Wednesday, 18 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

MP apura uso eleitoral de TV estatal


Leia abaixo a seleção de quarta-feira para a seção Entre Aspas.


 


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Folha de S. Paulo


Quarta-feira, 22 de setembro de 2010


 


ELEIÇÕES 2010


Lucas Ferraz e Gabriela Guerreiro


Ministério Público apura uso eleitoral de TV estatal


O Ministério Público Eleitoral vai investigar se a NBR, TV estatal do governo, está sendo utilizada na campanha eleitoral, com o uso de funcionários públicos e equipamentos, para filmar comícios da candidata Dilma Rousseff (PT) com participação do presidente Lula.


Por determinação da vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, a Procuradoria instaurou um procedimento administrativo para apurar o fato, revelado pela Folha anteontem.


Existe no governo uma ordem para que cinegrafistas e auxiliares da NBR gravem todos os discursos do presidente da República nos eventos da campanha eleitoral. A TV NBR é o canal da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) que noticia atos e políticas do governo.


Cureau deve enviar pedido de informações à emissora, à Presidência e à campanha de Dilma para apurar se as imagens gravadas pela NBR foram ou não usadas na propaganda eleitoral do PT.


O eventual uso das imagens pode caracterizar crime eleitoral. À Folha, ontem, Sandra Cureau não quis comentar o episódio.


CÓPIAS DAS GRAVAÇÕES


Já o PSDB pediu ontem à direção do Senado para solicitar informações ao ministro Franklin Martins (Comunicação Social) sobre o uso da emissora estatal na campanha eleitoral.


Os tucanos querem ter acesso às cópias das gravações realizadas pela TV NBR nos últimos quatro meses, não relacionadas a eventos oficiais do governo.


A oposição pede que constem, nas cópias, o registro de data e local onde foram realizadas as imagens.


O PSDB ainda solicita ao ministro relação com nome, matrícula e função de todos os cinegrafistas e técnicos que participaram das gravações, além da relação dos equipamentos usados, com os números de tombamento.


Apesar de a Procuradoria já ter aberto o processo investigativo, a oposição também protocolou uma representação pedindo ao mesmo Ministério Público investigação sobre o uso de equipamentos e de mão de obra da TV e se as imagens estão sendo exibidas nas campanhas.


 


 


Rodrigo Vargas


Cobertura da imprensa beira o ódio , diz Lula


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em discurso no Tocantins que considera ‘sagrada’ a liberdade de imprensa, mas que isso não significa o direito a ‘inventar coisas o dia inteiro’.


Segundo o presidente, que ontem esteve em Porto Nacional (59 km de Palmas) para inaugurar um trecho de 256 km da ferrovia Norte-Sul, a imprensa tem a liberdade para ‘informar corretamente a opinião pública’ e ‘fazer críticas políticas’.


No sábado, o presidente já havia dito em comício da candidata do PT Dilma Rousseff, em Campinas (no interior de São Paulo), que iria ‘derrotar alguns jornais e revistas que se comportam como partidos políticos’.


Ontem, Lula afirmou que a cobertura da imprensa ‘às vezes chega a beirar o ódio.’


‘Vocês estão acompanhando a imprensa, vocês veem pela internet, assistem na pela televisão, vocês ouvem rádio. Eles ficam torcendo desde o começo para o Lula fracassar. [Pensam:] esse peão não pode dar certo, porque senão nós estamos desgraçados’, disse.


‘COISA SAGRADA’


Segundo o presidente, quando falam mal dele e ele está de fato errado, dá a mão à palmatória’ porque ‘a liberdade de imprensa é uma coisa sagrada’ para fortalecer a democracia no país.


‘Agora, a liberdade de imprensa não significa que você possa inventar coisas o dia inteiro. […] Significa que você tem a liberdade de informar corretamente a opinião pública, para fazer críticas políticas, e não o que a gente assiste de vez em quando.’


Ainda em referência à imprensa, Lula disse que já foi ‘vítima do que está acontecendo hoje’.


‘O que eles não percebem é que nós aprendemos. O que eles não percebem é que o povo de 2010 não é mais massa de manobra como era há 30 anos’, afirmou.


De acordo com ele, o povo sabe quando tentam mistificar coisas. ‘Não tem mais aquele negócio de que, se deu na TV, é verdade.’


O presidente comparou ainda a cobertura da imprensa local com a da estrangeira. Segundo ele, ‘não tem uma revista estrangeira que não tenha capa elogiando a economia, a agricultura e o governo brasileiro’.


‘Seja francesa, inglesa, italiana, alemã. Eu não entendo nada do que está escrito. É só palavra chique e eu acho bonito. Agora, daqui eu entendo tudo e percebo como tem às vezes má-fé.’


No evento, o presidente citou também a oferta de ações da Petrobras, prevista para ocorrer nesta semana. Falou que será feita ‘a maior capitalização que o mundo capitalista já conheceu’.


Saudado como idealizador da ferrovia Norte-Sul, o senador José Sarney (PMDB-AP) também foi à inauguração e disse que Lula, com seu governo, está se inscrevendo ‘no altar dos maiores brasileiros de todos os tempos’.


‘Sou o mais antigo político brasileiro. Assisti a tudo passar, mas nunca vi um presidente como Lula’, afirmou o presidente do Senado.


 


 


Entidades farão manifestação contra imprensa


Entidades de militância pró-governo, como centrais sindicais, MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e UNE (União Nacional dos Estudantes), com apoio do PT, farão amanhã no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo ato contra a mídia.


Publicado no site do PT-SP, o convite do ‘Ato Contra o Golpismo da Mídia’ aponta a existência de uma ‘velha mídia’ que incita ‘uma onda de baixarias, de denúncias sem provas, que insiste na ‘presunção da culpa’, numa afronta à Constituição’.


Segundo o texto, a ‘onda de baixarias, que visa forçar a ida de José Serra ao segundo turno, tende a crescer na campanha’.


‘Essa manipulação grosseira objetiva castrar o voto popular e tem como objetivo secundário deslegitimar as instituições democráticas’, diz o texto.


Já outras duas manifestações ocorrerão hoje e amanhã, em São Paulo e no Rio, em favor da imprensa. Elas são uma reação aos ataques feitos à mídia pelo presidente Lula e pela candidata do PT, Dilma Rousseff (PT).


Em São Paulo, o ato intitulado ‘Manifesto em Defesa da Democracia’ será realizado hoje na Faculdade de Direito da USP, no centro, às 12h.


O convite da manifestação aponta que ela contará com a presença de ‘juristas, intelectuais, artistas, empresários, líderes comunitários, profissionais liberais, representantes de classe que, juntos, expressarão sua indignação em defesa da Constituição e da democracia’.


No Rio, o Clube Militar, que reúne oficiais da ativa e reformados do Exército, promove amanhã um seminário em sua sede para debater o que classifica de ‘riscos à liberdade de imprensa e à democracia’.


‘Todo regime totalitário quer controlar a imprensa. Temo que estamos caminhando para isso em razão de declarações oficiais’, afirma o general de divisão reformado Clovis Purper Bandeira, vice-presidente do clube.


