O Washington Post esforça-se para divulgar os fatos corretamente e compromete-se a corrigir os divulgados de modo errado, afirma o ombudsman Andrew Alexander, em sua coluna de domingo [22/3/09]. ‘Precisão é nossa meta e imparcialidade é nossa defesa’, prega o manual de redação. ‘As pessoas que apontam nossos erros devem receber uma resposta educada e imediata’.
Na prática, porém, isto nem sempre ocorre. O Post ainda tem em aberto pedidos de correções datados de 2004. Em muitos casos, os leitores ficaram sem saber se o diário havia rejeitado o pedido e o motivo para tal. O processo do Post para lidar com os pedidos de correção não tem funcionado muito bem. Em alguns casos, os repórteres não chegam a ser notificados de que os leitores pediram correções para as matérias escritas por eles.
Há, ainda, pouca análise para avaliar onde os erros costumam ser cometidos e por quem. Não há, também, conseqüências para editores e repórteres que não corrigem os erros. A notícia boa é que o Post está atento a isto, e pretende implementar este processo. Desde que foi nomeado chefe de redação em janeiro, o jornalista Raju Narisetti está focado no que reconhece ser um grande problema. ‘Algumas das solicitações – meritórias de correção ou não – simplesmente não foram respondidas. E não temos um sistema que monitora isto’, diz.
Revisão
Erros são inevitáveis no jornalismo diário. O Post publicou 960 correções em 2008. A maior parte delas na página A2, mas algumas seções – como obituários e páginas editoriais – têm seus próprios espaços para correções.
O processo funciona da seguinte maneira: os pedidos – via telefone, e-mail ou carta – entram em um banco de dados. Diariamente, novas solicitações são enviadas para as diversas seções. O repórter que escreveu a matéria e o editor são notificados do pedido. Se acham que um erro foi cometido, escrevem uma correção que é enviada para os editores antes de ser publicada. Ainda assim, o sistema é falho e está sendo revisado para que seja mais eficiente.