Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Plínio Bortolotti

‘Na coluna da semana passada abordei a crise que se abate sobre o Brasil destacando críticas de alguns leitores a ver uma suposta ‘tendenciosidade’ do O Povo com o ‘objetivo desqualificar o PT e o governo Lula’. Fiz um histórico da situação mostrando ter a crise nascido dentro do próprio partido, a partir da denúncia do deputado Roberto Jefferson (PTB), de que o PT pagaria mesada a diversos parlamentares da ‘base aliada’ para garantir votos ao governo. Portanto, afirmei, não via no noticiário do jornal algo a indicar direcionamento forçado para prejudicar o PT e o governo. A realidade impõe fatos negativos e aos jornais cabe reportá-los. Recebi manifestações concordantes e discordantes.

A exemplo da semana que precedeu a coluna anterior, das sete capas entre os dias 31 de julho e 5 de agosto, cinco referem-se à crise política. O mesmo tema vem sendo destaque em jornais de todo o País. Como a questão se mantém em pauta – mobilizando o interesse dos leitores –, sem nada a indicar arrefecimento a curto prazo, volto ao assunto, por dois motivos. Primeiro, pela convicção de que o leitor tem o direito de saber como funciona a ‘cozinha’ de um jornal – quais procedimentos levam um editor a tomar essa ou aquela decisão? Segundo: um leitor, discordante da minha análise, levanta outra possível razão para a suposta ‘tendenciosidade’ do O Povo.

Escreve o leitor: ‘Lendo a coluna do ombudsman de domingo (31/7), percebi que alguns leitores têm a impressão de que o jornal tem sido tendencioso nas questões recentes envolvendo o PT. Partilho também desse pensamento. Pode ser até mesmo apenas com o intuito único de aumentar as vendas do jornal. Na edição de 20 de julho, divulga-se o resultado de uma pesquisa a respeito do governo. Está lá na manchete de capa: