinaturas falsas serão removidos. Finalmente, tomaremos medidas para bloquear usuários que violem qualquer de nossas regras de postagem, termos de uso, política de privacidade ou qualquer outra política que oriente este site. Por favor, veja as regras na íntegra sobre comentários e discussões. Você é totalmente responsável pelo conteúdo que tenha postado.’

Normas do El País: ‘Normas de uso: Esta é a opinião dos internautas, não do ELPAIS. com; Não estão autorizados comentários contrários às leis espanholas; Está reservado o direito de eliminarmos os comentários considerados inadequados ao tema; Uma vez autorizado o comentário, será enviado um e-mail confirmando sua publicação.’

A sugestão não soluciona as ofensas inaceitáveis, nem o mal uso dos comentários, mas, enquanto não se emprega uma ferramenta ou mecanismo eficaz de controle, o melhor é ser transparente e deixar de ignorar a situação.

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Acidente mostra como as galerias de fotos têm que melhorar (22/1/09)

O Último Segundo publicou na quinta-feira passada, dia 15 janeiro, uma galeria com as fotos do acidente com um Airbus que pousou no Rio Hudson, em Nova York. Imagens lindas, impressionantes e informativas não faltavam. Algumas características de uma galeria de um grande portal de internet ainda não são adequadamente usadas no iG. Seguem aqui algumas medidas que poderiam aumentar o interesse jornalístico em torno da publicação dessas imagens:

1. Fotos maiores

O tamanho em que as fotos são apresentadas é insuficiente, o que já se escreveu anteriormente neste Blog do Ombudsman. As imagens das galerias podem e devem ocupar espaços privilegiados nas páginas. O acesso a essas imagens deve ser a prioridade nas decisões editoriais. Internet é um meio fortemente visual e isso não pode ser negligenciado.

2. Melhores legendas

A questão das legendas ainda não foi solucionada. Uma imagem jornalística raramente sobrevive sem um bom texto que a explique. Pouco informativos, mal redigidos ou mal traduzidos, os textos que deveriam complementar as imagens acabam por empobrecê-las. A legenda ‘Airbus 320 que caiu no rio Hudson é visto de perto em Nova York’, publicada pelo iG, por exemplo, é um exemplo.

3. Melhorar a ferramenta de publicação

A ferramenta da galeria do Último Segundo não favorece a navegação. O carregamento das imagens é lento e os ‘thumbs’ (amostra das fotos em pequenos quadrados) têm organização quadrada e feia.

4. Mais especiais

Além das fotos do dia e das imagens de esportes, o Último Segundo deveria investir mais em ‘galerias especiais’. Divididas por temas relevantes (como o acidente, por exemplo), por editorias ou outro critério racional, as imagens ganham maior destaque e favorecem a permanência do internauta.

5. Agências

O Último Segundo parece estar pouco atento às agências de fotos. Muitas fotos de grande impacto visual feitas pela agência Reuters no local do acidente da semana passada, por exemplo, destacadas pelos concorrentes, não aparecem na galeria do iG.

Procurada por este ombudsman, a chefia do Último Segundo não se pronunciou sobre o assunto.

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Leitor sugere mudanças nos comentários (21/1/09)

Recebi uma mensagem do internauta Antonio Pereira de Araujo Junior sobre a qualidade dos comentários publicados junto aos textos do iG e, mais especificamente, a respeito da reportagem de Mauricio Stycer sobre o desabamento do prédio da Igreja Renascer. Diz o internauta:

‘Parabenizo a equipe jornalística do portal iG, pela matéria, outras que leio no portal, e pela isenção com que os fatos foram esplanados. Trata-se de um serviço pelo Brasil, pela pátria democrática que somos. Tenho, porém, uma resalva importante sobre os comentários que o portal publica junto às reportagens.

Estou citando especificamente a matéria do Último Segundo, do Sr. Maurício Stycer. Vejo muitos comentários ofensivos e fascistas, discriminatórios, infringindo vários direitos outorgados na Constituição.

A Constituição de 1988 dá direito de liberdade de culto no país. Além do que pune o ato de discriminação do credo que for perseguido ou caluniado.

Eu sei bem que os jornalistas não têm culpa alguma. Também percebo que não há moderação, respeitando a liberdade de opinião, porém que o mesmo seja feito com responsablidade civil. Aquilo que leio no site parece uma JIHAD islâmica.