 


 


Kennedy Alencar


Após críticas à Folha, candidata é aconselhada a moderar o tom


Ao acusar anteontem a Folha de ‘parcialidade’, Dilma Rousseff fez um desabafo que não constava do roteiro de sua candidatura. Já as críticas do presidente Lula à imprensa são parte da estratégia do PT para evitar um eventual segundo turno.


Para o governo e a campanha, Dilma adotou um tom muito agressivo, que pode ser lido como falta de equilíbrio e cansaço, além de destoar da imagem suave vendida na campanha.


A candidata foi aconselhada a evitar novas críticas desferidas nesse tom.


Na opinião da campanha, a Folha e veículos da chamada ‘grande imprensa’ estariam agindo para forçar um segundo turno na eleição presidencial em benefício do segundo colocado na disputa, o tucano José Serra.


A avaliação decorre do agravamento do caso de quebra de sigilo na Receita e ganhou força com reportagens da Folha e de outros veículos que culminaram na saída de Erenice Guerra da Casa Civil.


A estratégia petista em relação à imprensa é que o presidente entre em cena para fazer, nas palavras de um auxiliar direto, ‘fogo de encontro’. Como não é candidato, Lula aproveita sua popularidade para comprar brigas diretas e preservar Dilma.


Foi o que ele fez em Campinas, no último sábado, quando disse que derrotaria ‘alguns jornais e revistas que se comportam como se fossem um partido político’.


No dia anterior, em Juiz de Fora (MG), disse que ‘alguns jornais’ não são neutros e deveriam assumir ‘as cores do partido que defendem’.


Em conversa reservada anteontem, Lula disse que enfrentou um segundo turno em 2006 porque a imprensa de modo geral, e a Rede Globo em particular, teriam feito uma cobertura muito negativa de sua campanha.


Ele disse que ‘não permitiria’ que isso se repetisse.


Dilma, por sua vez, acusou a Folha de ‘má-fé’ devido a reportagem sobre auditorias do Tribunal de Contas do RS, entre 1991 e 2002, em suas contas na Secretaria de Minas e Energia e na Fundação de Economia e Estatística.


A candidata negou ter favorecido uma empresa, como apontou uma das auditorias, e acusou a Folha de não registrar a aprovação de suas contas pelo tribunal. As informações, porém, constam do texto principal, do ‘Outro Lado’ e do infográfico que ilustrou a reportagem.


 


 


OAB e oposição reagem a fala do presidente


A Ordem dos Advogados do Brasil e a oposição rebateram os ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à imprensa.


‘A ele cabe respeitar a Constituição mais do que todos os brasileiros. Eu tenho certeza que ele há de cumprir seu compromisso de respeitar a Constituição. E dentre esses compromissos está o respeito à liberdade de expressão’, disse o presidente da OAB, Ophir Cavalcante.


Presidente do PSDB, o senador Sérgio Guerra (PE) divulgou nota para afirmar que Lula ‘apequena e mancha a investidura que recebeu para jogar-se numa aventura ilegal, subvertendo leis e normas do jogo democrático’.


Vice-presidente do PSDB, a senadora Marisa Serrano (MS) classificou de ‘insensatez’ o ato político contra a mídia.


 


 


Leitores aprovam cobertura da Folha sobre acusações


Os leitores da Folha aprovam a cobertura que o jornal tem feito das acusações de quebra de sigilo na Receita Federal e do suposto tráfico de influência na Casa Civil, mostra o Datafolha.


Segundo pesquisa feita do dia 17 ao dia 19 com 351 assinantes da Folha ou outros leitores da casa na Grande São Paulo, 75% consideram ótimas ou boas as reportagens sobre o caso da Receita, 16% as consideram regulares e 4% julgam que são ruins ou péssimas.


A avaliação sobre a cobertura das acusações que derrubaram a ex-ministra Erenice Guerra da Casa Civil é parecida: 74% a consideram ótima ou boa, 12%, regular, e 4%, ruim ou péssima.


Os leitores da Folha têm amplo conhecimento sobre ambos os casos. O episódio das quebras de sigilo é conhecido por 96% dos entrevistados (dos quais 49% dizem estar bem informados), e 91% sabem das denúncias que envolvem Israel Guerra, filho de Erenice (53% afirmam estar bem informados).


A cobertura eleitoral da Folha também é bem avaliada por seus leitores.


Segundo a pesquisa, 86% dos entrevistados acompanham no jornal reportagens e artigos sobre as eleições (eram 75% em abril).


Entre esses leitores, 86% avaliam a cobertura como boa ou ótima, enquanto 10% a consideram regular, e 3%, ruim ou péssima.


O espaço dedicado à sucessão presidencial está na medida certa para 85%.


PRÓS E CONTRAS


A imparcialidade da cobertura é o ponto positivo mais mencionado (28%), mas também está entre os pontos negativos mais lembrados pelos leitores (11%).


Para 76% dos entrevistados, a Folha não favorece nenhum dos candidatos, enquanto 24% dizem que há favorecimento. Entre estes últimos, a maior fatia (15%) afirma que José Serra (PSDB) é o beneficiado, e 6% apontam Dilma Rousseff (PT).


Cresceu de 2% para 11% desde abril o número dos que consideram que a cobertura prejudica a candidata do PT.


Entre os leitores, 59% avaliam que a cobertura do jornal é crítica na medida certa ao governo Lula. Eram 67% em abril. Aumentou o número dos que acham que o jornal é menos crítico do que deveria: de 21% para 26%.


Entre os leitores pesquisados, Lula tem 47% de avaliação ótima ou boa, 32% de regular e 19% de ruim ou péssimo. No eleitorado geral, o presidente é considerado ótimo ou bom por 78%.


A pesquisa mostra ainda que, entre os leitores da Folha, Serra tem 50% das intenções de voto, mais que o dobro de Marina Silva (PV), que aparece em segundo lugar com 21% das menções. Dilma fica em terceiro, com 15%, e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) tem 1%.


A mais recente pesquisa Datafolha nacional (13 e 14 de setembro) mostrava Dilma com 51%, Serra com 27% e Marina com 11%.


 


 


TODA MÍDIA


Nelson de Sá


A blusa


Meio-dia, manchete no UOL, ‘Pane provoca caos no metrô de São Paulo’, mais os destaques ‘Blusa presa em porta causou falha, diz Metrô’ e ‘Sem luz e ar, testemunhas relatam pânico’. O primeiro ‘SPTV’ reproduziu vídeos do pânico.


À tarde, no iG, ‘Serra diz desconhecer paralisação do metrô cinco horas após pane’. Antes, Soninha, coordenadora de sua campanha na internet, sugeriu ‘sabotagem’. Na reação via Twitter, piadas como ‘Soninha me contou: a blusa na porta era igual à do sequestrador de Abílio Diniz’.


Início da noite, o segundo ‘SPTV’ destacou que ‘o governador chama a polícia para investigar se a blusa foi colocada acidentalmente ou propositalmente’. Já na escalada do ‘Jornal Nacional’, ‘Em São Paulo, uma blusa paralisa o metrô’.


