Sunday, 17 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1314

Tânia Alves

O pôster do Fortaleza publicado na edição no caderno de Esportes na segunda-feira passada (9/5) foi motivo de queixa de um leitor que apontou falha na edição. Tania poster cearáPara ele, a frase “Campeão Cearense 2016”(ver fac-símile), que acompanhava a foto dos jogadores do Tricolor, estava errada. Lá estava escrito: “O Fortaleza é bicampeão estadual, e não campeão. O Diário (do Nordeste) fez correto. Colocou bicampeão cearense (2015/2016)”, disse. A decepção maior do leitor ocorreu porque ele é colecionador de pôsteres do Fortaleza publicado no O POVO. Só que, desta vez, disse que não poderia guardar por causa da imprecisão. Ele pedia uma correção para que a coleção não ficasse incompleta.

De início, dei razão ao leitor no sentido de fazer a correção. Afinal de contas, o Fortaleza foi bicampeão. Era assim que estava na capa do jornal. Era assim que estava na matéria que narrou os lances do jogo do Castelão. Depois, fui verificar a frase colada ao pôster e constatei que não cabia Erramos, pois o ano (2016) fazia parte do título do pôster. No entanto, ele está correto ao defender que o mais acertado seria colocar “Bicampeão 2015/2016”, pois são títulos consecutivos.

Enviei para a editoria responsável pedido de explicação sobre o motivo da escolha do uso da frase na edição do pôster. O editor-chefe do Núcleo de Esportes, Fernando Graziani, respondeu o seguinte: “Não consideramos na Editoria de Esportes um erro o fato de o pôster se referir ao Fortaleza como Campeão Cearense 2016, até porque foi exatamente o que ocorreu quando o time venceu o Uniclinic no dia 8 de maio. Entendemos que o suposto título de bicampeão, tricampeão ou tetracampeão de uma temporada não existe. É apenas como convenção para o clube, que pode perfeitamente ser usada, inclusive por nós. O que existe são conquistas anuais. O pôster, então, faz jus e mostra o elenco campeão de 2016, que é diferente do elenco campeão de 2015”.

OUTROS OLHARES
Para tirar qualquer dúvida sobre o assunto, entrei em contato com quatro jornalistas que já trabalharam na editoria de Esportes do O POVO e hoje estão em outras empresas. Os quatro responderam a mesma coisa: o título do pôster não está errado, mas o preferível era colocar bicampeão. “O usual é o somatório para o caso de títulos em sequência, até para reforçar a hegemonia do clube naquela série histórica. Um exemplo claro é o fato de a torcida do Fortaleza ter gritado ‘bicampeão’ na festa e não somente ‘campeão’”, disse um deles. Outro reforçou: “Não está errado dizer que o Fortaleza foi campeão em 2016. Afinal, era o que estava em jogo no ano. Porém, não custava mencionar no título do pôster que se trata do bicampeonato 2015/2016. Não à toa, foi assim que comemoraram os jogadores e torcedores no domingo”, ressaltou outro. É isso.

LEITOR SEM RESPOSTA
Recebi de um leitor, na segunda-feira passada (9/5), email relatando incômodo da classe dos práticos dos portos com uma nota publicada na coluna Vertical S/A do dia 1º de maio com o título “Manobristas de navio entram no custo”. O leitor se mostrou duplamente incomodado. Primeiro pela nota ter comparado os práticos, profissionais que ajudam nas arriscadas manobras de navios nos portos, a flanelinhas. O segundo incômodo ocorreu pela falta de resposta à mensagem que havia sido enviada diretamente ao jornalista. “Passados sete dias, sequer houve uma resposta, desagravo ou retificação do profissional que difundiu equivocada informação”, queixou-se.

Assim que recebi a correspondência, tratei de enviá-la no comentário interno para a Redação, sinalizando que o leitor precisava de uma resposta. Até a última sexta-feira, ele nada recebeu. Também pedi uma resposta para colocar na coluna, para saber o motivo da falta de retorno. Não obtive a resposta.

Não é a primeira vez que trato neste espaço da questão da falta de atenção aos leitores que tentam entrar em contato com os jornalistas. Não entendo como isso acontece numa empresa de comunicação. Parece até brincadeira. Além disso, comparar a profissão dos práticos com a de flanelinha me pareceu descabido na nota. Se um representante da classe se sentiu incomodado, ele precisa ser ouvido, e, se possível, atendido. O “Fala, Cidadão” poderia ser um espaço reservado para caso do tipo.

ERRAMOS

Na coluna do domingo passado (8/5), na nota “Duas manchetes em contraste”, havia a indicação de um fac-símile da manchete “Transposição: 85% da obra estão concluídos”, que não foi editada. Por isso, publico a reprodução da página que faltou.