‘Quem faz e quem comercializa jornal precisa estar convencido de que buscar a satisfação do leitor é uma atitude de proteção ao próprio negócio.’ (Código de Ética da Empresa Jornalística O POVO)
A falta de um simples aviso de que o jornal não circularia na segunda-feira e na terça-feira de Carnaval gerou uma série de problemas para os assinantes do O POVO. Acostumados a logo cedo folhear as páginas do jornal, os leitores ficaram indignados com o esquecimento. O leitor Paulo Brasil esperou até 8 horas na segunda-feira para reclamar à Central de Atendimento. ‘Fiquei ouvindo uma música até cair a ligação’ lembrou. Ele só conseguiu desvendar o mistério após falar com alguém na Redação. Isso depois de várias tentativas. A mesma chateação passaram outros oito leitores que manifestaram o protesto ao ombudsman. ‘Cadê o jornal que não chegou hoje’ afirmou Tarcisio Adeodato, cobrando seu exemplar.
No condomínio Francisco Araújo, na Aldeota, o porteiro do local, que não se identificou, chegou a pedir a listagem dos assinantes para saber os motivos do jornal não ter chegado. Foi assim com os leitores Cavalcante, Luci Gomes, Cesário, Lúcia e outros dois que não deixaram nome e telefone na secretaria eletrônica do ombudsman, sendo impossível dar o retorno. Mas todos registraram os protestos.
Danos reconhecidos
A Chefia de Redação reconheceu o erro pela não-publicação do comunicado. A ausência, segundo a Chefia, foi detectada e houve a tentativa de minimizar os danos aos leitores publicando a informação no Portal O POVO . Não conseguiu. Ficou a imagem de desrespeito e da falta de cuidado com o que pensa e sente o leitor. Um alerta para que seja feito um planejamento eficaz para estas ocasiões. A Chefia de Redação termina a justificativa pedindo desculpas aos leitores pela falha na edição de domingo.
Quem gosta de ler jornal impresso o faz todo dia. A falta do jornal ou a simples ausência de seções preferidas & de colunas a palavras cruzadas – é recebida como o ‘roubo’ do prazer diário. Por isso a necessidade dos editores estarem atentos para informar qualquer alteração. Alguns, no entanto, ainda se esquecem desse fato. Só lembrando. As outras datas que o jornal, tradicionalmente, não circula são o dia 25 de dezembro (Natal) e dia 31 de dezembro (Réveillon).
Coluna de charadas
O pluralismo é uma das características do O POVO em seus 82 anos de existência. As diversas opiniões são expostas em artigos, na seção de cartas ou nas variadas colunas do jornal. Em tese, seus autores são responsáveis diretos pelo conteúdo publicado, mas parece não haver limite. Alguns desses espaços são criticados pelos leitores. Entram nesse caso colunas como Reportagem, Suzzy Bandeira e Alan Neto, entre outras. A primeira, assinada por Lúcio Brasileiro, no entanto é a campeã. Fato que se repete a cada novo ombudsman. E parece não haver solução. A indagação de César Vale, de Crateús, é apenas uma delas. ‘Se o jornal é de interesse do leitor, qual leitor se interessa por essa coluna cifrada?’ questiona. ‘Não tem mais jeito’ avalia o leitor José Mario.
Novo dicionário?
Ambos têm razão. Dono de um estilo próprio, o colunista não obedece a ordem direta da frase, atropela regras de pontuação, inventa palavras e abusa de charadas. A nota de abertura da coluna de sábado (13) é um exemplo. Leiam: ‘Ganhei bola e camisa do Bloco Vencedor porém (sic) confesso que não vesti pois Fortaleza está riscada do meu caderno. Todavia rezei, paganamente, embora, pela vitória que veio justa pois A Taça é Nossa’. Alguém entendeu? Só ele. No último dia 17, foi pior. Inventou palavras como sugestão para um tal Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Brasileira. Ali aparecem termos como valpeno, benestreante, irredável, desgaudioso e, pasmem, nupcial anobomino. Brincadeira tem hora!
Carnaval
O POVO fez uma cobertura dinâmica do Carnaval 2010, com belas fotos, textos curtos e a apresentação da festa sob a forma de temas como ritmo, coreografia, etc. Inovou antes e após o evento ao levantar a bandeira da necessidade de fortalecer a festa na Capital. Foi uma iniciativa elogiável. Mas na hora de dar o resultado final da folia, com a consagração dos campeões locais, esqueceu de chamar o assunto na capa, o cartão de apresentação do jornal. Escorregou no final da avenida..
Sem retorno, não dá
Um aviso aos leitores internautas. Para críticas, elogios, sugestões ou esclarecimentos através do ombudsman é necessário enviar e-mail para ombudsman@opovo.com.br ou ligar para 3255.6181. As observações colocadas abaixo da coluna, na versão on line do jornal, não serão comentadas porque não é possível detectar a procedência, nem possibilitar retorno.
Seminário
O atendimento ao leitor amanhã será, excepcionalmente, interrompido em virtude da participação do ombudsman na abertura do seminário ‘Ouvidoria e Comunidade: Vencendo a Distância’, uma promoção da Ouvidoria Geral do Ministério Público do Ceará. O evento será realizado no auditório da Procuradoria Geral da Justiça, a partir das 9 horas. Na terça-feira o atendimento volta ao horário normal.’