ALAGAMENTO


No alto do portal G1 no final da tarde, reprodução de TV com ‘alagamento na Marginal Tietê’, trocada depois pelo granizo na cidade de Guarulhos


//LOMBADAS


No ‘New York Times’, a reportagem ‘Escândalo põe lombadas no caminho da protegida de líder do Brasil’ noticiou que o caso Erenice Guerra ‘explodiu nas manchetes, ameaçando levar a eleição ao segundo turno’. Lembrou também a ‘outra controvérsia recente’, da quebra de sigilo fiscal.


Mas ouviu de três analistas que não devem ter efeito. ‘O Brasil está vivendo um grande momento’, diz Paulo Sotero, do Brazil Institute. ‘Os brasileiros estão felizes e querem mais.’


PELA PRIMEIRA VEZ…


Sob o título ‘Como Lula transformou o Brasil’, o francês ‘Le Figaro’ dedicou sua página 2 ao presidente responsável por ‘modernizar’ o país, como ressaltaram os sites brasileiros. ‘Pela primeira vez na história, o Brasil assiste a uma redução contínua das desigualdades’, escreve a correspondente


Ao Brasil O ‘Financial Times’, com eco no ‘NYT’, noticiou que um dos maiores fundos europeus, Brevan Howard, decidiu abrir representação no Brasil. A exemplo do concorrente Highbridge, ‘o hedge fund não se contenta mais em investir à distância na América Latina’.


Ao pré-sal O ‘FT’ também deu que as ações da britânica Wellstream, que produz equipamentos para prospeção e cujo ‘mercado mais importante é o Brasil’, vêm sendo assediadas por um comprador americano interessado em ampliar a presença no pré-sal. Cita a GE.


//BRASIL E CHINA, EMPATADOS


Em destaque na TV Bloomberg e em reportagem, a agência divulgou que pesquisa com 1.400 investidores, analistas e corretores no mundo todo, seus clientes, mostrou que os EUA já não são o destino preferido para investimentos. ‘Agora o Brasil e a China estão empatados em primeiro lugar, a Índia é a terceira e os EUA, bem, caíram do pódio do ‘top 3’ e surgem agora em quarto lugar’, relatou a apresentadora.


ONU não, G20 Cobrindo a Assembleia Geral, a ‘Foreign Policy’ se pergunta se a ‘ONU está perdida’, ‘obsoleta’ em comparação, ‘notadamente, ao G20’. Destacou as ausências de Lula, Dmitri Medvedev e Hu Jintao.


No FMI A ‘FP’ também anota que o diretor-gerente pode deixar o FMI, ‘em meio à maior reforma da história’, para disputar as eleições francesas, onde lidera. Arrisca que o posto ficaria com Brasil ou África do Sul.


 


 


ARGENTINA


Gustavo Hennemann


Cristina aponta ‘crimes’ de donos de jornais


O governo argentino da presidente Cristina Kirchner apresentou ontem uma denúncia formal à Justiça contra os dirigentes dos jornais ‘Clarín’ e ‘La Nación’, maiores veículos impressos do país, por crimes contra a humanidade ocorridos supostamente em 1976.


Conforme a denúncia, os delitos de ‘homicídio, extorsão, privação ilegítima de liberdade, tortura e associação ilícita’ foram cometidos pelos dirigentes em cumplicidade com o último regime militar argentino (1976-1983) durante a negociação da empresa Papel Prensa.


Atualmente a fábrica produz 75% do papel-jornal consumido no país.


As ações da empresa que hoje pertencem aos jornais denunciados foram compradas na época da família Graiver, vítima da repressão estatal durante a ditadura.


Na versão do governo, os integrantes da família sofreram ‘intimidações e ameaças’ que os obrigaram a assinar os contratos de venda.


Apesar de terem sido presos pelos militares somente após a negociação, a transferência das ações ocorreu quando os Graiver já estavam fragilizados e não podiam decidir, alega o governo.


O momento da prisão e as intimidações fizeram parte de um esquema ‘articulado pelos dirigentes dos jornais junto à cúpula do governo de fato’, diz a denúncia, apresentada em nome do governo pela Secretaria de Direitos Humanos e pela Procuradoria do Tesouro -equivalente à Advocacia-Geral da União.


O documento entregue pelo governo à Justiça também apresenta relatos e testemunhos que consideram os jornais ‘Clarín’ e ‘La Nación’ meios de comunicação ‘associados com a ditadura’ que foram ‘beneficiados’ pelo ‘aparato clandestino de terrorismo do Estado’ em outros negócios posteriores.


Ao denunciar os jornais, o governo se associou como denunciante a integrantes da família Graiver em um processo que já tramita em um tribunal de La Plata (Província de Buenos Aires). Nele investiga-se a negociação da Papel Prensa.


Junto com as informações que tentam incriminar os dirigentes dos jornais e ex-governantes do regime militar, o governo pediu à Justiça que interrogue os principais acionistas do jornal ‘Clarín’, Ernestina Herrera de Noble e Héctor Magnetto, e o diretor de redação do ‘La Nación’, Bartolomé Luis Mitre.


O pedido de interrogatório também se estende aos ex-dirigentes militares, em maioria já presos.


PLANO CONCRETIZADO


A denúncia concretiza o plano da presidente Cristina Kirchner, que mantém uma guerra declarada contra os dois jornais. Ambos os veículos adotaram uma linha editorial contrária ao governo em 2008.


Cristina já havia anunciado a intenção de processar os dirigentes dos dois diários no mês passado em um evento público.


Em um comunicado, os dois jornais afirmaram ontem que não houve delito algum na aquisição da Papel Prensa e que, em 27 anos de democracia, nunca surgiu outra denúncia semelhante.


A atitude do governo é ‘uma aberração moral e jurídica’ que tenta intimidar veículos que não são alinhados politicamente, diz a nota.


‘O governo insiste em mentir, reescrever a história e manipular os direitos humanos como ferramenta de perseguição e represália’, afirma ainda o texto.


 


 


FRANÇA


‘Le Monde’ diz que governo da França violou sigilo 5 vezes


O jornal francês ‘Le Monde’ declarou, em ação apresentada à Justiça do país, ter sido vítima de pelo menos cinco crimes durante a cobertura do escândalo do grupo L’Oreal -que levantou suspeitas de corrupção sobre o governo do presidente Nicolas Sarkozy.


A ação foi levada na segunda-feira à Justiça pelos advogados do ‘Monde’, mas apenas ontem o jornal divulgou trechos da denúncia.


A publicação alega ter sido vítima dos crimes de quebra do sigilo de fontes, coleta fraudulenta de dados pessoais e violação de segredos profissionais (com repasse de dados a terceiros).


Também constam na ação as acusações de violação de liberdade individual cometida por autoridade e interceptação ilegal de correspondências.


A ação foi aberta na modalidade ‘contra X’ -uma opção do sistema judiciário francês na qual, apesar de suspeitar das identidades dos autores do crime, o ‘Monde’ opta por não acusar uma pessoa ou entidade específica. O recurso é uma estratégia que pode dificultar a defesa do governo.


