Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Rita Celia Faheina

‘O leitor não se conforma em, simplesmente, ler o que foi publicado pelo jornal e aceitar que fatos ali apresentados são verdadeiros. Há quem questione o teor das matérias, do editorial e até de anúncios. Três fatos recentes levaram a estes questionamentos: um editorial que se referia aos consumidores que mais frequentam o comércio do Centro, uma matéria sobre a agressão sofrida pelo primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi e o anúncio de uma missa de sétimo dia.

O leitor Antônio Carlos Martins enviou email fazendo vários questionamentos com relação ao editorial publicado na edição do dia 28 de novembro passado que tinha como título `Que o Centro prossiga mais seguro`. Ele disse que lhe chamou atenção o parágrafo `É preciso verificar que há uma tendência de consumidores de pequena e média rendas procurarem o Cento (…) As classes média alta e alta recorrem mais a shopping centers (…)`.

`Desconfiado, fiz uma rápida averiguação (sem critérios científicos, claro) em vários estacionamentos no Centro. Repeti o mesmo nos estacionamentos do Shopping Aldeota, Center Um e Del Paseo. O resultado, pasmem! (ou não), é que tanto a quantidade quanto a proporção de carros de luxo (Hylux, Ranger, Peaugeot…) foi substancialmente maior no Centro. Sei bem que isso não pode ser chamado de pesquisa, mas é um indicativo importante, que nos leva a pensar: a assertiva é baseada em alguma pesquisa séria? No mínimo, acho que, a bem da honestidade jornalística, o tema deva ser investigado: Qual a proporção da população classe A que compra no Centro versus shoppings? Idem para as outras classes. Inversamente, qual a composição das duas clientelas, por classe? Há que se analisar ainda os que apenas passeiam e os que realmente compram`. O leitor deixa assim uma sugestão para o que o assunto seja novamente abordado pelo jornal.

O professor Fernando Sabóia colocou em dúvidas a notícia sobre a agressão sofrida pelo primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, publicada na edição da última segunda-feira, 14. Diz ele que, quando soube da informação na Internet, fez o que a maioria acostumada em ver imagens na web, faz. Acessou o Youtube onde viu os detalhes. `Berlusconi a passear entre a multidão, -protegido- por seus seguranças, quando um objeto atirado por alguém o atinge no rosto. No entanto, quando leio na primeira página do O POVO (dia 14), vejo que o jornalista que editou a matéria, -viu o galo cantar, mas não sabe aonde-, pois ali tinha que o ministro Berlusconi `…levou um soco durante confusão em um comício em Milão`. Primeiro não foi um soco que atingiu o premier e sim um objeto (`uma miniatura de uma catedral`) e, segundo, não houve `confusão` nenhuma. Pelo menos até o incidente da agressão`.

`A meu juízo, no caso, foi repassada, ao leitor, uma informação equivocada e que será -passada pra frente- como verdadeira. Sugiro mais atenção e a busca de detalhes, assim como eu fiz, ao acessar o Youtube`, disse o professor. A notícia foi publicada pelas agências e, na edição do dia seguinte (página 27,Mundo) já se informava sobre como tinha sido a agressão: o chefe de governo foi atingido no rosto por uma miniatura de metal da catedral milanesa, objeto que é vendido para turistas.

Pela forma como foi escrito, um anúncio chamou atenção dos leitores, na edição do O POVO da última terça-feira, 15. Muitos ligaram dizendo que se tratava de um erro cometido pelo jornal. É que num convite para a celebração de uma missa de 7º dia, a própria pessoa que tinha falecido é que convidava para a celebração. Dizia no anúncio que `Maria Alice Brasil de Francesco convidava para a missa de sétimo dia de seu falecimento`. Não foi um erro do jornal, quem enviou o anúncio foi o Indicador Popular que informou ter sido uma exigência da família.

Sugestão

A respeito da coluna de domingo passado sobre os comentários intolerantes no Portal O POVO Online, o leitor Geminiano Cruz enviou uma sugestão. Ele concorda que certos comentários indignam quem externa sua opinião com seriedade. `Não nos referimos à ironia própria do cearense e sim ao vocabulário chulo e ofensivo com que são postados determinados comentários`.

Para acabar com isso, o leitor sugere o procedimento adotado pelo jornal Tribuna do Norte (Natal, RN). `Cada leitor tem sua pasta onde são postos todos os comentários sem publicação automática, ficam aguardando a analise do moderador, se aprovados, são publicados e informado, por e-mail, ao autor com os agradecimentos do jornal. Do contrário, são deletados, sem qualquer satisfação. Acreditamos que com esse procedimento nosso O POVO também eliminaria os comentários intolerantes`. Fica a sugestão.

Lembro que a editora de Convergência, Marília Cordeiro, explicou que para inibir o uso do espaço de forma irresponsável, está sendo publicado o endereço IP (internet Protocol), logo abaixo de cada comentário no Portal. `Quando estamos em uma rede de computadores como, por exemplo, a Internet, cada computador recebe um número de identificação que é o IP`. Ela disse que por enquanto, só as colunas Política e Circuito A (Buchicho) são moderadas, mas os colunistas podem solicitar a moderação que ficará sob a responsabilidade deles.’