Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Paulo Rogério

“‘A credibilidade é produzida com qualidade editorial, que pressupõe conhecer o leitor, atender suas necessidades e antecipar-se a elas’. Eugenio Bucci, jornalista

A morte da cantora Amy Winehouse trouxe o tema drogas e rock´n roll para o centro das discussões. O caderno Vida & Arte do último domingo dedicou quase toda a edição para mostrar o legado da polêmica artista. O leitor Bosco Monte qualificou a cobertura como frágil, sem aprofundar a questão do consumo de tóxicos. Não se questionou os motivos das drogas entrarem tão facilmente nesse meio, afinal esses ídolos acabam sendo exemplo para uma legião de fãs’ advertiu ele.

Para Bosco, o jornal deveria ter aproveitado e intensificado campanha contra as drogas. Segundo o editor executivo de Cultura e Entretenimento, Magela Lima, o foco da cobertura foi o legado artístico, deixando o factual para outras editorias. Com isso, esse debate não entrou na nossa pauta específica’. Para ele a questão da dependência química dos artistas não necessariamente é algo sobre o qual o jornalismo cultural deva se preocupar. Até entendo que os artistas possam influenciar uma parcela dos seus fãs. No entanto, procuramos dimensionar a artista e, não, a dependente química’ explicou.

O tema drogas tem sido preocupação há tempos no O POVO. Essa semana mesmo o jornal publicou excelente material sobre as mães do crack. Antes já havia tratado da falta de assistência a dependentes, dos problemas de saúde, da violência. Apesar deste não ser o foco, o V&A cumpriu seu papel ao mostrar não só casos de quem sucumbiu às drogas, mas também de quem soube sair delas e mostrar talento além dos holofotes.

O LEITOR SÓ QUER ENTENDER

A última reforma gráfica do O POVO completará um ano em novembro. Entre as inúmeras mudanças estava o deslocamento da coluna Um dia como hoje’ do Vida & Arte para Opinião com novo nome -’O POVO é história’. Para o radialista Narcélio Limaverde a qualidade não acompanhou o avanço. Ultimamente ela vem apresentando tópicos incompletos e, permita-me dizer, até sem sentido’, alertou.

 Para exemplificar, ele citou nota do dia 18 de julho: 1931. Estado. A taxa de pedágio. Está em foco a taxa de pedágio para ser cobrada em diversas estradas, a juízo da directoria de Obras Públicas’.’Parece-me que falta algo,não?’. Falta sim: capricho. Constatei vários casos semelhantes nas edições seguintes. Manoella Monteiro, editora Executiva de Opinião, confirma que de fato houve problemas na coluna pelo que peço desculpas aos leitores’.

Sobre os textos pequenos ela disse que, por sugestão de historiadores e conselheiros, o objetivo é manter grafia original o que causa a variação de tamanho. A meu ver o que o leitor quer é, antes de qualquer evento histórico, entender a informação sobre aquela época. Só isso…

DESAFINADO

O Supremo Tribunal Federal decidiu que não é mais obrigatório que os músicos tenham registro em entidades de classe para que atuem profissionalmente. A notícia foi dada em uma Breves na editoria Brasil, na terça-feira (2) e repetida, no dia seguinte, em uma secundária no caderno Vida & Arte. Não houve qualquer aprofundamento sobre o tema com músicos cearenses ou que reflexos isso traz ao mercado musical. Só saiu o que veio das agências. O editor executivo Magela Lima reconhece que o material era curto. Era a informação bruta, sem repercussão local’. Segundo ele um trabalho mais detalhado está sendo preparado para esta semana.

DIVIRTA-SE

Apesar de o Portal não estar no foco das atribuições diárias do ombudsman é cada vez mais frequente o envio de sugestões/reclamações sobre o que é levado ao ar. A maioria das questões é encaminhada ao editor do O POVO Online, Erivaldo Carvalho. Outras são esclarecidas pelo próprio ombudsman. Essa semana, porém, um fato merece reflexão. Por e-mail, a jornalista Ângela Marinho, da Comissão de Ética do Sindicato dos Jornalistas do Ceará, questionou nota divulgada dia 29 de julho que dizia: Divirta-se – Sedada, Vera Fischer fica isolada em clínica psiquiátrica’.

Estou na dúvida entre o descuido no fazer jornalismo, no sensacionalismo ou no humor negro’. De fato não há nada engraçado caso. Há sim uma infeliz coincidência que explica, mas não justifica. Divirta-se é o nome da seção do Portal. A manchete, antecedida pelo nome da coluna, causou toda confusão. Não é sensacionalismo, mas merece sim maior cuidado.

Comunidade Cristã Nova Esperança do Jardim América, alvo de ameaças no início do ano por aceitar homossexuais.

FOMOS BEM

KITS FANTASMAS

O POVO mantém pauta investigativa e revela novos casos de irregularidades

 FOMOS MAL

ASSISTÊNCIA

Atrasos na entrega do jornal e problemas na Central de Atendimento têm gerado reclamações constantes dos leitores ao ombudsman.”