ESCÂNDALO


O escândalo trata de uma investigação judicial na qual o direitista Sarkozy é acusado de ter recebido doações supostamente ilegais da família Bettencourt, dona da multinacional de cosméticos L’Oreal.


O ‘Monde’, de centro-esquerda, teve acesso a informações da investigação que sugerem envolvimento direto no caso do ministro do Trabalho, Eric Woerth.


Após a publicação da reportagem, o jornal acusou o governo de usar seu serviço de espionagem para identificar a fonte que passou as informações ao jornal. O governo nega as acusações.


Segundo o jornal, espiões quebraram o sigilo telefônico de um assessor penal do Ministério da Justiça identificado como David Sénat -que teria mantido conversas com o repórter do jornal. O ‘Monde’ não confirmou se Sénat era a fonte das informações


A organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras anunciou ontem que se juntará à causa do ‘Monde’.


 


 


MÉXICO


‘El Diário de Juárez’ rebate versão oficial para morte de fotógrafo


DA EFE – Em editorial publicado ontem, ‘El Diário de Juárez’ rechaçou a versão da Promotoria de Chihuahua, pela qual o assassinato de seu fotógrafo Luis Carlos Santiago Orozco, na semana passada, teve ‘motivos pessoais’.


O texto diz que o assassino -um suposto narcotraficante- atirou nove vezes contra Orozco e, depois, seguiu o estagiário que o acompanhava até um centro comercial de Ciudad Juárez, considerada a mais violenta do México.


O ataque contra os fotógrafos gerou um outro editorial, publicado domingo, no qual ‘El Diário’ pede orientação aos narcocartéis, que disputam o controle da cidade, sobre o que publicar para evitar novas mortes em sua equipe.


 


 


INTERNET


Ataque de hackers afeta navegação de usuários do microblog Twitter


DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – O Twitter foi alvo do ataque de hackers na manhã de ontem, afetando a navegação de milhares de usuários. Com a falha, uma mensagem com um código passou a ser ‘retuitada’ automaticamente, assim que o internauta passava o mouse sobre ela.


Sites pornográficos também foram abertos de forma involuntária ao passar o mouse sobre essas mensagens infectadas.


Apenas o site twitter.com foi afetado. Aplicativos do microblog para telefones móveis ou programas como o TweetDeck não apresentaram o mesmo problema.


Por meio de seu blog oficial, o Twitter afirmou que essa falha não causou danos aos computadores dos usuários.


A companhia norte-americana de tecnologia também declarou que as senhas não precisam ser alteradas, pois as informações pessoais não foram violadas.


Cerca de 145 milhões de usuários no mundo, que enviam mais de 90 milhões de mensagens diariamente, têm conta no microblog.


 


 


Brasil lidera reclamações contra Google


Na primeira metade do ano, o Google recebeu 398 pedidos brasileiros -a maioria do governo- para retirar sites do ar. Os principais motivos alegados foram falsidade ideológica e difamação. Neste ano, a Justiça ordenou a retirada de 18 mil fotos da internet por violação de direitos autorais.


 


 


TELEVISÃO


Laura Mattos


Contra ‘Fantástico’, Record tira Marcelo Rezende da Band


Reviravolta na acirrada disputa pela audiência dominical entre Globo e Record.


Na manhã de ontem, a emissora da Igreja Universal acertou um acordo com Marcelo Rezende para que ele produza e apresente reportagens investigativas para ‘Domingo Espetacular’, o concorrente do ‘Fantástico’.


A notícia pegou a Band de surpresa. Contratado pela emissora em setembro de 2009, ele tem contrato por dois anos e apresenta o ‘Tribunal na TV’ desde janeiro.


O programa, que simula o cenário de um julgamento, foi desenvolvido especialmente para Rezende.


Na Record, o jornalista fará parte do núcleo de reportagens investigativas que produz para toda a emissora.


Mas o seu foco principal será o ‘Domingo Espetacular’, carro-chefe da Record na programação dominical.


O programa tem registrado entre 14 e 15 no Ibope e incomoda o ‘Fantástico’, cuja média gira em torno de 22 (cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande SP).


As reportagens policiais, nas quais Rezende atuará, costumam ser as mais disputadas entre os canais e dão bom retorno de audiência.


Caiu na rede Novembro será o primeiro mês em que o YouTube pagará direitos autorais ao Ecad, que arrecada pela execução de músicas em nome de seus autores. Serão cobrados os direitos desde 2001 até junho passado. Os demais pagamentos serão semestrais.


Terra de alguém O pagamento será baseado no faturamento do Google, que comprou o YouTube em 2006. Esse acordo é comemorado pelo recém-criado departamento de mídias digitais do Ecad.


Rock pauleira Glória Braga, superintendente-executiva do Ecad, estará hoje na Expo Show Business, em SP, para falar sobre cobrança de direitos autorais. A maioria das TVs, inclusive a Globo, está na Justiça contra o Ecad.


TV com óculos O Festival de Cinema do Rio, que começa amanhã, terá programação paralela de debates sobre TV. Entre os palestrantes estão Letícia Muhana, diretora do canal Viva, e Cris Lobo, da MTV, que falam sobre preferências do público e de como a TV se prepara para acompanhar a tendência 3D do cinema.


Tem o que ver A TV Cultura exibe a partir deste sábado clássicos de Chaplin, incluindo um curta de 1914, no programa ‘Mestres do Riso’.


Estranha no ninho A estilista Glória Coelho falou ao ‘Marília Gabriela Entrevista’, que vai ao ar domingo no GNT, sobre suas participações em ‘Passione’. Em cena, no papel de si própria, ela não consegue mostrar naturalidade.


 


 


 


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O Estado de S. Paulo


Quarta-feira, 22 de setembro de 2010


 


CRIMINALIDADE


Antonio Cláudio Mariz de Oliveira


Mídia e crime


Uma das questões mais angustiantes da atualidade refere-se à criminalidade, que há décadas apresenta índices assustadores de crescimento. Note-se que, além de aumentar, o crime vem sendo praticado por segmentos que anteriormente pouco delinquiam e está alcançando valores e interesses até então imunes a violações.


O Estado tem competência exclusiva para investigar, responsabilizar e punir, diante da prática de condutas consideradas pela lei como criminosas. Sua atuação se faz por meio de agentes que participam de todas as fases da persecução penal, que são as autoridades policiais, os promotores de Justiça e os juízes de Direito. Como porta-voz dos direitos e das garantias do acusado existe o advogado, que exerce o direito de defesa, sem o qual não pode haver sequer a instauração de um processo contra o apontado culpado.


Esse quadro aparentemente singelo é, no entanto, de difícil entendimento para considerável parcela da sociedade, em face do tecnicismo que caracteriza a atividade judiciária. Por outro lado, o crime causa fortes sentimentos, que vão desde o ódio até a compaixão e provocam manifestações passionais de vários segmentos. Ademais, poucos acontecimentos despertam tanto o interesse da mídia como os eventos criminosos.


Saliente-se que a mídia televisada, sem dúvida, representa o mais eficiente elemento de aculturação do nosso tempo. No Brasil ela chega aonde a escola não chega. Com o crescimento da criminalidade, a mídia passou, no cumprimento de sua missão de informar, a desempenhar um papel de grande relevância, pois é nítida a sua influência na própria distribuição da justiça penal.