Sugiro que os comentários sejam introduzidos no site somente por pessoas maiores de idade, e com a divulgação dos IPs dos respectivos computadores. Assim todos ganhariam, principalmente o portal com credibilidade. Quanto aos crimes de discriminação de credo, sou o primeiro a cobrar. Logo virão outros, ou até o Ministério Público. Sendo conhecedor do profissionalismo e da ética dos profissionais do portal, espero que os ajustes sejam providenciados, pois lei é lei.

Outra desatenção em título

Após erro na manchete do portal ontem, o título principal de Mundo hoje, às 12h49, saiu com erro de digitação: ‘julgamente’.

‘Sua coluna me forneceu um cacetete’

‘Querido Mario,

Permita-me misturar idiomas e metáforas.

Os brasileiros alertam para não ‘cutucar a onça com vara curta’.

Teddy Roosevelt, que teve seu tanto de ‘onças brasileiras’ avisou para ‘caminhar com cuidado e levar consigo um grande porrete’ (‘Walk softly and carry a big stick’).

Sua coluna (de 19 de janeiro) me forneceu um cacetete, e eu tenho irritado as ‘onças’. Enviei seu texto aos assessores de imprensa da Procuradoria-Geral e do Tribunal de Justiça no Rio Grande do Sul, com a sugestão de que o incluam em seus clippings diários.

Ontem foi meio decepcionante, com nada a celebrar, exceto um press-release do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, pelo menos, não repetiu as antigas mentiras, e a má notícia de que os advogados de Fritz não o deixam falar mais com a imprensa. Estúpido, visto que uma das vantagens da imprensa nacional dizer que ‘você abusa de crianças’ é a feliz constatação de que absolutamente nada que você diga possa tornar a situação pior, então isso é um avanço.

De qualquer jeito, depois que vi sua coluna, fiquei imensamente satisfeito. Alguém entendeu e teve a coragem de se pronunciar, e me deu a arma para combater os impiedosos.

E hoje estamos mais otimistas eu e os quatro da Colina do Sol. Estou contente e assim continuarei.

Atenciosamente,

Richard Pedicini’

* Richard Pedicini, formado em filosofia pela Universidade de Yale (EUA), foi envolvido, preso e posteriormente libertado e inocentado no caso da Escola Base, em 1994.

Leitor critica cobertura do Palmeiras

‘Prezados,

Nos últimos dias venho observando que o Portal iG vem fazendo uma série de matérias com críticas à S.E. Palmeiras; seja em blogs de seus colunistas ou em ‘matérias reproduzidas’, sempre tem uma cutucadinha ao Palmeiras.

Como palmeirense e jornalista tenho várias também tenho várias críticas ao clube (administração, falta de planejamento, demora na reposição de atletas perdidos…), mas a matéria ‘Fred diz que recusou proposta do Palmeiras logo de cara’, publicada em 21/01/2009 por volta das 15h00 foi o cúmulo do absurdo, pois o jogador não disse isso ao SPORTV (fonte entrevistadora), o que ele disse foi ‘Recebi uma proposta do Palmeiras, mas recusei de pronto’, o pior é que em nenhum momento a matéria repercutiu o fato da recusa: o jogador gostaria de voltar ao Brasil, mas a questão financeira emperra o acordo, do jeito que está colocado ficou parecendo que o Palmeiras é um clube de esquina e está imploram do para que o Fred jogue lá.

Outro fato grave é que entre as matérias selecionadas que tratam do assunto Fred não consta a entrevista do diretor do clube, Toninho Cecílio, que havia dito que o Palmeiras se interessa por Fred, mas possui outras prioridades (no caso Luís Adriano e Kleber), o mesmo Toninho já havia sinalizado a dificuldade em contrar com Fred (pelo alto salário pedido pelo jogador).

Depois da misteriosa matéria do iG Esporte, que só foi assinada no dia seguinte, além do portal ficar se justificando o porquê da divulgação da matéria e retrucando a nota de Gilbrerto Cippulo, fica a impressão que alguém do iG Esporte tem uma enorme má vontade com o Palmeiras, defende algum interesse ou os profissionais que escrevem sobre o clube são somente ruins.

Atenciosamente,

Ricardo Lima Camilo’’