Thursday, 26 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Tereza Rangel

‘A nova central de jornalismo do UOL, o UOL Notícias, estreou no último dia 20. Foi criada uma home page específica, dentro dos padrões do novo projeto gráfico adotado pelo portal nos últimos meses, em que cresce a área destinada ao conteúdo, com página mais arejada e valorização das fotografias.

O UOL vem dando bastante destaque à nova estação. As manchetes do UOL não direcionam o internauta para a notícia, regra na maioria dos portais. Tem enviado para a home do UOL Notícias, cobrando, assim, um ‘pedágio’ do internauta. Muitos não gostam de ter de dar dois cliques para ler a notícia que lhes interessa. Além disso, queixam-se de que as duas homes são, à primeira vista, cópias uma da outra: mesmos enunciados, mesmas fotos, mesma hierarquia. Dizem que se sentem logrados em clicar e receber ‘mais do mesmo’. Alguns internautas dizem que gostariam de ver uma mudança radical na própria home page do UOL, um tanto envelhecida, para eles.

‘Desde que o UOL lançou uma home page só para notícias, preciso dar dois cliques para ler um texto que está em manchete. Em vez de remeter o internauta diretamente para a página clicada, os editores remetem para a home page de notícias, que, aliás, repete quase tudo o que o UOL expõe em sua página inicial. Isso é ridículo. Nenhum website do mundo faz isso hoje em dia. Coisa mais antiga e irritante. Além disso, layout e cores do novo site são cópia do G1 e da Globo.com.’

Cris

‘Costumo trabalhar escutando as entrevistas do UOL News e cada vez tem ficado mais difícil encontrá-las no meio de um sem-número de matérias da Band News que, em grande parte, duram menos de 1 minuto. Gostaria de sugerir que separassem o conteúdo da Band News das demais entrevistas. Outra coisa é que não entendi muito bem a mudança do UOL News para UOL Notícias. Está quase uma reprise da home page do UOL e os vídeos de entrevistas, que antes eram o forte, agora parecem estar em segundo plano.’

Álvaro

Para fazer sua central, o UOL fundiu duas estações, Últimas Notícias e UOL News. Incorporou o conteúdo de vídeo ao noticiário e elevou à condição de canal dois dos maiores sucessos de audiência do antigo UOL News: os programas do José Simão (Monkey News) e do colunista Ricardo Feltrin (Ooops!). Com isso, a análise em vídeo mais séria perdeu espaço. Internautas têm encontrado dificuldade para achar, em meio à dominância dos vídeos da BandNews, entrevistas feitas pela redação do UOL News com colunistas como Lucia Hippolito ou com analistas financeiros ou políticos.

‘Com a nova configuração da UOL não consigo mais encontrar aquilo de que mais gostava, que eram as participações de entrevistados como por exemplo as da Lucia Hippolito, da Sayão e outros. Mudam sem dar importância aos usuário.’

Leila

‘Desconforto inicial’

Abaixo, comentários do gerente geral de notícias do portal, Rodrigo Flores.

‘1. Mudanças costumam gerar desconforto inicial. Mesmo aquelas que são para melhor. É o caso da fusão Últimas Notícias e UOL News. No exemplo citado, antes os vídeos da Lucia Hippolito eram destacados na home do UOL News. Hoje, são em UOL Notícias. A diferença é que antes não havia uma busca específica, e portanto era praticamente impossível encontrar vídeos mais antigos.

A inclusão de Monkey News e Ooops! como canais de UOL Notícias é natural, visto que eram canais de UOL News. Entendemos que os canais fazem sentido no menu, já que tratam essencialmente de notícias — Monkey News comenta de forma irreverente as manchetes do dia, enquanto o Feltrin dá sucessivos furos em entretenimento.

2. A decisão de mandar a manchete do UOL para a página de UOL Notícias é temporária. O objetivo é divulgar a nova página e estimular o hábito do internauta em visitá-la. Nas próximas duas semanas faremos uma avaliação do procedimento para decidir se já é hora de voltar com a política de mandar o link direto para as reportagens.

3. As gerências gerais de notícias e interface trabalham em novidades para a primeira página do UOL. Novos recursos devem ir ao ar no próximo mês. Há a discussão para uma reformulação mais profunda, mas ainda sem prazo para implementação.

Obrigado,

Rodrigo’’