Alguns agentes do sistema penal se tornam presas fáceis das câmeras. Razões ligadas à própria natureza humana os deixam vulneráveis à exposição midiática e, com isso, deixam de ter presentes responsabilidades e deveres inerentes às suas funções de juiz, advogado, promotor e delegado. Verdadeiramente, deixam de se apresentar como exercentes de suas funções próprias e passam a desempenhar papéis e a dizer aquilo que imaginam ser do agrado do público.


Esse comportamento daqueles que deveriam ser discretos e comedidos acaba sendo aproveitado na teatralização do delito, a cargo e ao gosto da mídia. Esta não trata o crime como uma tragédia que ele é e, como, tal digna de compreensão, comedimento, recato e respeito. Uma tragédia, diga-se, que poderá atingir qualquer um de nós, na condição de acusados ou de vítimas.


Assim, a dignidade e os direitos do culpado devem ser respeitados, para que o sejam os do inocente. Não se esqueça que qualquer um pode ser atingido por uma acusação infundada. De outro lado, por ser um fato humano, ninguém em sã consciência poderá afirmar que jamais o cometerá um delito, especialmente aquele que encontra as suas motivações em circunstâncias e acontecimentos da própria vida e que para ocorrerem independem da vontade.


Ao lado da dramatização do crime, ou como parte dela, alguns aspectos das coberturas de eventos criminosos devem ser realçados. A mídia, em geral, noticia o fato e passa a exigir a prisão, como se o encarceramento fosse a única resposta possível ao crime. E, diga-se, exige a prisão em face de fatos que muitas vezes não estão caracterizados como fatos criminosos. Exige a prisão do mero suspeito, pois, muitas vezes, nem sequer inquérito ainda foi instaurado. Com isso despreza o devido processo legal, constituído pelas fases legalmente previstas, que devem ser vencidas até a sentença.


Na verdade, não poucas vezes, a mídia não se limita a informar: acusa. Não admite defesa: condena. Não quer processo: pune. E o faz com provas, sem provas ou contra as provas.


Com a exagerada exposição do suspeito, a imprensa televisada impõe-lhe uma pena cruel e perpétua, pois a sua imagem terá sido para sempre destruída. A sanção da desmoralização pública não se restringe ao suspeito, uma vez que atinge todos os que lhe são próximos, porque ninguém é poupado do perverso posicionamento da sociedade perante o crime.


Caso a Justiça não atenda às expectativas criadas pela mídia no sentido da prisão ou da adoção de quaisquer outras medidas de força, ela passa a criticar o Poder Judiciário, imputando-lhe leniência, morosidade e responsabilidade pela impunidade. Os advogados, por sua vez, nessa visão, dificultam a celeridade processual, pois recorrem e requerem em demasia, atrapalham com a defesa a rápida aplicação da sanção, enfim, são como que cúmplices dos clientes. Os direitos e as garantias constitucionais e processuais, por seu lado, são considerados perfumarias jurídicas.


Seria de toda a conveniência que a mídia extraísse lições do crime. Discutisse as suas circunstâncias, as suas causas, enfim, desse à cobertura do fato uma outra conotação desprovida do sensacionalismo, do estrépito e do estardalhaço. Uma conotação que tentasse entender o porquê do delito, com o objetivo de evitá-lo no futuro. Talvez seja uma utopia, mas sem utopia não se avança, e ao que assistimos é que apenas a repressão e a exploração midiática do crime não têm evitado o seu crescimento.


Note-se que o fato de a mídia evitar exercer atividades que não são suas, como a de julgar, e também tentar não influenciar o sistema penal e os seus agentes, com a adoção de um comportamento mais discreto e adequado, não significa nenhuma limitação à sua liberdade, mas, sim, consiste na assunção de sua responsabilidade de respeitar outros direitos e outros valores igualmente relevantes.


E, como já se afirmou, a responsabilidade não é uma limitação à liberdade, mas sim um aspecto da liberdade.


ADVOGADO CRIMINAL EM SÃO PAULO


 


 


GOVERNO


‘TV Lula’ contrata empresa em que atua filho de Franklin


A Empresa Brasil de Comunicação (EBC), do governo federal, contratou por R$ 6,2 milhões uma empresa que emprega o filho do ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, presidente do Conselho de Administração da estatal, conhecida como ‘TV Lula’. A Tecnet Comércio e Serviços Ltda. venceu, no penúltimo dia de 2009, a concorrência para cuidar do sistema de arquivos digitais da EBC, um dos grandes projetos do governo.


E-mails da própria EBC obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo mostram que o ministro Franklin Martins pediu ‘prioridade zero’ para o assunto, embora pareceres feitos em dezembro alertassem quanto à falta de recursos orçamentários para o projeto. A EBC é a única emissora de televisão brasileira cliente da Tecnet na área digital. A empresa é o braço operacional do grupo que dirige a RedeTV!


O jornalista Cláudio Martins, filho do ministro Franklin, trabalha na Tecnet há pelo menos dois anos como representante comercial, segundo a própria direção da empresa. De acordo com o comando da Tecnet, ele é o responsável pelos negócios de software e tecnologia da empresa no exterior e com as afiliadas do grupo. Cláudio acaba de chegar do Chile e da Argentina, onde foi apresentar serviços da Tecnet.


A licitação vencida na EBC foi realizada às pressas em 30 de dezembro passado. No dia seguinte, o governo emitiu a nota de empenho (compromisso de pagamento) para a empresa. Segundo a direção da EBC, o trabalho da Tecnet está em fase de execução em São Paulo e, em breve, deve atingir Rio de Janeiro e Brasília. O sistema da Tecnet cuidará da gestão dos arquivos digitais novos e futuros da empresa do governo. Além desse contrato, a Tecnet tem outros dois com a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 5,4 milhões, para prestar serviços de telemarketing.


Defesa


Procurados pela reportagem, o ministro Franklin Martins, a direção da EBC e o comando do grupo Tecnet/RedeTV disseram não ver nenhuma irregularidade na licitação. O ministro afirmou que seu filho Cláudio Martins ‘não teve qualquer influência no resultado da licitação em questão’. ‘Ela foi vencida pela Tecnet por uma razão muito simples: ofereceu o menor preço no pregão eletrônico’, acrescentou.


O superintendente de Operações da Tecnet e da RedeTV, Kalede Adib, afirmou que Cláudio Martins não participou da concorrência. ‘Ele é um cara competente, garanto que não agiu nesse caso. E ele não vai ficar em casa de pijama porque o governo não paga para isso’. Segundo Adib, a EBC é a única emissora cliente porque a Tecnet não tem interesse em vender o produto para concorrentes da RedeTV. ‘Vencemos porque temos um excelente produto e já pago, portanto, conseguimos entregar por esse preço (R$ 6,2 milhões)’.


A EBC afirmou, em nota, que ‘solicitou cotações a sete empresas do mercado. Embora o prazo para cotação fosse de mais de 30 dias, apenas duas apresentaram preços e a média entre eles resultou no valor estimado de R$ 16 milhões’.


