Thursday, 19 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Tiago Dória

YOUTUBE

Tiago Dória

Matou a grade de horário e balançou os direitos autorais

‘Novo ícone da cultura popular (diria o pesquisador Joshua Green, do MIT), o YouTube está completando 5 anos. Para variar, a Google, que comprou o YouTube em 2006, divulgou números hipnotizantes – streaming de 2 bilhões de vídeos por dia, 24 horas de vídeos são publicados a cada minuto, o vídeo mais visto é o clipe Bad Romance, da Lady Gaga com 200 milhões/views.

Em 5 anos, o YouTube fez muita coisa. Ajudou a acabar com o conceito de grade de horário, um dos pilares pelo qual a TV tradicionalmente se apoiou (hoje praticamente você assiste a um programa quando e onde quiser. Não tem horário para consumir conteúdo), balançou a questão dos direitos autorais ao se tornar plataforma de distribuição de remixes e ao ajudar a minimizar a narrativa do ‘dito e feito’.

E, o ponto mais pragmático, resolveu o problema de assistir a vídeos na web (antes do YouTube você era obrigado a baixar uma série de plugins e programas para assistir a um vídeo na web).

De quebra, hoje, por meio do canal Reporters Center, o YouTube dá até aulas de jornalismo com os principais nomes da área.

Em comemoração aos 5 anos, um canal e um vídeo foram publicados com os momentos e personagens mais marcantes do site de vídeos, como os protestos no Irã e o fenômeno da Susan Boyle. Do Brasil, não há quase nada. Mas talvez o momento que mais se destaca do YouTube por aqui tenha sido o seu bloqueio, no começo em 2007, devido ao apimentado vídeo da Cicarelli.

Para o futuro do YouTube existem desafios. Primeiro, tornar-se multiplataforma (passar para a chamada 3ª tela). O YouTube já está presente nos computadores e nos dispositivos móveis, mas não plenamente na TV. E o segundo, porém mais importante – gerar lucro. Semelhante a outros ícones da chamada Web 2.0, até hoje o YouTube não é lucrativo. Possui tráfego e atenção, mas nada de lucro.

E é justamente nesse detalhe que aparece a questão mais importante e que vai ajudar a decidir se o YouTube (e o mercado de vídeos online) será lucrativo ou não. A essa altura do campeonato, não interessa tanto o quanto as pessoas estão assistindo (1 milhão ou 2 bilhões de streamings), mas sim o que as pessoas estão assistindo na web.

Qual tipo de conteúdo em vídeo é mais assistido na web? O que faz dinheiro vem da TV e o que não faz é o chamado ‘conteúdo gerado pelo usuário’ (UGC).

A história do YouTube reflete o quanto a premissa de que o UGC seria lucrativo estava errada (historicamente, esse tipo de conteúdo sempre foi difícil de ser monetizado). Por outro lado, a mesma história revela o quanto a teoria de que, após o texto (emails e messengers), as pessoas migrariam para outras formas de comunicação na web (como vídeo e voz) estava correta.

Os 5 anos do YouTube fazem parte de um conceito maior, de popularização do vídeo na internet como plataforma de comunicação.’

 

REDE SOCIAL

Tiago Dória

Novo livro sobre o Facebook

‘Jovem, mas com uma maturidade acima da média e uma surpreendente perspicácia empresarial. Desse modo, David Kirkpatrick, veterano jornalista da revista Fortune, promete retratar Mark Zuckerberg, cocriador do Facebook, em seu livro The Facebook Effect.

Diferente de Ben Mezrich, autor de The Accidental Billionaires, polêmica ‘biografia’ sobre o Facebook lançada no ano passado, Kirkpatrick teve a cooperação de diversos executivos da rede social, o que promete dar um tom mais oficial ao livro.

Dessa forma, The Facebook Effect entra para a lista de diversos produtos que estão registrando a história do Facebook e de Zuckerberg (um filme sobre a rede social está em fase de produção).

Não é à toa que o jornalista Steven Levy dá a entender que Zuckerberg é o novo Bill Gates. Da mesma forma que Gates e a Microsoft nos anos 80, há um tipo de expectativa sendo criada em torno de Zuckerberg e o Facebook.

Das curiosidades de bastidores no livro, há a promessa de detalhes das festas regadas a muita bebida, o cartão de Zuckerberg com os dizeres ‘Eu sou CEO… bitch!’, além do registro da ocasião em que Zuckerberg caiu em prantos no banheiro após uma complicada reunião.

A previsão de lançamento é para o dia 15 de junho. A Fortune publicou um trecho do livro.’

 

CELULAR

Aplicativo do NYTimes para Android

‘O NYTimes lançou um aplicativo oficial para Android.

É uma das primeiras grandes publicações a lançar um aplicativo para o sistema operacional da Google para celulares. Mantém algumas funcionalidades do aplicativo para iPhone, como a possibilidade de salvar e ler offline as matérias.

Segundo números internos do NYTimes, o site do jornal recebe 60 milhões de pageviews por mês via dispositivos móveis, sendo que 20 milhões é apenas via iPhone. No último Webby Awards (Oscar da internet), a publicação levou o prêmio de melhor serviço móvel de notícias.’

 

MICROBLOG

Tiago Dória

Jornal diário sobre o Twitter

‘Pesquisadores do Palo Alto Research Center (PARC) estão quebrando a cabeça para encontrar soluções sobre como lidar com a avalanche diária de informações do Twitter. Como saber o que aconteceu de mais importante no Twitter sem a necessidade de ler cada mensagem?

Os pesquisadores lançaram o protótipo do ‘Eddi Project’, aplicativo que funciona como um filtro, mostrando a você o que de mais importante é publicado no Twitter em sintonia com o que você posta e com quem você interage no serviço de microblogging. A ferramenta também separa as mensagens por tópicos.

Erickson Silva, leitor deste blog, enviou por email a dica do Paper.li, site mais simples, mas que segue caminho parecido ao de ‘Eddi Project’ (funciona como um paliativo para o overload informativo). Produz um resumo diário do Twitter em formato de jornal (portal de notícias).

O site mostra o que foi publicado, de mais relevante, em 24 horas, no Twitter com base em um perfil. Por exemplo, o meu perfil gera o jornal diário http://www.paper.li/tdoria

Pelos testes, o serviço acerta em cheio. Na última edição, por exemplo, em destaque o post sobre Viral Loop e, nas ‘submanchetes’, o texto de Jakob Nielsen sobre a usabilidade do iPad e informações sobre o bug no Twitter, assuntos que foram e voltaram várias vezes na minha timeline nesta segunda-feira.

O Paper.li parece ser bem útil para pessoas que não têm tempo nem paciência para ficar o dia inteiro pendurado no Twitter, mas querem saber o que de mais relevante foi publicado no site (em sua timeline) nas últimas 24 horas.’

 

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