A EBC ainda justificou a celeridade do processo, concluído no apagar das luzes de 2009. ‘É sabido que, no setor público, todos os recursos destinados a um órgão da administração direta ou indireta, quando não aplicados na finalidade prevista até 31 dezembro do ano em curso, são recolhidos pelo Tesouro, não podendo ser utilizados no ano seguinte.’ Esta foi ‘uma forte razão para que a EBC definisse como urgente e relevante a realização do pregão’, disse.


Franklin também ressaltou esse ponto: ‘Como presidente do Conselho de Administração da EBC, é meu dever zelar para que os recursos de investimento da empresa sejam integralmente executados durante o ano fiscal’, acrescentou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


 


 


Lucas de Abreu Maia e Roldão Arruda


Oposição critica ato contra a mídia apoiado pelo PT


Líderes da oposição criticaram a iniciativa, convocada por uma ONG, com o apoio do PT e de centrais sindicais, de se organizar um ato de protesto contra a imprensa, sob o pretexto de que estaria em curso no País um chamado processo de ‘golpismo midiático’. O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, classificou a iniciativa como um atentado contra a liberdade de pensamento.


‘Eu vejo uma coisa fascista’, disse Serra. ‘Esse pessoal quer a liberdade de palavra para a turma deles. Como todo pessoal autoritário, tem toda a liberdade pra dizer o que pensa quem é cupincha. Quem for independente tem que ser perseguido.’


Ontem, por meio de seu site na internet, o PT convocou militantes e simpatizantes a participarem do ato, que deve ser realizado amanhã, na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. ‘Centrais sindicais e movimentos sociais preparam a realização de um manifesto público contra a baixaria nas eleições e contra o golpismo midiático’, diz o texto do site.


Para o presidente do PPS, Roberto Freire, o ‘objetivo do PT, ao usar movimentos sociais como correia de transmissão de seus interesses, não é outro senão transformar aquele que sofreu agressão em agressor, a vítima, em algoz’. ‘A inversão de papéis e de valores é uma marca registrada no governo Lula e de dona Dilma.’


Em nota, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, repudiou a iniciativa. ‘A convocação de um ato destinado a esse fim explicita a vocação autoritária desses apoiadores. Querem uma imprensa e uma opinião pública subordinadas.’ O texto também diz que, ao falar em golpismo midiático, os organizadores do encontro se preparam para ‘tentar tirar a legitimidade de uma vitória de José Serra’. ‘Ao convocar um ato para intimidar a imprensa, têm a cara de pau de evocar a democracia, quando o que querem é abalar um de seus pilares: a liberdade de expressão e de informação.’


Oficialmente o encontro foi organizado pelo Centro de Mídia Alternativa Barão de Itararé, organização criada em maio e que teria como principal objetivo lutar pela ‘democratização dos meios de comunicação’. Seu principal dirigente é o jornalista Altamiro Borges, do PC do B, um dos partidos da base de apoio do governo Lula e integrante da coligação de Dilma Rousseff (PT).


‘Não vamos fazer um ato contra a liberdade de imprensa. Nós vamos fazer um ato em defesa da liberdade de expressão, em defesa da legitimidade do voto popular e em defesa da democracia’, disse ele ao Estado.


De acordo com a organização do encontro, deverão participar representantes de quatro centrais sindicais, da UNE e de partidos que apoiam Dilma. O presidente do Sindicato dos Jornalistas, José Camargo, disse que não tem responsabilidade em relação ao evento e que apenas cedeu o lugar. ‘O espaço foi solicitado para um debate sobre a cobertura dos grandes veículos.’


 


 


MÉXICO


Em Ciudad Juárez, cartéis convertem jornalismo em atividade de alto risco


Desde que o presidente mexicano, Felipe Calderón, declarou guerra aos cartéis, em dezembro de 2006, 6,5 mil pessoas morreram em Ciudad Juárez, na fronteira com os EUA. Nos últimos três anos, 230 mil deixaram a cidade, 20 mil casas foram abandonadas e 10 mil crianças ficaram órfãs. No meio do fogo cruzado estão dezenas de jornalistas que relatam o cotidiano de violência.


Na cidade mais perigosa do mundo, o mero exercício da profissão tornou-se um risco mortal. ‘São 23h50. Acabei de relatar dez crimes em menos de seis horas. Durante todo o dia morreram 15 pessoas. Na maioria dos casos, cheguei antes das forças da ordem. Para conseguir, escutei os diálogos truncados do rádio da polícia, que é constantemente monitorado por jornalistas’, escreve Judith Torrea, jornalista freelancer, numa premiada reportagem sobre a violência em Ciudad Juárez.


‘O rádio também é usado pelos traficantes, que ocasionalmente anunciam a autoria de crimes interrompendo o sinal ao som de corridos mexicanos (um gênero de música popular): algumas músicas são as preferidas do cartel de Juárez, outras do de Sinaloa’, conta Judith, que escreve em seu blog ‘Ciudad Juárez, à sombra do narcotráfico’.


Ainda que acuados, os jornalistas da cidade prometem continuar cobrindo a violência ao longo da fronteira do México com os EUA, mesmo depois de pistoleiros terem executado Luis Carlos Santiago Orozco, de 21 anos, fotógrafo do jornal El Diario, na semana passada.


O assassinato foi manchete de todos os jornais do México. Calderón condenou a morte de jornalistas, mas não divulgou nenhuma nova informação sobre os assassinos do fotógrafo. A morte de Santiago Orozco, executado em um estacionamento de shopping em plena luz do dia, ocorreu dois anos após o assassinato de Armando Rodríguez, repórter do Diario, executado na porta de casa quando saía para levar sua filha para a escola. O crime permanece impune e as investigações não avançaram.


‘A cidade escapou pelas nossas mãos’, lamentou José Luis González, fotógrafo do jornal. No domingo, o Diario publicou um editorial direcionado aos cartéis. ‘Não queremos mais mortes’, escreveu o editor do jornal. ‘É impossível realizar nosso trabalho sob essas condições.’


O Diario, porém, promete continuar a cobertura agressiva da violência. ‘Prova disso é nossa manchete de hoje (ontem)’, afirmou um jornalista, que pediu para não ser identificado. A reportagem era sobre o fracasso do governo em conseguir provas para condenar quatro homens acusados de assassinar 55 pessoas na cidade. Como é comum no México, poucos casos são resolvidos. ‘É o império da impunidade’, disse o jornalista.


 


 


Talita Eredia


Ataques à imprensa fazem México parecer-se com Colômbia de 1990


Um estudo do Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ) apontou que o número de jornalistas mortos no México na última década já é semelhante ao registrado na Colômbia no fim da década de 1990 até 2002, período em que os cartéis se infiltraram nas instituições do Estado.


A pesquisa também mostra a proximidade nos índices de impunidade. Enquanto Bogotá aparece hoje na sexta posição (0,292 a cada 1 milhão de habitantes), os mexicanos estão na nona posição (0,085). Mais de 90 casos envolvendo mortes de jornalistas não foram esclarecidos.


Desde 1992, quando o CPJ começou a compilar as estatísticas de mortes entre jornalistas, 73 profissionais colombianos foram mortos, 30 sem motivação ligada ao narcotráfico confirmada. O número de vítimas no México chegou a 54 no mesmo período – 29 sem que a participação dos cartéis estivesse comprovada. Carlos Lauría, coordenador do programa das Américas do CPJ, explicou ao Estado que a investigação de assassinatos de jornalistas compete às polícias estaduais, amplamente corrompidas pelo narcotráfico.


O CPJ apontou ainda que 77% dos profissionais de imprensa mortos no México trabalhavam na cobertura de crimes e 36% de casos de corrupção. Desde 2006, quando o presidente mexicano, Felipe Calderón, declarou guerra contra o tráfico, sete jornalistas estão desaparecidos. Um deles é María Esther Aguilar Cansimbe, de El Diario de Zamora, que sumiu em novembro do ano passado enquanto escrevia sobre a ligação de políticos com grupos criminosos e a prisão de um dos líderes do cartel La Família.


O presidente mexicano deve se reunir hoje com o Comitê e a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) para discutir a violência contra os veículos de imprensa e a deterioração da liberdade de expressão no país com as ameaças dos cartéis e a autocensura por segurança.


 


 


ARGENTINA


Governo argentino processa ‘Clarín’ e ‘La Nación’


O governo argentino acusou formalmente ontem os diretores dos dois principais grupos jornais do, Clarín e La Nación, por crimes de lesa humanidade envolvendo a compra da Papel Prensa durante a ditadura militar, informou a secretaria de Direitos Humanos. A Papel Prensa é a única produtora de papel para jornal na Argentina.


O Clarín e o La Nación negam a acusação e denunciam uma ‘perseguição empresarial’ por parte do Poder Executivo.


‘A secretaria de Direitos Humanos apresentou hoje (ontem) uma queixa pela relação entre a venda ilegal da empresa Papel Prensa e delitos de lesa humanidade cometidos durante a ditadura (1976-83)’, destacou um comunicado do governo.


O governo quer que a Justiça abra um processo contra Ernestina Herrera de Noble e Héctor Magnetto, respectivamente proprietária e diretor do Clarín, e contra Bartolomé Mitre, diretor do La Nación.


Além disso, pede que sejam processados Sergio José, Marcos e Hugo Fernando Peralta Ramos, ex-donos do jornal La Razón, adquirido pelo Clarín.


Na mesma ação, o governo solicita que sejam interrogados os ex-ditadores Jorge Videla e Emilio Massera, integrantes da Junta Militar que governava a Argentina por ocasião da venda da Papel Prensa, e o ex-ministro da Economia José Martínez de Hoz.


A presidente Cristina Kirchner acusa o Clarín e La Nación de assumir o controle da Papel Prensa em conluio com a ditadura militar, em uma operação realizada em 1976.


Segundo o governo, a ‘aquisição fraudulenta’ foi concretizada por meio de uma variedade de crimes de lesa humanidade – como tortura – cometidos contra o grupo Graiver, liderado pelo empresário David Graiver, morto em um estranho acidente aéreo em 1976.


Na ocasião, a ditadura militar acusava o grupo Graiver, controlador da Papel Prensa, de ter vínculos com o movimento armado peronista Montoneros.


O Clarín e o La Nación reagiram com dureza à denúncia apresentada ontem pelo governo. Eles disseram, em um comunicado conjunto, que o governo pretende avançar sobre os meios de comunicação que não se alinham com o discurso oficial.


‘Pretender relacionar essa compra com um delito de lesa humanidade é uma aberração moral e jurídica, carente de qualquer sustentação factível’, indica a nota, insistindo que ‘não houve na aquisição da Papel Prensa nenhum delito’.


O grupo Clarín possui 49% da Papel Prensa e o La Nación, 22%. O Estado argentino é proprietário de 27,46% da empresa.


No início de setembro, a Justiça argentina suspendeu a intervenção na Papel Prensa, que vigorava desde março a pedido do governo. A nova ofensiva do governo ocorreu três semanas após a apresentação do relatório kichnerista ‘Papel Prensa, a verdade’, no qual disse que os proprietários da empresa a venderam depois de ter sido torturados pelos militares.


A presidente já apresentou ao Congresso um projeto que declara de ‘interesse público’ a produção e distribuição de papel para jornais na Argentina. /


PARA ENTENDER


O governo argentino assegura que, após a morte do empresário David Graiver, em um acidente aéreo em agosto de 1976, a viúva Lidia Papaleo vendeu as ações da empresa Papel Prensa a Clarín, La Nación e La Razón (acionista até 2000), depois de ter sido torturada. Mas a operação de venda ocorreu em novembro de 1976 e somente cinco meses depois Papaleo foi sequestrada pela ditadura, torturada e condenada a 5 anos de prisão por cumplicidade do Grupo Graiver com a guerrilha. Muitos membros da família Graiver asseguram que a venda foi voluntária.


 


 


PROFISSÃO


Eric Pfanner, The International Herald Tribune


Jornalistas e fontes sob risco


Em janeiro de 2008, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, declarou sua intenção de proteger os repórteres da ameaça de ser obrigados a revelar a identidade de suas fontes – uma garantia que muitos jornalistas consideram necessária para a prosperidade da imprensa livre. Dois anos antes, o governo francês aprovara a chamada lei do escudo, protegendo a relação entre os repórteres e suas fontes. Mas não demorou até que os críticos de Sarkozy acusassem o próprio presidente de violá-la. O jornal Le Monde alegou recentemente que o gabinete de Sarkozy ordenou a agentes do serviço de contraespionagem que descobrissem a fonte de reportagens que constrangeram o presidente, mas o governo nega a acusação.


O incidente mostra que jornalistas e suas fontes não podem confiar sempre na proteção de leis como a do escudo.


Estas alegações são feitas na França num momento de intensificação no debate envolvendo a proposta de uma lei do escudo nos EUA, onde ainda não existe uma proteção com tal alcance nacional. Perguntas em relação à necessidade de uma lei como essa e o tipo de organização que deveria se beneficiar de sua proteção foram inflamadas pela divulgação de documentos secretos do Exército americano no site WikiLeaks. O senador democrata Charles Schumer, de Nova York, disse que pretende emendar a proposta para que sejam excluídas organizações como o WikiLeaks, que publicam na rede material não editado.


Em tese, os escudos europeus estão entre os mais robustos do mundo. Mas, na prática, ainda há muitas áreas cinzentas, e o resultado disso são longas e caras batalhas nos tribunais.


Na Grã-Bretanha, a lei diz que a proteção pode ser temporariamente suspensa se as autoridades forem capazes de demonstrar ao tribunal ‘que a revelação da identidade da fonte é necessária aos interesses da justiça ou da segurança nacional ou à prevenção da desordem e do crime’. Na França, a lei diz que o escudo pode ser contornado em casos nos quais ‘prevaleça o interesse público’. Na Suécia, onde o WikiLeaks mantém parte de suas operações, as leis de escudo são especialmente fortes. Os repórteres não apenas são protegidos da eventual obrigação de identificar suas fontes como são até proibidos de fazê-lo. Mas até na Suécia exceções são feitas quando a segurança nacional é envolvida.


As leis do escudo não são necessariamente uma garantia inquebrantável de confidencialidade. Isso ficou claro na França, em meio a uma demorada investigação judicial envolvendo alegações de financiamento e favorecimento político impróprio que rodeiam a mulher mais rica do país, Liliane Bettencourt, e um ministro do governo, Eric Woerth. A agência de contraespionagem admitiu ter investigado a fonte do vazamento após informações concedidas a portas fechadas aparecerem nas páginas do Le Monde, que planeja processar o governo.


Mas nem este caso pode ser capaz de proporcionar um precedente definitivo para os jornalistas europeus. ‘O verdadeiro teste será quando houver uma questão de segurança nacional’, disse Jo Glanville, editora da Index on Censorship, grupo de defesa da liberdade de imprensa, de Londres. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL


 


 


INTERNET


Hackers usam falha de segurança para atacar o Twitter


O Twitter foi atacado ontem por hackers, que se aproveitaram de uma falha de segurança para prejudicar os serviços do microblog. O problema foi ‘completamente resolvido’ às 10h30 (horário de Brasília), de acordo com a empresa, sediada em San Francisco, nos Estados Unidos. O site também pediu aos usuários que enviem uma mensagem para @safety caso tenham qualquer informação sobre acontecimentos semelhantes no futuro. De acordo com a companhia, nenhuma informação pessoal de usuários ficou exposta com o ataque dos hackers.


De acordo com o blog de tecnologia do jornal britânico The Guardian, a vulnerabilidade, conhecida como ‘cross-site scripting’, que permite incluir comandos de programação em linguagem JavaScript em mensagens, foi descoberta pelo programador japonês Masato Kinugawa. Ele comunicou a sua descoberta ao Twitter em 14 de agosto, e descobriu que a nova versão do Twitter, lançada na semana passada, apresentava o mesmo problema.


Ontem, quando ainda era madrugada nos Estados Unidos, Kinugawa, que mora no Japão, criou uma conta no Twitter, chamada ‘Rainbow Twtr’, para mostrar como o problema poderia ser usado para criar mensagens de diversas cores.


A partir da falha descoberta pelo japonês, o programador escandinavo Magnus Holm criou uma mensagem que retransmitia a si própria toda vez que um usuário passava o mouse por cima dela.


Outros se aproveitaram da ideia e criaram mensagens que abriam janelas de propaganda. Uma versão revisada do código transformava todo o Twitter num único link, e qualquer usuário que se conectasse ao serviço reenviava o link infectado para seus seguidores.


Impacto. Companhias de segurança disseram que milhares de usuários foram afetados. Dentre os atingidos estava Sarah Brown, mulher do ex-primeiro-ministro britânico Gordon Brown, e Robert Gibbs, porta-voz da Casa Branca. Brown tem mais de 1,1 milhão de seguidores no Twitter e Gibbs tem 97 mil.


Usuários viram estranhas mensagens em código em sua página, que eram passadas para outros usuários de sua lista de seguidores. O especialista em segurança Graham Cluley, da empresa Sophos, disse que o vírus ‘do mouse’ afetou apenas usuários do site Twitter.com e não programas desenvolvidos para acessar o serviço, como TweetDeck e Echofon. Cluley disse que, no caso de Sarah Brown, ‘sua página no Twitter enviou uma mensagem que tentava redirecionar os visitantes para um site pornográfico japonês’.


‘Parece que muitos usuários usaram a falha para se divertir’, disse o especialista. ‘Mas há obviamente potencial para criminosos cibernéticos redirecionarem os usuários para outros sites que contenham vírus ou para que pop-ups (janelas extras) apareçam na tela.’


Os links infectados tinham a aparência de mensagens normais do Twitter. O site, que permite que os usuários se comuniquem com mensagens de no máximo 140 caracteres, tem mais de 145 milhões de usuários, informou recentemente o cofundador do serviço, Evan Williams. Cerca de 370 mil pessoas se inscrevem no site diariamente e os usuários disparam mais de 90 milhões de mensagens por dia, ainda de acordo com Williams. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS


 


 


TELEVISÃO


Keila Jimnenez


MTV fará reality show com estilistas


A Record ameaçou ter o seu, comandado por Ana Hickmann, mas é a MTV que estreia em novembro um reality de estilistas brasileiros. It MTV Elle Fashion Fabric, uma espécie de Project Runway – competição de estilistas no canal pago Liv – terá seis concorrentes disputando uma bolsa de estudos em Milão e um editorial na Elle. A top Carol Ribeiro comandará a competição, que terá júri especializado e final no dia 9 de dezembro. O formato marca o início de uma nova política na MTV, com maior integração da emissora com os produtos de seu proprietário, o Grupo Abril. As inscrições para o reality começam esta semana no site www.mtv.com.br/itmv.


65 profissionais da Associação Brasileira de Produtoras Independentes (ABPI) integram a comitiva que irá à feira de TV Mipcom, de 4 a 8 de outubro, em Cannes.


‘O Faustão apresentou o programa com a camisa pra fora das calças pela primeira vez na vida. Momento histórico na TV.’ Aguinaldo Silva, no Twitter


Domingo retorna ao Domingão do Faustão a gincana Maratoma com famosos. No elenco estão: Amanda Richter, Guilherme Berenguer, Milena Toscano, Vanessa Bueno, Jacaré, Priscila Pires, Ariela Massotti, Wagner Trindade, Rachel Ripani, Sophia Abrahão, Sidney Sampaio e Lidi Lisboa.


Executivos da RedeTV! garantem que não há chance de Marcelo Carvalho, vice-presidente e sócio da emissora, vender sua parte na casa para Amílcare Dallevo, acionista majoritário da rede. Não por agora.


Amor & Revolução, próxima novela de Tiago Santiago no SBT, terá como mocinha Maria, uma líder estudantil que entra para a luta armada contra a ditadura. Ela se apaixona por José, um oficial do setor de Inteligência do Exército, filho de um general da direita, mas democrata. E é claro que ele se revoltará contra o pai.


O TCM tirou proveito da fama de MacGyver, agente capaz de demolir um prédio com uma bolacha recheada. O material de lançamento da série hit dos anos 80, que será reprisada a partir de 4 de outubro no canal pago, traz caixa de fósforo, clipes, elástico e um convite para desmontar uma bomba com o kit.


A ordem anteontem no R7, portal da Record, era evitar comentários sobre o movimento ‘#calabocaRecord’, deflagrado no Twitter, após o Domingo Espetacular exibir reportagem acusando Britney Spears de ser drogada e bater nos filhos. Nada que tocasse no assunto deveria ser aprovado no site.


Apesar do título ser da RedeTV!, Dr. Hollywood deve ganhar novo nome na versão nacional em 2011, sem a participação do médico/astro dr. Rey, que vai para a Band.


Marcelo Resende acaba de fechar contrato com a Record. Ele vai deixar a Band para fazer reportagens investigativas no Domingo Espetacular, já após as eleições.


 


 


 


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